"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
«"O nosso estudo indica que o modelo de afectação de subsídios apresenta correlação directa com o desempenho do sistema ferroviário", [...].
Para os sistemas ferroviários europeus, os subsídios públicos apresentam-se assim como essenciais para que a sociedade deles tire o máximo partido. Uma conclusão prática que contraria o paradigma dominante na União Europeia de que a liberalização do transporte ferroviário e o afastamento do Estado conduziria à sua optimização.»
Em 1983, quando fiz o meu primeiro Interrail, à parte o ter perdido os primeiros comboios até me habituar à ideia que havia sítios onde os comboios chegavam e partiam a horas, o que me chamou a atenção foi o não haver passagens de nível em países como França e Itália. E ninguém atravessava a linha, porque até nos apeadeiros mais manhosos havia uma passagem subterrânea para passageiros.
Entretanto passaram 26 anos, entrámos na Europa, mas a Europa não entrou em Portugal, e os milhões para o TGV andam por aí. Não é que seja contra o TGV, antes pelo contrário, é a nossa mania de “queimar etapas”.
(Imagem The Southend Pier Train fanada no The Times)