"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Juntar numa mesma mesa de almoço ódios de estimação, que passaram a vidinha a conspirar uns contra os outros, a apunhalarem-se pelas costas para se alçarem ao poder, cada um com a sua clientela atrás, a conjurar e a atraiçoar o partido em favor do próprio umbigo, é uma má imagem da cada vez mais má imagem da política e dos políticos, e um mau serviço à coisa pública.
Com o circo que se adivinha para as presidenciais de 2026 - Marques Mendes, Tozé Seguro, Mário Centeno, Santana Lopes, e ainda a tenda está a ser montada, com as sondagens a darem um e picos por cento ao outrora mestre do parlapié e da conversa fiada nos congressos do Pê Pê Dê/ PSD televisionados, o presidente da câmara da Figueira dá um saltinho a Coimbra para procurar alento e uma vaga de fundo nas jornadas parlamentares do partido da taberna, depois do fiasco Aliança lhe ter mostrado que a marca "Santana" vale zero fora do laranjal. Do animal político ao animal oportunista, a evolução da espécie. Dele e do ex-camarada de partido.
So far, Mário Centeno, Marques Mendes, Tozé Seguro, agora Santana Lopes. Não se percebe como é que o almirante ganha a todos com uma perna as costas nas intenções de voto, não se lhe conhece "o pensamento político", dizem. Não lhes ocorre que ganha a todos, enquanto limpa o cu a meninos, precisamente por isso, por toda a gente conhecer os outros de ginjeira.