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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| A menorização do Parlamento

por josé simões, em 04.01.13

 

 

 

Fazendo a gente que acredita que a bancada parlamentar do PSD reagiu «com incómodo à iniciativa do Governo que reduz de 20 para 12 dias por ano de trabalho a compensação a pagar aos trabalhadores que sejam despedidos», há aqui uma inversão dos papéis. É que os cidadãos não elegem governos que fiscalizam parlamentos, elegem deputados, candidatos por partidos políticos, que formam grupos parlamentares, que fiscalizam a acção governativa. Se os parlamentares do PSD não têm espinha dorsal para votar contra leis do Governo que ofendem os seus princípios enquanto deputados eleitos, que tenham espinha dorsal para se demitirem quando se sentem violentados nos seus princípios pelas leis do Governo que suportam. É o mínimo dos mínimos.

 

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|| O[s] público[s]-alvo do Governo

por josé simões, em 03.01.13

 

No mesmíssimo dia em que o Governo avança com a «proposta de redução das indemnizações para 12 dias por cada ano de trabalho», o BCP, banco intervencionado pelo Estado, «ofereceu aos trabalhadores que aceitarem sair 1,7 vencimentos por cada ano de trabalho», ao mesmo tempo que, com o aval do Governo dos "12 dias", reencaminha para uma Segurança Social, "descapitalizada" e sem dinheiro para nada, nas palavras do próprio Governo, a cortar a eito, na duração e no valor, em tudo o que é subsídio e comparticipação, 600 rescisões amigáveis, directamente para o subsídio de desemprego. Este Governo não tem pena de 600 futuros desempregados, este Governo é amigo dos bancos. Mas isso já toda a gente sabe. Ou pelo menos devia saber, passado que é um ano e meio.

 

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