O Rei dos Pantomineiros
Sai o Relatório de Segurança Interna a dar conta do aumento da criminalidade, com os principais indicadores a incidirem no tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, crimes de ódio e violência entre grupos, curiosamente o que a direita, alegadamente democrática, insiste em desvalorizar: a imigração ilegal fruto dos entraves colocados à entrada em quem procura trabalho legal; crimes de ódio e violência entre grupos, pelo normalizar de comportamentos inaceitáveis, em nome da liberdade de expressão, liberdade de associação, e do princípio "se os proibimos aqui, amanhã abrem na porta ao lado, portanto é deixa-los estar", e logo o inefável Moedas apareceu nas televisões a dizer não estar surpreendido com o relatório porque "já há dois anos atrás [como será há dois anos à frente ou há dois anos ao lado?] "dizia ao antigo ministro que havia maior criminalidade, que ele sentia na rua", o mesmo princípio de análise científica - "O Sentimento", que o levou a assegurar que as Jornadas Mundiais da Juventude tinham sido um sucesso estrondoso para a restauração lisboeta, e não o fiasco que foram, porque alguém que tinha hospedado em casa lhe contou que o Pinóquio nos Restauradores estava com fila à porta.
A facilidade com que Moedas aparece nas televisões, por si convocadas para perorar por tudo e mais alguma coisa, sem qualquer contraditório, nem uma única pergunta difícil da parte dos pés de microfone, como forma de esconder a incompetência com "o barulho das luzes", é na base do mesmo princípio de quem engordou e andou com Ventura ao colo e que agora procura um candidato mais fofinho.
[Imagem de autor desconhecido]