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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Enganamos os outros e enganamo-nos a nós

por josé simões, em 31.10.11

 

 

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos punha de lado a hipocrisia e o cinismo, e que pomposamente se renomeou como realpolitik, e não embarcava na política do facto consumado ao distinguir como distinguiu os «cinco protagonistas do movimento da Primavera Árabe» [a Síria aparece aqui para enfeitar].

 

A mesma política que permitiu os negócios com Kadhafi até minutos antes dos bombardeamentos da NATO, a mesma política que permitiu que os ditadores Mubarak e Bem Ali tivessem assento, e acento, na Internacional Socialista até quase à hora da sua deposição.

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos distinguia, por exemplo, o povo saauri, e por arrasto todas as mulheres [não é fácil ser mulher por aquelas bandas], na figura de Amanitu Haidar.

 

De certeza que há muitos bons negócios muitas boas razões para o não ter feito.

 

[Imagem]

 

Adenda: por uma razão ou por outra não foi escrito na altura devida, como não gosto de ficar a remoer “assuntos pendentes” esta noite já vou dormir mais descansado.

 

 

 

 

 

 

|| Realpolitik histórico-cultural

por josé simões, em 24.02.11

 

 

 

 

 

Uma vez vi, salvo erro no canal História, um documentário sobre uma empresa norte-americana especializada em mudar imóveis de local. Desde uma cabine telefónica a uma mansão, tudo mexe. Até uma catedral com quase 200 anos andou uns quilómetros para o lado (com padre e tudo!) para facilitar o traçado de uma auto-estrada.

 

Vem esta conversa a propósito da prospecção de petróleo e gás na zona do mosteiro de Alcobaça se bem que «com a salvaguarda de "haver uma área de protecção ao Mosteiro e ao centro histórico, autorizada pelo IGESPAR" [tudo isto] "para bem da Nação"», que a descoberta de petróleo deixou de ser uma dor de cabeça desde os idos de Salazar e do petróleo em Angola.

 

Ora se quem, na prospecção de petróleo e gás e de novos mundos negócios ao mundo ao negócio não salvaguardou "uma área de protecção" à Liberdade, à Democracia e aos Direitos Humanos em terras do Magrebe e do norte de África, quem nos garante a nós que vai respeitar um monte de pedras, velhas do séc. XII? Contrate-se já os amAricanos da mobilidade e pregue-se com o mosteiro em Alfeizerão!

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

|| Africa Proconsularis

por josé simões, em 23.02.11

 

 

 

 

 

Parece que Kadhafi convocou os Vândalos para massacrar o império e se adivinha aí uma horda de deserdados, originários da Africa Proconsularis, às portas da riqueza e do bem-estar europeu. Nada que não fosse de esperar. Anos e anos a fio a amparar ditadores e todos os atropelos possíveis e imaginários aos Direitos Humanos, tudo muito bem embrulhado - e com o lacinho de cetim - em papel realpolitik, ao invés de se apostar nas reformas do(s) regime(s), na criação de riqueza nos países e na qualidade de das populações autóctones.

 

As pessoas, salvo raras excepções, quando saem dos seus países é porque aspiram a melhores condições de vida para si e para os seus. É fácil de perceber e nem acho que seja preciso explicar isso a uma nação chamada Portugal.

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

 

|| Avatar

por josé simões, em 21.02.11

 

 

 

 

 

José Sócrates e Luís Amado, despidos do avatar “ministro”, vão conseguir viver, até ao fim dos dias das suas vidas, de bem com a suas consciências, por terem alinhado a Força Aérea Portuguesa ao lado da força aérea que bombardeou o seu próprio povo?

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

 

|| Künstlertheater Hamburger

por josé simões, em 21.02.11

 

 

 

Agora que o mundo tal como o conhecemos/ conhecíamos se desmorona em 15 dias já nos podem explicar a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU ou vamos ter de esperar por uma qualquer Wikileaks?

 

 

 

 

 

 

|| O Ocidente são “os outros”

por josé simões, em 08.02.11

 

 

 

 

 

«Por um lado, afirma a superioridade de uma política de Direitos Humanos e de Democracia, realçando a necessidade de universalidade desses princípios. Por outro, lida com os regimes onde essas práticas são ignoradas ou minimizadas de um modo como nada se passasse, privilegiando a sua estabilidade em detrimento da necessária mudança.»

 

Quem assim fala tem sido um dos principais beneficiários com o estado em que as coisas (ainda) se encontram), com os baixos salários, com a ausência de educação e de cuidados de saúde, com os atropelos aos Direitos Humanos em geral e das mulheres em particular, com a inexistência de um sistema de segurança social, hábil e inteligentemente colmatado por organizações fundamentalistas e terroristas, com a cumplicidade para com as ditaduras corruptas e torcionárias, e a que se convencionou chamar "realpolitik". Para ser levado a sério o artigo devia vir assinado: Ângelo Correia, engenheiro (que a Direita é muito ciosa do estatuto), presidente da Câmara do Comércio Luso-Árabe.

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

 

|| Há espaço neste debate para o Egipto e para os egípcios?

por josé simões, em 31.01.11

 

 

 

 

 

«É fundamental para a estabilidade e para a segurança da Europa (…) em termos políticos mas também em termos de segurança e estabilidade para a Europa (…) um debate coerente sobre toda a problemática que está em causa neste momento para a Europa, para o Ocidente, mas também para a estabilidade do sistema internacional (…)» A partir do minuto 03:36

 

Pois. A uropa, o Ocidnte e o Sistma Intrnacional.

 

Nós [Ocidente] temos dois problemas graves: o primeiro é sermos burros, o segundo é não querermos aprender.

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

|| Falta a Líbia e Marrocos

por josé simões, em 17.01.11

 

 

 

 

 

Começou na Tunísia com os resultados conhecidos, na Argélia o número já vai em quatro, e alastra agora ao Egipto e à Mauritânia. Para nós, europeus, e para a nossa realpolitik cúmplice do terrorismo de Estado, o peso das mortes. Destas e das silenciosas.

 

(Imagem de Malcolm Moore)

 

 

 

 

 

 

|| Uma questão de guerras (II)

por josé simões, em 28.10.10

 

 

 

E se aparecer por aí o louco que governa o Irão a oferecer petróleo em troca de pedras da calçada também começamos a apelar ao fim do embargo?

 

O petróleo dá-nos jeito e as pedras da calçada fazem-lhe falta para executar ordens judiciais.

 

(Imagem do filme The Stoning of Soraya M.)

 

Uma questão de guerras (I)