|| Lições de História, precisam-se
Primeiro foi cabreuamorim, qual independente John Reed na Moscovo de 1917, a dar conta das boas novas: «Passos Coelho anuncia uma revolução tranquila». Meses depois veio Luís Montenegro anunciar ao povo que a revolução já estava nas ruas, liderada por um «destemido e desempoeirado», talvez com a poeira lavada pelo «sangue, suor e lágrimas» dos portugueses, e assente num pilar até então desconhecido que nestas terras: «trabalho árduo». Ontem por fim [mas não finalmente], veio o ministro do Emprego e da Propaganda anunciar que «É o início de uma revolução tranquila». Afinal tinha havido falsa partida e, como já dura desde o Verão de 2002, desconfio que não fique por aqui.
E podia ficar. Ou podiam ir à escola. Ou à internet, que é quase de borla, e aprender que “Revolução Tranquila” tinha por objectivo, entre outros, «uma rápida e efectiva secularização da sociedade; a criação de um État-Providence (estado de bem-estar social)» por via, também entre outros, de «investimentos maciços no sistema de ensino público; criação de um ministério da educação;» o aumento do controlo dos cidadãos sobre a economia e «nacionalização da produção e distribuição de electricidade» e que qualquer semelhança com os rapazitos de Chicago é pura e esforçada coincidência.
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