"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Primeiro inflacionam as notas artificialmente para ganharem vantagem no acesso ao ensino superior público, a seguir pedem a redução do peso do único instrumento que pode nivelar e repor alguma justiça nesse mesmo acesso. A chico-espertice de quererem passar a perna aos outros e a soberba de pensarem que ninguém percebe a matrafisga.
E chegámos aqui: juro que ouvi Rodrigo Queiroz e Melo, director executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, dizer no programas Prós e Contras na RTP 1 que "o Estado cometeu a ilegalidade" [sic] de construir escolas públicas onde já havia colégios privados. E, quando aqui chegamos, já não há mais nada para discutir ou debater.
O que os responsáveis radiográficos não dizem, mas deviam, é em que lugar aparece a opção “cortar na educação no colégio privado” no ranking das famílias.