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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Sinais exteriores de riqueza

por josé simões, em 06.10.22

 

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Cresci num bairro de pescadores em Setúbal onde a miséria era mais que muita, eles "ao mar", elas nas fábricas de conservas, ou "a dias", como então se dizia, os filhos na escola até à 3.ª/ 4.ª Classe e ala para o mar ajudar o pai na traineira, ou o orçamento familiar, que se faz tarde, com muito boa sorte aprender um ofício que lhes permitisse fugir às redes e a andar descalço ou de chinelos de enfiar no dedo antes de haver havaianas. Quando a vida melhorava para alguns, o "elevador social" como agora se usa, o sinal exterior de riqueza era um carro, de preferência 'amaricano', os europeus não davam nas vistas e os japoneses tinham a chapa que era uma merda, um toque e ficava tudo amassado, bate-chapas e tinta Robiallac, quem era pobre, um degrau acima de miserável, andava de pasteleira. Lembrei-me disto por ver a reportagem no El Mundo sobre Salt e Gerona, "Ciudad pobre, ciudad rica", ilustrada por uma foto onde o símbolo da riqueza é ir de bike com o filho à pendura. As voltas que o filho da puta do mundo dá.

 

 

 

 

O estado do jornalismo no tugão

por josé simões, em 18.11.20

 

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No "É ou Não É", o programa semanal de debate que sucedeu ao "Prós e Contras" na televisão pública, e que há-de anteceder o "Tás Aqui Tás Ali", esta semana sobre a aliança entre o PSD e os ex-camaradas de partido do Chega para o governo dos Açores, Manuel Carvalho, director do Público, dois anos depois do relatório da Oxfam que dá conta que 1% da população ficou com 80% da riqueza mundial, diz que vê toda a gente preocupada com a distribuição da riqueza e ninguém preocupado com a sua criação. É o estado do jornalismo no tugão.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Estudos da treta, com conclusões da treta, para justificar conversas da treta

por josé simões, em 05.05.16

 

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Porque a verdade é que o Euro é uma moeda cara e 1 kg de batatas que no dia 31 de Dezembro de 2001 custava 80/ 100 escudos passou a custar 1 euro no dia 1 de Janeiro de 2002 e um café que custava na mesma data 45/ 50 escudos passou a custar, também no dia seguinte, 50 cêntimos de euro, uma conversão directa em menos de 24 horas [do que é que o pequeno comércio a retalho e restauração se queixaram será sempre uma incógnita]. Dir-me-ão que as pessoas não se governam só a café e batatas, pois não, mas é muito por aqui que a coisa começou.


Outra coisa que o estudo nos diz é que vale a pena apostar e investir na educação porque com mais formação e mais habilitações literárias as probabilidades de encontrar um emprego mais remunerado são muito maiores.


O que o estudo não nos diz é a média salarial dos portugueses, nem a quantidade de portugueses que aufere o salário mínimo nacional, nem a constituição dos agregados familiares dos portugueses que vivem com a média e o mínimo salarial em Portugal. É que dá muito mais jeito à narrativa liberal instalada no Banco de Portugal dizer que os madraços dos tugas são uns gastadores que não acautelam o futuro e insistem em continuar a viver acima das suas possibilidades. É que alguém que ganhe o salário mínimo nacional, se não tiver filhos, nem pagar renda da casa, nem água, nem luz, e for trabalhar de Inverno com roupa de Verão, depois de um jantar de bolacha Maria na véspera, consegue aforrar a pensar nalgum contratempo da vida ou para acautelar a velhice.


Estudos da treta, com conclusões da treta, para justificar conversas da treta.


[Imagem]

 

 

 

 

||| Em quem vota Américo Amorim?

por josé simões, em 24.01.16

 

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Em quem votou Américo Amorim nas Presidenciais de 2006 e de 2011? Em quem vai votar nas Presidenciais de 2016, o homem a quem 2 – dois – 2 milhões de pobres não superam a fortuna e que em 2009, quando já estava no Top of the Pops dos mais ricos, não teve pejo em despedir 195 a ganhar o salário mínimo nacional, por antecipação ao que a crise global iria «certamente evidenciar»? Em quem vota Américo Amorim?

 

 

 

 

||| Da série "Não Há Dinheiro Para Nada"

por josé simões, em 18.01.16

 

 

 

"Just 62 people now own the same wealth as half the world's population, research finds"


"An Economy for the 1%"


[Significado da imagem]

 

 

 

 

||| "Gralha", dizem eles

por josé simões, em 24.07.15

 

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Descontando aquela parte do estudo do FMI abranger o período compreendido entre 2008 e 2012 e o acção de propaganda do Governo reportar a 2011/ 2015, a gente faz de conta que acredita, que é "gralha".


«O Governo redigiu um documento de quase 90 páginas em que faz o balanço dos quatro anos de legislatura com as medidas tomadas em várias áreas. Na área social, admite que os mais pobres foram mais afectados pela crise. É uma gralha, admite o Governo. E vai corrigir.»

 

 

 

 

||| Relatório e Contas. Resumo da Semana

por josé simões, em 22.02.14

 

 

 

[Via]

 

 

 

 

 

 

||| Descubra as diferenças

por josé simões, em 20.02.14

 

 

 

«Portugal é um dos países europeus com mais concentração de rendimentos nas famílias mais ricas.

 

Na prática, um décimo das famílias portuguesas concentra 27,3% do rendimento global amealhado por todas durante um ano.»

 

 

«Salários em Portugal ainda deveriam baixar entre 2% e 5%, defende Bruxelas»

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Um sábado como outro qualquer

por josé simões, em 22.12.12

 

 

  

Em que, pela boca de Joe Berardo, ficámos todos a saber que somos todos ricos…