"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Quando nos idos da ditadura fascista de Salazar, o direito de reunião, de associação, de manifestação, de publicar sem censura prévia, era proibido e os comunistas, socialistas, anarquistas, democratas, com ou sem filiação partidária, eram presos por o tentarem exercer, direito legítimo, banal nas democracias liberais, não eram prisões políticas mas prisões de delinquentes que violavam a lei, certo?
A Caixa de Pandora que os manos Castro abriram deixou sair só a esperença e, essa sim, é todos os males do mundo para a esperança que se transformou em ditadura. Até um dia.
"Tres uniformados de la Policía Nacional Revolucionaria (PNR) y una mujer con traje del Ministerio del Interior conducen a la detenida al auto policial. En el momento en que esta grita “¡Abajo la dictadura de los Castros!”, las dos gendarmes intentan introducirla en el carro por la fuerza, una práctica que se ha hecho frecuente en los actos represivos."
Foi no dia 12 de Dezembro do ano de 2014 que a Espanha se tornou o primeiro país da União Europeia a proíbir os cidadãos de gravar imagens ou tirar fotos da polícia.
Agora que nos aproximamos da hora do pontapé de saída para o Mundial de 2014 e que, como por artes mágicas, as notícias dos protestos e dos confrontos com a polícia nas ruas das principais cidades brasileiras vão desaparecendo das páginas dos jornais e do primetime das televisões, apesar de continuarem lá, nas ruas, todos os dias e a todas as horas, convinha recordar o percurso de Dilma Vana Rousseff, de resistente à ditadura militar, que sofreu na pele a violência policial [A Dilma levou choque até com fiação de carro, fora cadeira do dragão, pau-de-arara e choque pra todo lado] até Dilma Vana Rousseff, "Presidenta" da República Federativa do Brasil, que ordena a violência policial sobre os cidadãos.