||| "Social-democracia, sempre!"
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Era que uma vez primeiro-ministro de um Governo do Partido Socialista uma das suas primeiras tarefas era a de restituir ao Estado uma das suas mais nobres funções – o social, e de meter mãos à obra para desmantelar o Estado paralelo ao Estado, criado nestes 4 anos de governação PSD/ CDS, com as transferências do Orçamento do Estado para as IPSS’s e outras organizações da caridadezinha, umas mais outras menos, heterónimos da Igreja Católica, assente no argumento, mentiroso, mais um, de que são quem está no terreno e que chega mais rápido às pessoas, sem perda de sinergias, por melhor as conhecerem, mas que mais não fazem do que duplicar funções e alimentar e engordar toda uma nova classe que se alimenta da nova indústria da miséria alheia.
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"Da guerra «sem quartel» à pobreza e às desigualdades"
O Estado paralelo, criado pelo Governo PSD/ CDS-PP, financiado pelo Estado via dinheiro dos contribuintes, e a indústria da engorda dos profissionais da miséria alheia.
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[Imagem de Margaret Bourke-White]
E depois ninguém ganhava dinheiro nenhum com isso e agora até já há a "economia social" e o "terceiro sector" e o caralho e quem receba subsídio para pagar a renda dos outros e o abono de família que os outros não recebem e pague ainda as próprias coisas:
«Diogo Leite de Campos, vice-presidente do PSD, quer «acabar com os benefícios sociais e fiscais para toda a gente» e defende a criação de um «cartão social de débito», um sistema no qual o estado presta serviços em vez de dar dinheiro.
[...]
Sobre o sucesso do programa de ajustamento de "ir além da troika" e de que o país está melhor e que as melhoras do país começam a ter reflexo directo no bolso dos cidadãos e no dia-a-dia das famílias por causa do emprego que está aí e do investimento que está ali e que só falta o consenso acoli como avisou Cavaco 'O Avisador' Silva no primeiro dia do ano e que na hora de votar devemos pensar todos muito bem em quem nos tirou da desgraça e nos pôs em tão risonho e ensolarado futuro:
«52 mil idosos perderam complemento solidário
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Quanto é que custa uma gravata Hermès do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, ou do ministro das IPSS e do Desmantelamento do Estado Social, Pedro Mota Soares, mais ou menos do que uma prestação do Rendimento Social de Inserção?
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950 € a dividir por 7 ou por 11, é fazer as contas. 2% do total de famílias beneficiárias.
Era apenas uma "impressão", diz o outro que diz que "não é este o momento" para divulgar qual a posição sobre esta matéria. O calado vai longe, vox pop salazarenta.
O momento é o da "impressão" do ministro canalha e fundamentalista ideológico impressionar, com números estratosféricos, uma maioria que na sua maioria trabalha 8 horas por dia - oficialmente, oficialmente 5 dias por semana, para receber metade daquilo que os malandros e manhosos do RSI recebem.
O momento é o da cumplicidade entre o ministro canalha e fundamentalista ideológico, que não olha aos meios para atingir os fins [justificar o fim de subsídios e apoios do Estado, acabar com o Estado social], e a caridadezinha das IPSS, maioritariamente heterónimos da Igreja Católica, que vai, gradualmente e como quem não quer a coisa, recebendo a seu cargo aquelas que eram as funções sociais do Estado e da Segurança Social, duplicando os custos para o contribuinte e a para o erário público, criando uma classe de profissionais da miséria alheia, bem remunerados, e assessorados por uma nova-classe-nova, que está agora a nascer, a do "voluntariado à força", dividida em duas castas, a mais baixa que engloba os "voluntários" do RSI e subsídios diversos, a mais alta, o dos empregados, na sua grande maioria quadros médios, médios-altos de empresas, bem remunerados, que praticam o voluntariado em horário pós-laboral ou nos dias de descanso, porque é bem aos olhos do patrão e do accionista, socialmente prestigiante numa sociedade formatada pela opinião privada publicada para a redução de custos [nunca aumento das margens de lucro e das mais-valias] e para "dar graças a Deus" por ter uma colaboração [não um trabalho] nem que mal remunerado ou até pago em senhas de racionamento .
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«Mais de 38 mil idosos perderam o complemento solidário no espaço de um ano»
«Mais de 45.000 pessoas perderam o direito ao RSI num ano»
[Imagem "Naples Boy Smoking, 1944", Wayne Miller]
Enquanto a maralha fala dos suspeitos do costume do Rendimento Social de Inserção, e que são cada vez mais a cada dia que passa, não fala do Rendimento Máximo Garantido pelos mesmos de sempre, cada vez mais os mesmos, e não pensa que não há empregos nem a ganhar o salário mínimo nacional mas há trabalho, com fartura, a troco de esmola. A escravatura nunca havia de ter sido abolida, essa é que é essa.
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Não há dinheiro para nada e há prioridades. Empurra-se as pessoas para a exclusão e, depois de começarem a pensar com a barriga, para a criminalidade e para marginalidade, como forma para justificar o Estado policial e a repressão, não só sobre os "marginais" e "criminosos", mas sobre toda a população que, psicologicamente, está aberta a aceitar tudo que lhe proponham para manter um mínimo de segurança e de qualidade [de]vida, depois da insegurança politica e ideologicamente introduzida. Nós já vimos este filme noutras latitudes.
Os ministros do CDS atacam as Parceiras Público-Privadas que importa atacar, as do rendimento mínimo. O povo gosta destas coisas e nem sequer se lembra do rendimento máximo garantido.
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Apesar de os requisitos para o acesso ao Rendimento Social de Inserção serem cada vez mais restritivos, o número de beneficiários tem vindo a aumentar e mais de 47 mil pessoas voltaram ao RSI em 2011. "Não sabia que havia tanto cigano em Portugal", devem estar neste momento a pensar lá para as bandas do Largo do Caldas e de S. Caetano à Lapa.
[Imagem de Johanna Neurath]
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção com mais de 25 mil euros no banco e possuidores de aeronave? Temos um Governo que em vez de fazer aquilo para que foi eleito – governar, anda na brincadeira a gozar com a cara dos cidadãos.
[Na imagem "Porn Dialog" de David Buckingham, via]