"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Vibravam todos, nos blogues, Twitter e Facebook, com as proezas do Tea Party nos States, foram todos captados como técnicos e especialistas para os gabinetes dos ministros e secretários de Estado do governo da troika, saíram alguns para o Ilusão Liberal, continuam outros na minagem e tomada de poder no partido a partir de dentro. O percurso é a papel químico.
«Textos falam da imposição de uma "ideologia de género" como "modelo de pensamento único", de "disforia de género associada a várias patologias psiquiátricas", de "senhoras, alegadamente tiranizadas, que nunca se queixavam" e do "direito à resistência" face à transformação do aborto e da eutanásia em direitos"»
«O casamento não tem nada a ver com afectos» disse, no programa Prós & Contras, o deputado do CDS/ PP Ribeiro e Castro a propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É salutar saber de fonte fidedigna que na Direita Lusa a tradição ainda é o que era e que as coisas ficam amanhadas entre as boas famílias. Procriação, propriedade, heranças, facadas no matrimónio e tal.
Um quis “defender a honra” por ter visto resumido o seu trajecto político a “de educador da classe operária a educador da classe política” e por ter sido avisado que “a Assembleia da República não é a Quadratura do Círculo”. E lá defendeu.
Outro, ao retardador, também pediu para “defender a honra” não se sabe se por “erro de simpatia” se por reflexo condicionado, e não se chegou a saber bem de quem uma vez que o presidente martelou na bancada para o almoço. Seria a honra do camarada em part-time vitalício lá na tal da Quadratura do Círculo?
Com tanta "defesa da honra" o Parlamento mais parece uma casa de putas.