||| 24 de Abril: Todos os rios vão dar ao Carmo
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Apenas mais dois ou três apontamentos.
Estive lá, comecei no Marquês de Pombal e fiz depois o percurso da manif, várias vezes e a todo o seu comprimento, entre a Praça do Comércio e os Restauradores, a fotografar e a filmar. Algumas fotos ia imediatamente colocando online via Twitter, e só não publiquei mais porque estava dependente da disponibilidade e da qualidade do acesso à rede wifi, quer das redes abertas que ia apanhando [PT wifi, lojas e hotéis], quer das duas que assino [PT e Fon Zon] e, alturas houve, em que era de todo impossível aceder a qualquer rede que fosse, como nos minutos logo a seguir à meia-noite, na noite da passagem de ano, em que toda a gente saca do telemóvel para felicitar familiares e amigos, o que me leva a crer que, como eu, havia mais uns milhares na zona com o mesmo procedimento.
A partir das 18 horas desisti e quedei-me no estuário da Rua do Ouro porque era impossível fazê-la no sentido inverso à manif, tal era a massa humana, compacta, que desfilava em direcção ao Terreiro do Paço.
As pessoas, como não obedeciam a lideranças sindicais nem a credos políticos [e isso é que devia preocupar, muuuuuito mais o Governo que as oposições], chegavam ao Terreiro do Paço e desmobilizavam, iam às suas, passear com e em família [que eram aos milhares, avós, pais, filhos e netos], iam às compras, ver as montras or ever, não ficavam à espera para ouvir os discursos da praxe, não era isso que as tinha trazido até ali, ninguém precisava ser doutrinado.
Ainda a manif não tinha começado já a cabeça ia a chegar aos Restauradores. Já se desmontava o palco na Praça do Comércio ainda a cauda da manif vinha no Rossio.
Dizer que esta manif teve muito menos participação que a do dia 15 de Setembro, ou até compara-la com a missa campal de Joseph Ratzinger, paga com o dinheiro dos contribuinte, e com o palco a ocupar quase ¼ da praça mais 5 corredores de fuga desimpedidos e acessos bloqueados, ou é má fé ou é pânico do Governo Pedro Passos Coelho/ Paulo Portas e dos apoiantes que ainda lhe restam. Fico-me pela segunda.
[Imagem fanada aqui]