"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A 9 de Setembro, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, Rui Rio pedia celeridade, schnell, schnell, na investigação ao "roubo" de Tancos e dizia que não dizia tudo o que queria dizer e que sabia. Duas semanas passadas, a 25 de Setembro, depois das armas "encontradas" e do "gamanço" deslindado, Rui Rio aparece a dizer que aconteceu tudo exactamente como ele sabia que ia acontecer, que se regressou à normalidade e que folgava por saber que quer a Polícia Judiciária quer o Ministério Público tinham actuado e que tudo está bem quando acaba bem e adiante que se faz tarde.
Agora, que parece que vai haver Comissão Parlamentar de Inquérito ao affair Tancos, o líder do PSD vai continuar a dizer que já sabia o que sabia e que não podia dizer e que acabou como sabia que ia acabar ou também vai ser chamado a depor?
Porque o jihadismo, quando não fabrica as suas próprias metralhadoras, granadas, armas anti-tanque, etc. , compra-as no mercado regulado e fiscalizado já que as redes internacionais de tráfico de armas não querem nada com semelhante gente.
Um gajo e uma gaja que não tenham onde cair mortos vão para ministros, de qualquer coisa, não interessa o quê desde que seja ministro. Ministro porque sim. Não há outra maneira de dizer isto.
Tenho muita pena, mas nunca roubei livros. E ás vezes a ocasião proporcionava-se/ proporciona-se. Como soe dizer “faz o ladrão”. Entro na “casa” do senhor Medeiros em Setúbal – tenho aversão a “oceanos” de livros, a perder de vista, com marinheiros de atendimento ao público mais burros que uma porta de molas enferrujada – e por cada livro comprado uma hora de conversa sábia roubada. Um gajo até se esquece e o senhor Medeiros fica satisfeito com o roubo, ali mesmo nas suas barbas.