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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Lucas 23:34

por josé simões, em 30.01.24

 

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Las redes critican el cartel de la Semana Santa sevillana: "Es irrespetuoso y blasfemo"

 

Jesus porém dizia: "Pai, perdoa-lhes, que não sabem o que fazem!" Eles dividiram entre si a roupa de Jesus, depois de terem deitado sortes. Lucas 23:34

 

 

 

 

Pode um problema religioso ter solução política?

por josé simões, em 09.10.23

 

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Uma mesquita, a de Al-Aqsa, situada num monte, o Monte do Templo, o Templo de Salomão, numa Judeia renomeada Palestina depois de Adriano ter ordenado o massacre de toda a população e o desaparecimento do mapa de cidades, vilas e aldeias. O resto, até chegarmos aqui, vem na Bíblia, no Antigo Testamento. Pode um problema religioso ter solução política?

 

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Insha'Allah

por josé simões, em 10.09.23

 

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Pelas reportagens das televisões vemos as pessoas nas ruas de Marrocos no meio da aflição, da dor, do desespero, com Insha'Allah na boca e não com o Allahu Akbar que se ouve noutras partes. Isto vale o que vale mas vale muito.

 

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Abanar o rabo com a língua de fora

por josé simões, em 10.08.23

 

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Nós, na nossa santa ignorância, pensávamos que a Jornada Mundial da Juventude significava debates, encontros, conferências, simpósios, palestras com direito a interpelações, etc, etc, conclusões, ideias, caminhos a apontar. Afinal o Papa, que às vezes é o Santo Padre e outras Sua Santidade, chega, diz meia dúzia de coisas que alguém com boa formação familiar e humanista ouve em casa desde que nasceu, respeitar o próximo, não discriminar, não olhar de cima, incluir, coise e tal - a angústia de Francisco ao constatar a igreja que herdou para ter de lhe dizer o óbvio, recebe quem muito bem entende receber sem dar cavaco a ninguém nem justificar opções, prontamente interpretados os sinais pelas pitonisas papais, que, pasme-se, são mais que os comentadores de futebol - o Papa quis dizer isto, o Papa quis dizer aquilo [se o quis dizer porque é que não o disse logo preto no branco e deixou a interpretação a cargo de terceiros?], e um grupo de patetas, denominados "jovens", faz barulho para as televisões, excursionistas que na novilíngua equivale a "peregrinos". A ideia de jovem e juventude que a ICAR tem é afinal a mesma desde que Pedro que, ao contrário do Papa ainda não era santo, pisou as ruas de Roma: os velhos falam e os jovens abanam o rabo com a língua de fora e vão encarneirados tomar o "corpo do Senhor". Amém.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Os camelos somos nós

por josé simões, em 14.07.23

 

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Depois do relambório que foram os milhões do contribuinte despejados em cima do Papa, que não queria que despejassem dinheiro em cima dele, isso era coisa dos mortais, que também não sabiam que o dinheiro que iam despejar era assim tanto, e mais o palco que o Papa também não queria tamanho dum filme do William Wyler, isso era coisa dos mortais, que também não sabiam que o palco era tamanho dum filme do William Wyler, caso contrário nem tinham planeado outro, no Parque,  tamanho do Quo Vadis, onde o Pedro, que ainda não era santo, fez um comício à luz da tocha dentro dum buraco aproveitando a inclinação do terreno.

E assim, à medida que o dinheiro que o Estado laico vai "investir" no picnicão da Igreja católica ia caindo nos telejornais, o ouvido do povo foi-se habituando à melodia, como aquelas músicas que não valem a ponta de um báculo mas que à força de serem passadas na rádio vão vendendo e chegam ao primeiro lugar do top. E depois nem eram tantos milhões assim quanto isso que os gajos são de boas contas com o dinheiro que não é deles e corrigiram prontamente e agora são poucos milhões assim quanto isso, e os palcos já não são tão grandes assim, são um cadinho menos tão grandes assim, e o da beira-rio vai servir para o Moedas trazer o Coachella e o Glastonbury e o caralho para Lisboa, vocês vão ver, ele até foi falar com os comerciantes da zona para manterem o comércio aberto, disse na televisão, não pode dizer que não disse, está gravado, porque os atrasados nem sabiam que podiam ganhar numa semana o que habitualmente ganham em dois meses, agradeçam ao Moedas esta lição de economia e empreendedorismo.

E no meio do barulho das luzes o "morreram todos" fez um telejornal em cima do palco, inaugurou-o, #ChupaFrancisco, e ninguém já repara nem no preço da alcatifa, apesar de assim a coisa estar ao contrário, o tal de sofrer na vida terrena para ganhar o Reino dos Céus, onde não há cardos nem picos, não é preciso a tal da alcatifa que está no palco, agora quero ver a cara do padre com a ladainha do sofrimento depois do chão alcatifado.

Nem ninguém repara nos milhões da câmara de Cascais para paramentos e outras alfaias religiosas, câmara rica, esta, um dia há-de ser feito um reajustamento territorial para excluir o Fim do Mundo e a Quinta das Marianas, só dão mau nome à zona.

Nem ninguém repara na única limpeza a que a câmara de Lisboa meteu mãos à obra desde que o camarada Moedas foi eleito presidente, a dos sem-abrigo da Avenida, ainda assim o senhor Francisco a meio da celebração fosse desatar a cantar "webaba silale maweni, webaba silale maweni, homeless, homeless, moonlight sleeping on a midnight lake, homeless, homeless" do Paul Simon perante o horizonte visual poluído até à Praça do Comércio, aqueles homeless onde o Marcelo vai com as televisões atrás entregar sopa e dizer boa-noite, calado que nem um rato, o Marcelo, beato.

Nem ninguém repara na mudança de nome do Alto do Parque para Colina do Encontro, estou mesmo a ver num futuro próximo, entram num táxi "leve-me à Colina do Encontro" e o taxista a olhar de lado "quem é este pacóvio?" .

 

Como dizia o Mateus em 19:16 "É mais fácil um camelo passar por o buraco duma agulha que um rico". Os camelos somos nós, apesar do dinheiro dos ricos ser nosso.

 

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“Tenho umas multazinhas que gostava que fossem apanhadas pela amnistia”

por josé simões, em 05.07.23

 

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O Estado laico vai amnistiar infractores a propósito da visita de um líder religioso. É isto.

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 23.05.23

 

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"Esperemos que Nossa Senhora nos ajude a mudar o país": André Ventura vai a Fátima a pé

 

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A evolução das espécies

por josé simões, em 15.05.23

 

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Génesis 3:1

por josé simões, em 19.04.23

 

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Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?

 

An Orthodox Christian worshipper attends the Easter ceremony celebrating Christ's resurrection at the Patriarchal Church of St. George in Istanbul, Turkey, Sunday, April 16, 2023. AP Photo/ Francisco Seco

 

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Uma hóstia de rabo na boca

por josé simões, em 16.02.23

 

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Seriam precisos menos psiquiatras se houvesse mais tempo de confessionário com os padres

 

"Quanto aos locais mais comuns de abuso, destacam-se por ordem decrescente: seminários (23% dos casos), igreja sem outra especificação (18,8%), confessionário (14,3%), casa paroquial (12,9%) e escola religiosa (6,9%)". In Dar voz ao silêncio, Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Relatório Final. Lisboa, Fevereiro 2023, Sumário Executivo, Página 10.

 

Depois são precisos mais psiquiatras, e psicólogos também, para acudir a quem teve mais tempo de confessionário. É a chamada hóstia de rabo na boca.

 

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Lucy in the Sky with Diamonds

por josé simões, em 06.02.23

 

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Podemos também lembrar os efeitos secundários do que foi então o maior evento alguma vez aqui organizado desde a Exposição do Mundo Português (1940) - que transformou Belém e nos deixou o Padrão dos Descobrimentos, o Jardim da Praça do Império, o Museu de Arte Popular, a Estação Fluvial de Belém, etc. -, que se materializaram na transformação de uma zona degradada e decadente de Lisboa, num dos bairros mais valorizados da capital, pleno de vida e de emprego, carregado de equipamentos lúdicos, turísticos e culturais.

 

Imagine-se então, além do efeito imediato, o que a Jornada Mundial da Juventude pode fazer por um país cuja economia depende tanto do turismo como o nosso, por um Portugal envelhecido e desesperado por captar e fixar os jovens que lhe fazem falta, por um território em permanente carência de renovação, de inovação, de expansão, de imaginação, de transformação.

 

 

Joana Petiz, comissária da direita radical no Diário de Notícias, em "Jornada Mundial da Juventude: já se pode falar do que importa?" aka Guia Oficial para a Mente Alucinada da Direita Todo-o-Dinheiro-do-Contribuinte-é-Bem-Gasto-desde-que-seja-Esbanjado-vírgula-perdão-vírgula-Gasto-por-Nós-e-Nunca-pelo-Socialismo-e-pela-Sociedade-Socialista-em-que-Vivemos, nem que para isso tenhamos de ir à cave recuperar para a montra o nosso bem amado Salazar, grande transformador de zonas degradadas e decadentes, valorizador de bairros, estimulador da vida e do emprego, fomentador do ludismo e da cultura. Lucy in the Sky with Diamonds.

 

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O perdão no glory hole

por josé simões, em 03.02.23

 

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Um "Parque do Perdão" com 150 confessionários, cada qual com "um sacerdote para acolher e escutar os jovens peregrinos, convidando-os a fazer a experiência do amor e da misericórdia de Deus através do sacramento da Reconciliação", quando o esperado seria um pedido de perdão da Igreja Católica e a sua reconciliação com os jovens, como prega o sítio online, "um cais de partida para um coração novo, reconciliado com as suas feridas". Não perceber isto e inverter a situação, o jovem a confessar-se ao sacerdote e não o sacerdote ao jovem, acompanhado do respectivo pedido de perdão, soa a cabine glory hole.

 

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A Vida de Moedas

por josé simões, em 26.01.23

 

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Eu vou fazer aquilo que for a vontade da igreja

 

CarlosMoedas, presidente da Câmara de Lisboa, 113 anos depois da implantação da República e do Estado laico.

 

 

 

 

A tropa-fandanga das "obras para o futuro"

por josé simões, em 26.01.23

 

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Um interessante trabalho de jornalismo era recuperar o que Carlos Moedas, Filipe Anacoreta Correia, e restante tropa-fandanga, escreveram e disseram sobre o dinheiro do contribuinte enterrado nos estádios do Euro 2004, à época também eles apresentados como uma "obra para o futuro" e "investimento com retorno", damos-lhe um porco e recebemos de volta um chouriço.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Mateus 26:26-28

por josé simões, em 25.01.23

 

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Carlos Moedas, presidente da câmara de Lisboa que se disponibilizou a disponibilizar 3 milhões de euros para apoiar lesados de umas cheias que causaram prejuízo de 49 milhões, é o Carlos Moedas, presidente da câmara de Lisboa, que despeja 4 milhões e meio de euros, por ajuste directo, parcelado por causa do ajuste directo, nas mãos da Mota-Engil, do seu ex-colega de Governo Paulo Portas, aquele que foi abrilhantar a convenção do Partido Popular espanhol com o número circense "socialistas são bons a gastar o dinheiro dos outros", na construção de uma bancada de trabalho para o Papa Bergoglio perorar sobre desigualdade e fome no mundo. É mais que um altar, é um investimento que vai servir para outras coisas, dizem em coro alto, na tribuna elevada com vista privilegiada para o altar, o sonso Moedas e o beato-presidente-beato Marcelo, aquele que anda sempre bué preocupado com os sem-abrigo e com o banco alimentar. "Outras coisas", que estão no topo da lista de prioridades dos portugueses, em geral, e dos lisboetas, em particular, a inflação, a guerra na Ucrânia, a habitação a preços acessíveis, e um palco para eventos futuros, tipo entregar a exploração ao senhor genro de Cavaco e em conjunto com o Pavilhão Atlântico criar o hub da pop/ rock, que lindo, e até dá para expor unicórnios. Assim como assim já estamos habituados a ser tratados como lorpas e a deitar dinheiro no bolso de chico-espertos.

 

Como diria um tal de Mateus em 26:26-28, "Tomai e comei; isto é o meu corpo. Tomai e bebei; isto é o meu sangue. Tomai e governai-vos; este é o meu dinheiro. É fartar vilanagem".

 

[Imagem de autor desconhecido]