"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Via Rafael Marques, execução extra-judicial pelo Serviço de Investigação Criminal do "país irmão" que consegue a proeza de ser governado pelo "partido irmão" [PCP] ao mesmo tempo que tem assento na Internacional Socialista [PS]. É obra.
Compreendo que faça muuuuuita confusão aos excelentíssimos senhores generais angolanos – contra o colonialismo e abaixo o imperialismo sempre sempre ao lado do povo – que haja países com uma constituição que garanta coisas tão banais como a liberdade de expressão e informação e que, coisa estranha, os habitantes desses países lhe tenham muita estima e lhe dêem muito valor, mas o que é que é que a gente há-de fazer? Deu muito trabalhinho e sofrimento, paciência…
Um estava "mergulhado" na visita de Angela Merkel, outro foi para o Cairo, outro ainda não estava disponível e não era da sua competência, ainda outro pediu para lhe colocarem a questão por e-mail, e mais outro que não estava legitimado para falar.
Tanta cobardia [era para ter escrito prostituição política] para responder uma coisa simples e que se ensina nas escola às crianças, que em Portugal o poder judicial é independente do poder político e que o Governo não é tido nem achado no trabalho da Procuradoria-Geral da República [coisa que não acontece em Angola], e que as relações entre dois estados soberanos não são tratadas na praça pública nem nos editoriais dos jornais.