In Memoriam
[O vinil na imagem é meu]
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[O vinil na imagem é meu]
Explore live radio by rotating the globe. Radio Garden.
[Imagem "June 1941. Family at the USDA farm family labor camp in Caldwell, Idaho" by Russell Lee for the FSA]
Ou como os jornais todos [o Avante! e o Acção Socialista não contam para o baralho], as rádios todas e as as televisões todas, em blocos noticiosos cirurgicamente preparados, seguidos de espaços de opinião e de cometário, opinados e comentados por opinadores e comentadores avençados e cirurgicamente escolhidos, não impedem que o objecto do comentário e da análise dispare nas sondagens. Não, "uma mentira repetida mil vezes não se torna verdade" e os jornais cada vez vendem menos, e o pagode do online tem o AdBlock activo , e o people das televisões está nas séries do cabo e no Netflix e no Youtube e ninguém liga a ponta de um corno ao que um painel, cirurgicamente escolhido, no blogue da direita radical, para analisar a entrevista na televisão pública ao primeiro-ministro da 'Geringonça' diz. RIP.
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Debates radiofónicos matutinos. Para velhos. E desempregados. Não abrangidos por estágios e acções de formação avulso. Faz sentido no pós troika. É que mesmo nos 70's os folhetins passavam na hora do almoço. Portugal, século XXI, internet, online, redes sociais, interactivo, stream, iPhones e androides e tablets e isso e recibos e facturas electrónicas.
[Imagem]
A menina [Uma nova emigrante fora da zona de conforto? Uma embaixadora da boa imagem de Portugal? Uma embaixatriz casada com um embaixador da boa imagem de Portugal?] está triste nas margens do Sena em Paris…
O iPhone apita. É uma mensagem da Mãe Pátria, Portugal, que é masculino, mas Pai Pátria não fica lá muito bem.
É o José Luís Asnô que, lá do escritório de advogados e da administração dos aeroportos, onde foi colocado por mérito e competência, "acredita que a estabilidade seria melhor presente de Natal que PS e Governo poderiam dar a Portugal", e mais as boas festas da irmã ao som de Pedro Abrunhosa.
A menina fica muito feliz e de coração quente.
WTF, Antena 1??? Novos emigrantes, forçados + José Luís Asnô, instalado do sistema + Pedro Abrunhosa, instalado da música sou-muito-bom-os-novos-que-aguentem-que--me-deu-muito-trabalho-para-chegar-até-aqui, a sério?!
Fosse ainda o maquiavélico Miguel Relvas ministro da Propaganda e podia jurar que a ideia é passar ouvintes para a concorrência privada até acabar de vez com a rádio pública.
Ou música “de ir ao cu”:
«a voz serena que mantém em antena o mais antigo programa de rádio em Portugal»
O casamento entre pessoas do mesmo sexo e o post “Largar tinta como o choco para desviar as atenções” em destaque no Janela Indiscreta de Pedro Rolo Duarte na Antena 1.
(Na imagem Lorraine Golden, a University of Chicago grad student, tests a radio set she constructed for an electronics class, October 1942, via Chicago Tribune)
Desde os Sex Pistols aos The Feelies passando pelos Young Marble Giants o que eu aprendi com António Sérgio!
Venham as guitarras que hoje é dia de celebração.
O que eu acho estranho é nunca ninguém ter achado estranho, ou sequer alguém alguma vez ter levantado a hipótese de haver um complô contra os ouvintes das rádios, por uma banda de rock-pimba manhoso passar a vida no éter 24 horas por dia 365 dias por ano, Natal e outras festividades incluídas, na maior campanha promocional orquestrada alguma vez em Portugal.
E são contra as playlists; dizem. Curioso… da parte de uma banda que de há 30 anos (pelo menos) a esta parte não sai das playlists… Agora sim, quer-me parecer que as coisas entraram na normalidade, se bem que, alegadamente, - o que eu gosto deste termo! - por motivos diversos dos que seriam exigidos para o caso: qualidade.
Escusava era José Marinho de, na ânsia de justificar as opções condicionadas da Antena 3, acabar a confirmar o que se mais temia: a música foi varrida da rádio:
Ai não fazia?! Mas faz todo o sentido ser a Antena
Adenda: se bem que tarde demais, finalmente os Xutos sentem na pele o que a generalidade dos músicos - que são engraçados mas não caíram em graça – sente, pela ausência duma máquina promocional de suporte no backstage.
(*)
Quem sintoniza uma determinada estação de rádio fá-lo pela música, pela cobertura noticiosa, pelos debates e pela opinião, ou até pelos relatos desportivos; não obrigatoriamente por esta ordem. Nunca pela informação de trânsito, que é qualquer coisa que vem por acréscimo, como os “compromissos publicitários”. Aliás, as informações de trânsito servem para o automobilista ser avisado com antecedência e poder escolher alternativas à “ratoeira”, nunca para saber qual ou quais as razões por que o tráfego não flúi.
É por isso que sou levado a desconfiar da bondade deste spot publicitário.
(Imagem fanada na Wired)