||| A alminha na Confraria das Almas e de corpo santificado
O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, respeita alguns [não sublinhou mas está lá, "alguns"] protagonistas do 25 de Abril de 1974, "mais por aquilo que fizeram" – depois de uma revolução entregar de livre vontade e de mão beijada a poder à sociedade civil, permitindo aos Aguiar-Brancos deste país engordar à custa dos negócios com o Estado e à sombra do Estado, negócios que os Aguiar-Brancos deste país teriam sempre feito sem o 25 de Abril, nas fileiras da União Nacional ou da "ala liberal" da União Nacional, o que quer que isso signifique e que era o percurso natural de ascensão na casta, "do que por aquilo que agora dizem", que é que os Aguiar-Brancos deste país se aproveitaram do 25 de Abril para engordar à custa dos negócios com o Estado e à sombra do Estado, com isso subvertendo o espírito da revolução e, numa acto de contorcionismo digo de uma medalha olímpica, acusar o Estado de despesista e tentacular e ainda passar culpas aos sobreviventes dos tostões contados com a acusação de viverem acima das suas possibilidades..
Aguiar-Branco não sei quem o respeita, pelo que fez e faz e pelo que diz. Até pode ser que sim, mas é mais respeitinho do que respeito. O respeitinho por causa das engordas e dos negócios com o Estado e à sombra do Estado.
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