"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A direita dita democrática, e cada vez faz mais sentido colocar o dita à frente de democrática, deu o passo que faltava: legitimar a extrema direita. E não é a direita trambiqueira do dia-a-dia do debate político, que também aparece em cartaz na 3.ª Convenção do Movimento Europa e Liberdade, é a direita da cultura e da academia que dá a cara. Nomes como Miguel Poiates Maduro, Francisco José Viegas, António Nogueira Leite, José Adelino Maltez ao lado de André Ventura e Jaime Nogueira Pinto.
E depois o case study Sérgio Sousa Pinto, em tempos de blogues e início de redes sociais com estatuto de next bih thing do PS, e que nos últimos tempos se notabilizou na primeira linha do combate à "Geringonça", no painel de debate "A intolerância cultural e a ditadura do politicamente correcto", encerrado pelo líder do Chaga, exímio em destilar ódio contra minorias étnicas e culturas diversas. O raciocínio de Sérgio Sousa Pinto, sempre com a boca cheia de Mário Soares, quase quase quase, falta-lhe dar esse passo, a reclamar ser o guardião do seu legado político, é que se o então fundador e líder do PS trouxe o CDS para o "arco da governação", também o actual PS pode fazer o mesmo com o Chaga, ignorando que com o fascismo não se debate, combate-se.
Mais fascismo menos fascismo o ponto de vista é simples: se o programa económico do Chaga e da Ilusão Liberal, semântica e léxico à parte, mais ponto menos vírgula, é exactamente o mesmo - privatizar, privatizar, privatizar, desmantelar o Estado e o estado social em benefício de interesses privados, se não vamos [vão] lá pela boa educação e discurso elaborado, vamos [vão] pelo discurso primário do Chaga, mais mobilizador do eleitorado. Os fins justificam os meios.
[O título do post foi o que li da primeira vez que vi o flyer, e não deve andar muito longe disso.]
Até já houve alguém que se deu ao luxo de escrever uim livro, e de ganhar dinheiro com um livro, que retrata a vida dos rendimentos dos políticos antes de entrarem para a política e depois de saírem da política, uma mão à frente e outra mão atrás, lol, ficou rico a trabalhar. Pois. O Paulo Morais e o Marinho e Pinto e o populismo e lol também. A mulher do César e a credibilidade da política e dos políticos, um clássico. lol. Sérgio Sousa Pinto devia deixar a política aos políticos e/ ou deixar o dinheiro aos... err... dinheiristas, que ainda tem muito tempo parea crescer e muito dinheiro para ganhar... a fazer política.
Tanta coisa que podia assentar «na "decência e ética" do reconhecimento» - a começar pelo “money for the boys” - que parece não preocupar minimamente este PS, e que é um autêntico atentado à «memória de todos aqueles que, ao longo dos anos, procuraram servir a República de forma abnegada"». Areia para os olhos.