"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Luís Montenegro, que por respeitar a autonomia regional não se manifesta sobre o partido da taberna como solução governativa nos Açores, uma coisa é o PSD nacional outra coisa é o PSD do arquipélago, é o Luís Montenegro que, primeiro que Miguel Albuquerque, apareceu nas televisões a suar por todos os poros ao lado do Estalininho de trazer por casa, Hugo Soares, o das imprecisões, de tesoura na mão a reescrever a história, para reclamar a vitória do PSD sobre o PS na noite eleitoral madeirense, "Luís Montenegro: 1 - António Costa: 0", enquanto jurava que na Madeira alianças com o taberneiro jamais [já mé].
Qual a razão ou razões para o PSD não governar os Açores em coligação com o Chaga?
Carlos Furtado deixou de ser "social-democrata" do dia para a noite, Carlos Furtado passou a ser fascista da noite para o dia, Carlos Furtado passou todos estes anos disfarçado e nunca ninguém deu por nada, ou as coisas são o que são e nunca ninguém quer saber a ponta de um chavelho para depois aparecerem boquiabertos de admiração por algo que era do conhecimento geral mas desde que não fosse falado, não fizesse muitas ondas, faz de conta que não existia?
Não passa pela cabeça de ninguém no seu perfeito juízo que, sendo o Representante da República para as regiões autónomas um cargo de nomeação presidencial, o envio para o Tribunal Constitucional do Orçamento dos Açores para 2014, a pedido de Pedro Catarino, o representante, não tenha sido sob prévia consulta e que não tenha tido a anuência do Presidente da República Cavaco Silva, o nomeador do representante.
Assunto despachado pelo Tribunal Constitucional "em menos de um fósforo", "enquanto o Diabo esfrega um olho", no que diz respeito às normas que suscitaram dúvidas ao representante, normas aprovadas por unanimidade pelo parlamento regional, e cujos partidos da oposição, depois de conhecida a decisão do Tribunal Constitucional, foram os primeiros a assestar baterias contra o representante de Cavaco Silva do Presidente da República na Região Autónoma.
Cavaco Silva, o avisador avisado, em todo o seu esplendor, Presidente de uns quantos portugueses, na defesa do Governo do seu partido e de sua iniciativa presidencial, e apostado numa guerra de guerrilha a um governo legítimo de uma região autónoma, parte integrante do território nacional, só porque não lhe agrada a cor.
Desde mini férias no Canadá a expensas do contribuinte, passando por sites da “mina de ouro”, até bolsas de estudo por encomenda, nada disto é surpreendente ou sequer extraordinário. A notícia é a excepção, nunca a regra.
Agora, 7 mil funcionários públicos para 244 mil habitantes?!
Entre outras, paga do seu bolso as propinas (fora “o resto”) dos seus filhos no ensino público gratuito, e paga, por via dos impostos, a bolsa de estudo (por encomenda) do filho do “carenciado” e ultra-periférico Malaquias.