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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Enviesados

por josé simões, em 27.05.24

 

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As prestações televisivas do Sebastião Maria são todas excelentes quando não geniais, as de Catarina Martins e Cotrim de Figueiredo são por causa da sua [deles] experiência política. Comentariado mais ideologicamente comprometido não deve haver em televisões nenhumas por essa Europa fora. Puta que pariu.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

É assim que se fazem as coisas

por josé simões, em 24.05.24

 

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No dia 23 de Maio, ontem, o Público entrevistou Sebastião Maria. E fez disso primeira página dando-lhe o quadrado merecido. No dia 24 de Maio, hoje, o Público entrevistou Taylor Swift. Não. O Público entrevistou Marta Temido. As mesmíssimas páginas dadas a Sebastião Maria, a 10 e a 11, mas o quadrado na primeira página... É assim que se fazem as coisas. Aprendam com quem tem estudos.

 

 

 

 

Sebastião come tudo, tudo, tudo

por josé simões, em 22.05.24

 

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Assim como temos a certeza que o sol nasce todos os dias também temos a certeza que Sebastião Maria vai ganhar os debates, mesmo antes deles acontecerem, nas pontuações distribuídas pelos paineleiros de serviço em todos os canais. Todos. É obra. Sebastião Maria ganha mesmo os debates em que não participa. Além de que a Sebastião Maria é dada a prerrogativa de interromper, perguntar, comentar, baralhar, dirigir o debate. Quando um burro fala o outro baixa as orelhas e o outro é o alegado moderador, que cada um é para o que nasce. Sebastião come tudo, tudo, tudo. Sebastião come tudo sem colher. Sebastião fica muito barrigudo. O resto vocês sabem.

 

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Avaliar-se melhor que os comentadores

por josé simões, em 17.05.24

 

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Disse João Cotrim de Figueiredo, em entrevista no telejornal que era do Mário Crespo na televisão do militante.º 1, que se avalia melhor que os comentadores que nos pós debate gastam meia hora para avaliar o que ele disse em 10 minutos. Ele e a generalidade dos espectadores que vêm o debate pelo debate e não como uma luta de galos onde ganha quem interromper mais, quem fizer mais barulho, quem usar a linguagem corporal para invadir o espaço do oponente, veja-se Sebastião Bugalho, a abrir os braços sem cerimónias, quase a tocar fisicamente Francisco Paupério, candidato pelo Livre, sem respeito por ninguém naquela mesa. Só que uma vitória atribuída a Cotrim de Figueiredo num painel enviesado, e escolhido a dedo para ser enviesado, era uma impossibilidade já antes de haver debate, e era mais que uma derrota de Sebastião Bugalho, era a derrota da coligação PSD-CDS, o pavor da direita velha, o desmontar da mediocridade Bugalho e da mediocridade que o promove.

 

Insuspeito eu de ser ilusionista liberal ou votar sequer no senhor João.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O medíocre com tempo de antena

por josé simões, em 10.05.24

 

New Year in a psychiatric hospital. USSR, Moscow,

 

 

Se dúvidas houvesse sobre o triunfo da mediocridade e do grande falhanço em que se tornou este país 50 anos que são passados sobre o dia 25 de Abril de 1974 atente-se à next big thing da direita, Sebastião Superstar, e à fantabulástica ideia de que "a habitação seja universalizada na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia", o que diz a Constituição da República Portuguesa, a tal, a que respira socialismo por todos os poros, no seu Artigo 65.º - Habitação e Urbanismo, "1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar." [e pontos seguintes], e depois pergunte-se-lhe o que tem a dizer sobre alojamento local, airbnb, recuperação de centros históricos, bairrismo e tradição, guetos urbanos nas periferias e por aí.

 

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Uma cambada de cornos

por josé simões, em 06.05.24

 

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Marcelo encontrou-se por acaso com Teresa Leal Coelho num semáforo de Lisboa; Marcelo encontrou-se por acaso com Carlos Moedas na Feira do Livro ao Parque Eduardo VII; Marcelo encontrou-se por acaso com Sebastião Bugalho na Ovibeja; Marcelo só não se encontrou por acaso com Luís Montenegro na FIL ao Parque das Nações porque por acaso um climático despejou uma lata de tinta. Somos uma cambada de cornos, é a conclusão óbvia a retirar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Economia circular

por josé simões, em 23.04.24

 

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               Economia circular

 

 

 

 

O grau zero da política

por josé simões, em 23.04.24

 

 

Num feliz resumo do curriculum vitae, o comissário marcelista para o Dia da Raça em Portalegre, "rapidamente construiu uma rede de contactos e de amizades", e uma nulidade política sem substância foi insuflada, insuflada, insuflada, até encher um ecrã de televisão. Agora é fé que a forma produza resultados contados em votos. O grau zero da política.

 

"Até o Presidente da República me veio dizer que esta semana ia ser muito importante para mim". Ter um Presidente, alegadamente de todos os portugueses, feito Presidente de facção, a participar na escolha do candidato do partido a que pertence. O grau abaixo de zero da política.

 

"O Sebastião tem 29 anos e o meu problema com a aceitação deste convite nada tem a ver com a sua idade. Salgueiro Maia tinha 29 anos quando saiu da Escola Prática de Cavalaria em direcção ao Largo do Carmo". Com este grau de imbecilidade João Miguel Tavares chega-se à pole position para uma eventual candidatura à direita, o rating até nem está demasiado elevado.

 

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Lá vamos comentando e rindo

por josé simões, em 27.12.23

 

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A gente liga a televisão e dá com painéis plurais de aventesmas, todos os dias do ano, a todas as horas do dia, em todas as televisões, com raciocínios dignos do cérebro de uma ervilha, se as ervilhas tivessem cérebro, com um "vamos à análise com o/ a", e a análise é a esquerda ser pior que o "Deus me livre", que os males de que padece este país se devem aos quase 50 anos de socialismo, que a solução está à direita do Parlamento, que a direita é que são uns senhores que sim senhor, incluindo o Chaga que é um partido do "quadro democrático", um upgrade do "sentido de Estado" que se aplicava ao CDS, uns rapazitos que sim senhor, e que entretanto foi morto e enterrado por Rui Rio e agora ressuscitado por Luís Montenegro, e a gente fica a pensar "como é que a direita não ganha sempre as eleições, não tem sempre maiorias parlamentares, como é que a direita não governa ininterruptamente desde que Mário Soares meteu o Freitas do Amaral a ministro, depois deste empenho todo analista-comentadeiro pago a peso de ouro?" ou, como se excreve nas redes, WTF?!

 

 

 

 

Um puto palerma levado ao colo para a mesa dos adultos

por josé simões, em 14.01.22

 

Queensbridge housing project in Queens, New York.

 

 

O Sebastião Bugalho acha que Rui Rio ganhou a António Costa. Depois de Rui Rio ter ganho a Catarina Martins. Depois de Rui Rio ter ganho a Rui Tavares. Depois do Chicão ter ganho a toda a gente. Depois do Ventura ter ganho a toda a gente, menos ao Chicão.

 

Um puto palerma levado ao colo para a mesa dos adultos, vá-se lá saber por quem e porquê.

 

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Mudança de paradigma

por josé simões, em 30.09.21

 

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Uma mulher, deputada, é substituída no Parlamento, por um deputado, homem, suspeito de violência doméstica e de perseguição à namorada. Isto sim, é uma mudança de paradigma.

 

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