"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
As gravações das comunicações ao país do Movimento das Forças Armadas a partir do Rádio Clube Português no dia 25 de Abril de 1974.
As gravações das comunicações militares entre os regimentos.
As reportagens na rua:
Largo Do Carmo – reportagem de rua e saída de Marcelo Caetano.
Manifestação na Rua do Ouro.
Manifestação junto à sede da PIDE.
O assalto, as rajadas de metralhadora e o primeiro morto.
Proclamação do Movimento das Forças Armadas.
Chegada à prisão de Caxias e libertação dos presos políticos.
A primeira entrevista com Mário Soares no Entroncamento.
A primeira conferência de imprensa de Álvaro Cunhal.
Reportagem do primeiro 1.º de Maio.
Vozes: Joaquim Furtado, Luís Filipe Costa, Eugénio Corte Real, Jaime Fernandes, Alfredo Alvela, Fernando Pires, General Luz Cunha, Brigadeiro Junqueira dos Reis, Major Costa Neves, Manuel Alegre.
Para que conste: quem trabalha com a senhora fá-lo na mira de obter negócios, empregos, regalias e outras mordomias. Os que já “lá” estão que se cuidem que isto do vira o disco e toca o mesmo se calhar não é bem assim. É que as músicas no Lado B, salvo erro de prensagem, nunca são iguais às do Lado A.
“Há Estado a mais” e “menos Estado na vida das pessoas” e “asfixias” e o diabo a sete, e a pouco e pouco começa a fazer algum sentido a banda sonora que acompanhava a arruada da CDU em Setúbal com Jerónimo de Sousa à cabeça: “Eu quero mamar nos peitos da cabritinha”.
Depois do Pré (salário do soldado), do bilhete pré-comprado, da pré-mamã, do pré-aviso e de outros milhentos de prés, ouvi à bocado no Rádio Clube o editor de António Lobo Antunes dizer que o escritor é um pré-Nobel.
Ma minha modesta opinião, acho que nem com uma mãozinha da CIA lá vai. Será sempre o pré-presunçoso.
“Acredito, pelo menos, na justiça divina, e quando fui pronunciado, pedi a Deus que se prove a inocência de quem estiver a falar verdade”.
As Pragas do Egipto:
“A quem estiver a mentir a quem induziu os outros a mentir sobre a história do envelope, que lhe caiam em cima as maiores desgraças e que nunca mais durma com descanso (…). Não quero castigos, mas sim o tormento de não dormirem com a consciência de saberem que estão a fazer uma coisa que é falsa.”
Também se pode olhar para a coisa pelo prisma étnico; são os ciganos quem costuma rogar pragas. Mas, e até ver, o único cigano da tribo é o Quaresma; e anda arredado destas lides…