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Ministério dos Negócios Estrangeiros
Rui Machete. o ministro dos pedidos de desculpas a Angola por Portugal ser um estado de Direito com separação de poderes.
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Ministério dos Negócios Estrangeiros
Rui Machete. o ministro dos pedidos de desculpas a Angola por Portugal ser um estado de Direito com separação de poderes.
Falou sem o papelinho à frente?
[Rui Machete e Federica Mogherini na imagem]
Certamente por ainda ser do tempo em que bastava a palavra dada para selar um acordo, Rui Machete confunde o conceito "palavra" com o conceito "dinheiro". «"Não temos razões para duvidar" da palavra da Guiné Equatorial». Até as putas de beira de estrada são mais criteriosas na escolha dos clientes.
[Imagem de autor desconhecido]
Depois de "o olho do cu e a Feira de Castro", o irrevogável patriota, decerto deslumbrado com a sua capacidade para dizer nada e nada dizer, com profundidade filosófica que impressiona tudo o que é estagiário do microfone esticado à sua volta, regressa com uma comparação ainda mais estapafúrdia, agora em modo “a obra prima e a prima do mestre de obras”:
Mas como, originalmente, o Tonto foi criado para que o Lone Ranger tivesse alguém com quem falar, o irrevogável patriota parecendo que fala não fala, parecendo que responde não responde, salvaguarda-se, resguarda-se [e isso também não é notícia nem sequer novidade], uma vez que o Tonto disse, usando pronomes definidos e indefinidos, regresso aos mercados só com taxas de juro abaixo dos 4,5%, e o Lone Ranger falou na data e no tempo que falta para o fim do programa de assistência financeira, perante o deslumbre embasbacado dos estagiários do microfone esticado à sua volta.
Originalmente o Tonto foi criado para que o Lone Ranger tivesse alguém com quem falar. O Tonto, em países de língua espanhola, foi baptizado de Toro porque Tonto significa… tonto. E Toro, que em português significa touro, é um animal que investe a eito, sem raciocinar… O Tonto tem uma maneira peculiar de falar que se caracteriza pelo não uso de artigos definidos e indefinidos. O tonto é um comanche, um índio, porque o Cristóvão Colombo quando aportou às Américas pensava que tinha chegado às Índias. Hi-yo Silver!
«Processo que envolvia PGR angolano foi arquivado dois meses antes das desculpas de Machete»
O título do post é de seis meses antes do arquivamento do processo que envolvia o procurador-geral da República angolano, João Maria de Sousa, e de 8 meses antes das declarações do ministro Rui Machete à Rádio Nacional de Angola.
Do do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho and by appointment of Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros:
«Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica com Portugal»
[Na imagem praia em Angola]
O ministro Rui Machete, não contente por ter tentado comer os angolanos por parvos com uma curvatura de 180º na espinha dorsal, volta à carga e tenta comer os portugueses pela mesma medida, já com a espinha dorsal erecta entre as talas presidencial e primo-ministerial, demonstrando não entender nada de nada do cargo que ocupa, da alarvidade em que se/ nos meteu, e não percebendo quem é que faz figura de parvo nesta embrulhada. Só há lugar a assassinato político quando há um político envolvido.
[Pelo meio falou qualquer coisa sobre fuga ao segredo de justiça, ele que até se ter transferido para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, com a pele de escritório de advogados vestida, foi avençado de um escritório de advogados com acesso privilegiado a informação]
[Imagem]
Adenda: E se Rui Machete tivesse caído de pára-quedas no Palácio das Necessidades com paga pelos bons serviços prestados "à Pátria" enquanto presidente da Mesa do Congresso do PSD?
O que custa nisto tudo é que o dinheiro dos nossos impostos sirva para alimentar ma[n]chetes, numa primeira fase por via dos negócios milionários para com os escritórios de advogados e, numa segunda fase, num nível mais elevado [e é preciso ter “estudos” para isso], com a transferência do escritório de advogados para dentro do Palácio das Necessidades, enquanto se corta a eito nas pensões de sobrevivência. A Pátria do[s] ma[n]chete[s] nem sequer é a língua portuguesa, é a cor do dinheiro.
[Imagem]
Passos, segurado por Cavaco, segura Machete, que se segura a Passos que se segura a Cavaco. Uma pescadinha de rabo-na-boca. Ou um cante alentejano, o grupo de cantares de de São Caetano à Lapa. Ombros com ombros, todos muito juntinhos, num balancear lento e compassado, monótono mesmo. O ponto dá a deixa, cede lugar ao alto, entrando logo de seguida o coro em que participam também o ponto e o alto. Terminada a estrofe o ponto dá novamente a deixa e o ciclo repete-se as vezes que os intervenientes o desejarem. Todos muito afinadinhos. Todo, bem… excepto Portas, o falsete, um corpo estranho que não cabe na estrutura, com timbre diferente e ressonância conforme o instrumento que lhe calha em sorte.
[Imagem de autor desconhecido]
Pedimos desculpa por sermos um Estado de Direito com separação de poderes entre o poder político e o poder judicial. "Não há nada substancialmente digno", nem ninguém com problemas ao nível da espinha dorsal. no Governo da Nação, resume-se tudo a "uma certa podridão de hábitos políticos".
[Imagem]
Quando se diz que "é feio apontar porque Deus está em todo o lado e podemos enfiar-lhe o dedo no olho" deve ser a isto que se referem:
E vamos a ver se não cometeu nenhuma "incorrecção factual" e ficaram algumas para trás.
[Imagem]
Ver o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal a falar de "soberania nacional" com a bandeira da República de Angola como pano de fundo.
Aqui há uns meses, não muitos, por altura da greve dos estivadores e da reforma laboral-estrutural de "uma economia de mercado por mil anos", do ministro que era Álvaro, só, sem doutor antes nem apelido depois, andou a Direita, na blogocoisa e no tuita e no Feice coiso e mais os paineleiros-comentadeiros avençados nas televisões e nos jornais, toda em polvorosa porque o cargo de estivador era hereditário, e que não podia ser, e onde é que já se viu, numa democracia moderna e ocidental e com uma economia aberta e liberal, haver um trabalho braçal pago a mais de mil euros por mês que não fosse ocupado pelo mérito e pela competência?
[Na imagem "Armorial Lusitano", Edições Zairol Ld.ª, Lisboa 1961]
A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, presidida pelo Dr. Rui Machete, tinha uma participação na Sociedade Lusa de Negócios, cujo Conselho Superior era presidido pelo Dr. Rui Machete, que foi posteriormente vendida, com "uma mais valia significativa" e com uma "remuneração muito interessante" e que gerou "resultados muito interessantes”, porque o modelo de gestão do banco levantava sérias dúvidas [ao vendedor ou ao comprador?] Dr. Rui Machete, que teve sempre a colaboração do presidente do banco nos esclarecimentos pedidos, o Dr. Oliveira Costa, secretário de Estado do Dr. Cavaco Silva [que também teve "remuneração muito interessante" com a venda das acções da SLN] e que anteriormente havia sido ilibado de quaisquer suspeitas, por uma comissão parlamentar de inquérito, presidida pelo Dr. Rui Machete, a propósito do perdão fiscal dado pelo Dr. Miguel Cadilhe [secretariado pelo Dr. Oliveira Costa], ministro das Finanças do Dr. Cavaco Silva e depois presidente do BPN.
"Uma certa podridão de hábitos políticos" é isto, ou estou a ver mal o filme?
[Imagem de Daveys Locker]