"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Circula por aí um clip onde Maria João Avillez, alegada jornalista, questiona Ricardo Costa sobre a oficialidade [veracidade] dos números apresentados pela polícia que deitam por terra a teoria da direita, cada vez mais radical, da insegurança pela percepção, "um relatório estranhíssimo". E a senhora por lá vai continuar, em horário nobre, a deturpar realidades e a truncar informação, como diria o outro, a torcer a estatística até que ela diga o que a dona Maria João quer que seja dito. E não, isto não tem nada a ver com liberdade de expressão. E não, isto não tem nada a ver com cancelamento. Isto tem a ver com sanidade e rigor, porque a seguir vamos ter, também em horário nobre, um chalupa anti-vacinas, um terraplanista, ou um criacionista, a questionarem todo edifício cientifico que nos trouxe até ao séc. XXI, o retrocesso civilizacional pela casa dentro desde a caixa da televisão. Por coincidência, e só por coincidência, todos na órbita da direita política.
"Portugal é o país que menos cumpre as recomendações do Conselho da Europa contra a corrupção. Um relatório agora publicado garante que no final de 2018 faltavam cumprir 73% dessas recomendações."
De documento secreto elaborado pelos serviços de informação militares para "o Expresso nunca disse que este relatório é oficial", segundo Pedro dos Santos Guerreiro, director do Expresso, sentado ao lado de Miguel Sousa Tavares e depois de chutar 30 vezes para canto perante a insistência de Clara de Sousa no telejornal da SIC.
- O Lima das "escutas a Belém" está de boa saúde e aconselha-se;
Descontando Pedro Passos Coelho, dos suicídios em Pedrógão Grande, das 64 vítimas que não eram 64 vítimas mas 64 vítimas, do dinheiro dos donativos para as vítimas dos incêndios à guarda das IPSS, Caritas e Misericórdias e com o qual o Governo do PS se andava a abotoar à socapa dos portugueses, ninguém sabe notícias pelo Expresso, mesmo o Presidente da República, ex-jornalista do Expresso. Se calhar porque ninguém quer capitalizar politicamente à custa das desgraças alheias e, na ânsia de ser mais rápido que a própria sombra, enterra o pé em lama até às orelhas.
Descontando aquela parte do estudo do FMI abranger o período compreendido entre 2008 e 2012 e o acção de propaganda do Governo reportar a 2011/ 2015, a gente faz de conta que acredita, que é "gralha".
Com mais de um ano de atraso o que o relatório da Inspecção-Geral de Finanças nos diz é que o Estado em 2013 gastou quase 4400 milhões de euros com subvenções públicas, um aumento de 130% devido às alterações legais introduzidas naquele ano com o objectivo de apertar o cerco a estes auxílios [!].
Com o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social no primeiro lugar do ranking, por via das subvenções atribuídas pelo Instituto da Segurança Social a IPSS's e outros heterónimos da Igreja Católica e outras caridadezinhas da "economia social" a troco da destruição e desmantelamento do Estado social [1340,5 milhões contra 1293 milhões em 2012], e com a a Presidência do Conselho de Ministros [561 milhões concedidos] a roubar o segundo lugar ao Ministério da Educação e Ciência [530,6 milhões], que em 2013 surge no terceiro posto – ocupado um ano antes pelo Ministério da Economia e do Emprego. Prioridades do Governo da direita...
Não foi nada com ele. Homenzinho com agá grande. Responsável e estimado entre os grandes do comércio e da indústria. Prenhe de "sentido de Estado". Medalhado no Dia da Raça. Almeja agora ocupar a presidência do Conselho Económico e Social. Merece. Trabalhou para isso. A assessoria na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal é curto demais para ele.