Sign O' The Times, XLVIII
Strange days and nights in Belgrade
Andrej Isakovic, Agence France-Presse Chief photographer for Western Balkans, based in Belgrade, Serbia. Instagram.
Sign O' The Times, Capítulo XLVII
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Strange days and nights in Belgrade
Andrej Isakovic, Agence France-Presse Chief photographer for Western Balkans, based in Belgrade, Serbia. Instagram.
Sign O' The Times, Capítulo XLVII
Ver Nuno Rogeiro, na introdução à entrevista ao presidente sérvio Boris Tadic, classificar o consulado de Slobodan Milošević como nacional-socialismo.
[*] Se calhar é por usar gravata
“(…)hay que dar la vuelta al cliché de que la identificación étnica apasionada restablece un firme sistema de valores y creencias en la confusa inseguridad de la sociedad mundial laica de hoy: el fundamentalismo étnico se apoya en un secreto, apenas disimulado, "¡Podéis!". La sociedad posmoderna y reflexiva actual, aparentemente hedonista y permisiva, es paradójicamente la que está cada vez más saturada de normas y reglas que supuestamente están orientadas a nuestro bienestar (restricciones a la hora de fumar y comer, normas contra el acoso sexual...), de modo que la referencia a una identificación étnica apasionada, en vez de contenernos, sirve de llamamiento liberador: "¡Podéis!". Podéis infringir las estrictas normas de la convivencia pacífica en una sociedad tolerante y liberal, podéis beber y comer lo que queráis, asumir costumbres patriarcales que la corrección política liberal prohíbe, incluso odiar, luchar, matar y violar... Sin reconocer plenamente este efecto pseudoliberador del nacionalismo actual, estamos condenados a no poder comprender su verdadera dinámica.”
Slavoj Zizek, filósofo esloveno, a ler hoje no El País
Em todo o mundo civilizado ou que seja regido pelas leis da democracia, quem ganha eleições forma Governo. É para isso mesmo que servem as eleições.
Se ganhar com maioria absoluta a tarefa é-lhe mais facilitada, se a maioria for simples a formação de Governo nem por isso deixa de ser um atributo consignado; ou arrisca a ir à luta sozinho, ou embarca na chamada politica de alianças.
Foi assim com a primeira maioria de Cavaco Silva, para o primeiro caso, ou do Governo Guterres “queijo Limiano” no segundo; e quer para um caso como para o outro, em quase todos os governos italianos do pós-guerra.
Em todo o mundo civilizado ou regido pelas leis da democracia, com uma excepção: a Sérvia, depois de também outra excepção que havido sido a Áustria de Heidder.
O ultra nacionalista Partido radical (SRS) de Tomislav Nikolic ganhou as eleições sérvias elegendo 81 deputados em 250 possíveis, ficando o chamado bloco pró-europeu onde se incluem o Partido Democrata (DS), o Partido Democrata da Sérvia (DSS), o G17 (aliança de forças liberais) e os liberais-democratas do PLD com respectivamente 65, 47, 19 e 15 deputados, por terem ido a votos separados; cada um por si.
Que faz a União Europeia?
Entra em pânico – como já havia acontecido na passada semana com a entrada da extrema-direita no Parlamento Europeu – e ignorando as mais elementares regras da democracia apela aos partidos pró-europeus (o que quer que isso signifique) para se entenderem e formarem um Governo!
“Dois terços do novo Parlamento serão atribuídos às forças democráticas e essa deverá ser a base do governo que irá conduzir o país ao caminho da Europa”
Frank-Walter Steinmeier, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
E quem ganhou as eleições, pelo voto popular expresso nas urnas, não é para aqui tido nem achado.
Na próxima sexta-feira, será apresentada em Viena pelo enviado especial das Nações Unidas para o Kosovo, Martti Ahtisaari, a proposta de estatuto para a região.
Por este prisma é que deve ser visto o nervosismo instalado na União Europeia com os resultados destas eleições.
A UE e os Estados Unidos apesar das boas intenções – e de boas intenções está o Inferno cheio – que levaram à intervenção militar no Kosovo, continuam a meter o pé na poça, ao ignorar as questões politico-culturais e religiosas que são a génese do conflito. Quer na região, quer em toda a ex-Jugoslávia.
Outro dos princípios regentes da UE: As questões politico-culturais e religiosas valem muito das fronteiras da União para cá; das fronteiras para lá, valem o que valem. E é também por este prisma que deve ser vista a vitória eleitoral dos ultra nacionalistas.
Depois queixem-se.