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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Para bom entendedor meia palavra basta

por josé simões, em 09.04.15

 

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A filha da putice que um ex-assessor de Cavaco Silva faz hoje a Sampaio da Nóvoa nas páginas do Diário de Notícias a pretexto do elogio de Saldanha Sanches, deixando o professor-comentador-jornalista-livreiro-nadador-entertainer-pitonisa de fora do "artigo de opinião" [e Diogo Leite de Campos, um dos ideólogos de Passos Coelho no saque ao Estado] é sinal de que a candidatura do ex-reitor pode ser devastadora para as pretensões da direita nas presidenciais de 2016. Bons sinais, portanto.


[Imagem]

 

 

 

 

ffw » play (+8 pitch adj.)

por josé simões, em 07.10.08

 

Eu também gostei muito da entrevista a Maria José Morgado e a Saldanha Sanches na Pública de domingo.

 

Principalmente desta parte: «S. S. – Mas éramos estalinistas. Com alguma crítica, mas aceitávamos o Estaline».

Como é que é aceitar e ser crítico ao mesmo tempo, do personagem em questão? Aceitavam o bigode e o chapéu, mas criticavam os mortos, os perseguidos, os famélicos e os milhões de migrantes forçados. Dois em um.

 

E dest’outra também: «M. J. M. – (…) A China, depois do Deng Xiaoping, também já não é socialismo (…)». Depois?!? Pressupõe que “antes do” fosse. Temos assim Mao, o carniceiro-mor dos comunismos, ao pé do qual o Estaline era um aprendiz, a passar pelos intervalos da chuva, convenientemente branqueado com a ajuda da menina Anabela Mota Ribeiro que conduz a entrevista.

 

Fosse um ex-PCP, e levava com o Estaline, o Lenine e o Yagoda, mais a fome na Ucrânia e o Gulag, e ainda a Hungria e a Checoslováquia e o Afeganistão, até ao fim da entrevista. Nunca mais se livrava da cruz. Nunca percebi estas cumplicidades jornalísticas para com os ex-maoistas. E são mais que as mães. E enxameiam de alto a baixo os dois partidos do Bloco Central. E ocupam funções governativas. E encaixaram-se em todas as grandes empresas deste país. Talvez seja por isso mesmo. Mais vale cair em graça que ser engraçado.

 

Camarada Saldanha; camarada Maria José: cantam bem mas não me alegram. Dito de outra forma: vão dar música a outro, que essa já eu ouço desde pequenino.

 

Entrevista na íntegra aqui, descoberta via.

A ler: Mao - A História Desconhecida, de Jung Chang e Jon Halliday, Bertrand Editora

 

(Foto roubada aqui)

 

Adenda: A parte final da entrevista. «S. S. - Acho que nas pinturas há alguma sensualidade, e num casal tem de haver sensualidade. Mas pinta mal - como toda a gente sabe!». Cá para mim já esteve mais parecida com o Robert Smith

 

 

 

Adaptar a partitura ao intérprete (*)

por josé simões, em 21.02.08

 

(*) Ou na vox populi: “Albarda-se o burro à vontade do dono”.
 
Segundo o fiscalista Saldanha Sanches, citado hoje no Público, o “problema principal” para a Câmara de Lisboa é estar “numa situação insolúvel”. Tal deve-se ao facto de a Lei das Finanças Locais que leva a assinatura do ministro da Administração Interna, António Costa, ter chegado “demasiado tarde”.
 
Assim como devemos ter em conta as “duas peles” de António Costa: o ministro e o autarca; também devemos ter em atenção as “duas peles” de Saldanha Sanches: o fiscalista e o mandatário financeiro da candidatura de António Costa a Lisboa.
 
A Lei chegou demasiado tarde. Compreende-se. Tinha evitado o descalabro financeiro a que a Câmara chegou. Ou chegou demasiado cedo, inviabilizando assim o chico-espertismo autárquico e fazendo a vida negra a António Costa?
 
Adenda: Segundo António Costa, alguns juristas com quem falou, entre os quais se encontra o inefável Vital Moreira, partilham da opinião que, o Tribunal de Contas não tem competências para basear as decisões, no mérito do plano apresentado pela Câmara. Mudem-se os juízes; digo eu.
 
Adenda à adenda: Estou curioso para saber quanto é que a Câmara falida pagou a Vital Moreira por este douto parecer.
 
 
(Foto de Bert Hardy para a Getty Images)
 
 

Operação "Toga Dourada"

por josé simões, em 08.06.07

Nas autarquias de província, há casos frequentíssimos de captura do Ministério Público pela estrutura autárquica.

Saldanha Sanches em entrevista à Visão.

 

Quer-me cá parecer que desta vez Saldanha Sanches se vai dar mal. Não pela vacuidade da acusação em si, mas pelo “sistema”. O mesmo sistema que é primo direito do “sistema” do futebol. Desde que me lembro, toda a gente falava do “sistema”; e quem falava, “levava nas orelhas” – eram processos disciplinares federativos, e depois da Liga, a torto e a direito. Até que chegou a hora do “Apito Dourado”, e, mesmo assim, não é liquido que deixemos de falar dele – do “sistema” – no futuro. Saldanha Sanches arrisca-se assim a ficar para a história como o “Dias da Cunha” do poder autárquico, de tanto falar no “sistema”. Resta-lhe, como prémio de consolação, que um dia chegue a operação “Toga Dourada”. Até lá e não lhe invejo a sorte – vai ter de se aguentar.

 

(Só não compreendo o provincianismo de Saldanha Sanches, quando refere “nas autarquias de província”. Então e os outros?! Reflexos da educação recebida nos tempos em que Portugal era Lisboa e o resto paisagem?).