Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
A Teoria da Substituição, por Rodrigo Sousa e Castro, capitão de Abril, num tweet que o Ventas do Chaga não desdenharia. Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
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A Teoria da Substituição, por Rodrigo Sousa e Castro, capitão de Abril, num tweet que o Ventas do Chaga não desdenharia. Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
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A gente olha para a imagem na conta Twitter do dono do mesmo e até acha piada, ya, mais um devaneio do alucinado que quer conquistar o espaço, meter um chip na moleirinha dos incapacitados para os ajudar na locomoção, uma interacção cérebro-computador, tudo boas intenções, mesmo que depois venha a ser computador-cérebro, já vimos esses filmes no cinema, adiante, uma Arca do Noé espacial, salvar as espécies do suicido colectivo das alterações climáticas e aquecimento global, não olhem para cima, mas depois olhamos bem para baixo, para o desenho e vemos uns moinantes de arma em punho apontada para uma multidão de pretos de braços no ar. Preto não entra, pesquisem no Google Lens, há imagens com melhor definição. A coisa começa a fazer sentido, o desbloqueio das contas racistas, fake news, incitamento ao ódio, QAnon e o mais que seja, o amigo Trump e os supremacistas brancos. Este gajo é um perigo à solta com exposição mediática e uma legião de acéfalos atrás.
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À hora da publicação deste post, o tweet da POPTime "ABSURDO! Catar construiu muros para esconder população pobre do país durante a Copa do Mundo 2022" já leva 1.261 retweets, 2.778 tweets com comentário, 16,7 mil likes. Exactamente o mesmo que a câmara de Beja fez para esconder os ciganos no Bairro das Pedreiras. "O Parlamento não autoriza a ida de Marcelo a Beja" podia ser um título de primeira página ou a abertura de um telejornal em Portugal.
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O sindicato dos Profissionais de Polícia, aquele que é presidido pelo senhor agente que assume identificar-se com o Movimento Zero, diz que "Nunca admitiremos que estratégias que visem o enfraquecimento das estruturas sindicais e da própria polícia possam prejudicar o fim a que nos propomos, ou seja a defesa do cidadão de bem". "Cidadão de bem". O que é que se faz a gente, portugueses, cidadãos, deste calibre?
O senhor do sindicato da polícia que há dois anos e um dia dizia em entrevista identificar-se com o Movimento Zero estranha o contexto da reportagem, não estranha o conteúdo da mesma. Por nós estamos conversados.
[Na imagem, de autor desconhecido, Eduardo Cabrita, que conseguiu estar seis anos no Governo, 4 - quatro - 4 dos quais com a tutela, e não dar por nada]
O tablóide bife da direita racista e xenófoba, alinhado com o UKIP e com os tories na campanha pelo Brexit, acusado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos de fomentar o discurso do ódio, traz para a primeira página os esforços da filha de imigrantes originários do Quénia e das Ilhas Maurícias, Suella Braverman, secretária do Interior, em mandar para o Peru, Paraguai e Belize, os imigrantes que chegam clandestinos a Inglaterra pelo canal, como alternativa ao Plano A - Ruanda. Se isto não é a estupidez estampada numa primeira página...
Sendo que a imensa maioria dos seguidores do imbecil são tão ou mais imbecis que ele, no sentido da burrice e da falta de cultura, que não fazem a ponta de um corno de ideia do que é o anti-semitismo, ser anti-semita, o que foi o século XX judeu na Europa até final da II Guerra Mundial, o que leva uma marca como a Adidas, primeiro a assinar com o imbecil, depois a mantê-lo durante anos sem questionar a saúde mental do contratado - posições sobre racismo, religião, ensino, para por fim cancelar o contrato, depois do imbecil fazer mais uma vez o papel de idiota útil de bandos neo-nazis? É a marca que carrega o imbecil ou é o imbecil que carrega a marca? Esta é outra dimensão que escapou a Naomi Klein quando escreveu "No Logo, o poder das marcas".
[Imagem de autor desconhecido]
Vamos falar de racismo e xenofobia. A primeira página do The Economist.
O paradoxo que é Marcelo, omnipresente e omnisciente, viver numa bolha que não lhe permite ter contacto com o "vai mazé pra a tua terra!" na ponta da língua de qualquer anónimo do beijinho e da selfie de cada vez que uma discussão ou conversa mais acalorada, a envolver um estrangeiro ou alguém com o tom de pele um niquinho mais para o escuro, rebenta num café, uma repartição, num transporte público. Não, os portugueses não têm "vocação de abertura, inclusão e tolerância", coisíssima nenhuma.
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Relação considera que grupo neonazi de Mário Machado não é racista
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Presidente de sindicato de força policial com três inspectores acusados de homicídio de cidadão imigrante ucraniano à pancada em instalações controladas pela organização acusa outras forças policiais de xenofobia e racismo por práticas de tortura a imigrantes.
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O doutor Gabriel, com obra publicada onde advoga que "O Colonialismo Nunca Existiu" e que "O racismo deixou de existir", eleito deputado pelo partido das manifs "Portugal não é racista", alega não ter chegado a vice-presidente do Parlamento por racismo dos seus pares na hora de ir a votos, aposta do líder que na anterior legislatura propôs que uma deputada eleita fosse "devolvida ao seu país de origem", tudo uma questão de "liberdade de expressão", segundo o doutor deputado eleito, que recusa regressar a Moçambique por preferir ser o Al Jolson ao contrário, que é como quem diz, o idiota útil da extrema-direita, uma força de expressão, nada de "tratar os negros como se tratam os pretos", honi soit qui mal y pense.
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"Após se terem filiado ao Chega, o partido de extrema-direita que nas últimas eleições conquistou 12 lugares no parlamento português, vários imigrantes brasileiros teriam sido vítimas de atitudes racistas e xenófobas por parte dos seus próprios companheiros."
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Duas coisas a reter no ataque racista e xenófobo de que foi alvo o motorista da Transportes Sul do Tejo:
- A paragem cheia de gente sem que ninguém se tenha dignado mexer um dedo ou abrir a boca em defesa do atacado;
- No day after as caixas de comentários e as contas Facebook e Twitter com "é preciso saber o contexto".
Puta que pariu.
[Imagem de autor desconhecido]