"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Brazil's government is preparing a task force to provide emergency assistance to inhabitants in the region of the Amazon rainforest hit by a severe drought. Here, a young boy examines a stranded house boat in Manaus, Brazil. Edmar Barros/ AP Photo
Verdade universal, do senso comum e da óptica do utilizador, quando se reduz o caudal da água as pessoas deixam a torneira aberta o dobro do tempo para compensar. Ainda para mais em edifícios públicos, "é o Estado que paga", "cambada de ladrões", "é só encher o cu". Não aprenderam nada com a redução da capacidade dos autoclismos e as pessoas a fazerem duas descargas. Nunca mais chove, essa é que é essa.
This photo taken on September 2, 2022, shows people sitting on a section of dry riverbed along the Yangtze River in Wuhan in China's central Hubei province. AFP/ Getty
A woman in a wedding dress walks on the dried-up riverbed of the Jialing river, a tributary of the Yangtze, that is approaching record-low water levels in Chongqing, China, August 18. Reuters/ Thomas Peter
Ainda há pouco tempo a SIC Notícias passou uma reportagem sobre os candidatos ao congresso pelo estado da Califórnia, alguns luso-descendentes, eleitos pelo Partido Republicano contra as políticas restritivas do consumo de água impostas pela administração Obama, com o argumento dos milhões de dólares que deixaram de ganhar anualmente tiveram de prejuízo com o arbítrio que é a intervenção do Estado limitativa do livre empreendedorismo das pessoas e da criação de riqueza e do american way of life e bla-blah-blah.
E era nestas alturas que o homem aparecia em tudo o que era feira agro-pecuária, de norte a sul do país, com um Rosa & Teixeira enfiado na cabeça, a imitar os chapéus dos agricultores, e a exigir do Governo tudo aquilo que agora diz não bastar.
"Noutros tempos já se teriam levantado súplicas ao céu a implorar a graça da chuva" […] "parece que os crentes não se fazem ouvir e a maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas".
[Na imagem cartaz no metro de Tóquio "Kasane-gasane no kami-danomi" [Wishing to God again and again]. The poster makes a play on the words kasa [umbrella] and kasane-gasane [again and again]]