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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| É muito feio ver um universitário, um académico de currículo recheado, prestar-se a palhaçadas propagandísticas

por josé simões, em 23.04.14

 

 

 

Depois de encerrar escolas, centros de saúde, tribunais e repartições de finanças, o Governo avisa que o «novo QREN poderá ter concursos para beneficiar zonas com menos população». "Poderá" que é diferente de terá.

 

Diz que também está a ponderar a possibilidade de haver igualmente "medidas de discriminação positiva" nos processos de licenciamento de projectos. "Ponderar" que é diferente de adquirido.

 

E também diz que há a hipótese de "majorar positivamente" as zonas com menos população. "Hipóteses" que é diferente de decidido.

 

E que "poderá" e "ponderado" e "hipótese" depois, vai definir "uma taxa de comparticipação maior" para os projectos, de forma a captar investimentos nas regiões desertificadas, como se alguém no seu perfeito juízo fosse investir o que quer que seja numa região desertificada de escolas, de centros de saúde, de tribunais, de repartições de finanças e de gente.

 

[Na imagem estação de metro em Berlim, de autor desconhecido]

 

Adenda: Também diz que se construíram para aí umas estradas e uns equipamentos públicos, faltaram os aeródromos e os aeroportos malgrado a formação dada para futuros controladores [esta parte digo eu], mas que não serviu para nada disso da coesão nacional e territorial. Serviu para as pessoas se pirarem mais rápido, depois da "hipótese" e do "ponderado".

 

 

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 31.01.14

 

 

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, há bocado, e em resposta a uma questão do líder da sua bancada parlamentar, Luís Montenegro, sobre a Tecnoforma, empresa de que foi consultor e depois gestor, e da mãozinha dada pela sua cara metade e à época secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, sobre o novo quadro comunitário de apoio [QREN]:

 

«A nossa prioridade não é gastar todo o dinheiro porque essa foi sempre a armadilha em que se caiu no passado, "é preferível gastar ainda que mal do que devolver", não é verdade, às vezes é preferível não gastar do que ficar com um peso muito pesado para o futuro em obras de funcionamento, de utilização, mas também de conservação e de recuperação de investimentos mal decididos»

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| No meio do bocejo geral

por josé simões, em 09.10.13

 

 

 

Fixei aquela parte em que o sócio de Miguel Relvas na Tecnoforma disse que "no passado muito dinheiro do QREN foi mal gasto e gasto em projectos sem viabilidade" e que agora não vai ser nada assim.

 

Já estou por tudo.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

|| Mais do mesmo

por josé simões, em 19.09.13

 

 

 

A Direita liberal, e empenhada em tirar o peso do Estado da economia [aqui], avisa que acabou o tempo de investir em escolas - à parte o aumento do cheque aos estabelecimentos privados de ensino, eis algo que ainda ninguém tinha percebido, e avisa que o tempo é de "estímulo à economia", não de subsídio-dependência, que é palavra que não consta no léxico liberal, apesar do desfile diário de "empresários" e de detentores de boas ideias e de patrões de empresas e de patrões de corporações e de investidores, pelas televisões e pelos painéis e fóruns para a descoberta da pólvora, os mesmos desde que Portugal descobriu ouro no Brasil, todos cheios de boas ideias e bons projectos e fé no futuro e no dinheiro que há-de vir do Estado, a bem da economia, da Nação, e da criação de riqueza, que se esmifra em contas no Deustch Bank e outros bancos noutras latitudes, a salvo de algum Chipre que por aí apareça.

 

Pelo meio a Direita liberal, e empenhada em tirar o peso do Estado da economia, mas preocupada com o desemprego e com os desempregados [também aqui] limpa a sua consciência social-cristã e ganha umas indulgências com uns pozinhos de propaganda, na forma de "apoio ao negócio dos cafés".

 

E se fossem gozar com quem vos talhou as orelhas?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Uma pergunta legítima

por josé simões, em 07.08.12

 

 

 

E se o Barão Vermelho fosse genro ou, vamos, sobrinha-neta?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| Na falta de melhor argumento vai-se buscar a rotunda

por josé simões, em 16.03.12

 

 

 

A rotunda é uma solução barata de engenharia: facilita a fluidez do trânsito em cruzamentos complicados, serve de travão artificial a velocidades excessivas em zonas habitacionais, e é muito mais barata que uma instalação de semáforos, que a construção de cruzamentos desnivelados ou túneis e, quando aliada a projectos de arquitectura e design, contribui para a qualidade de vida das populações. Não consigo perceber qual é problema com as rotundas…

 

[Na imagem The Magic Roundabout,Swindon,England]

 

 

 

 

 

 

|| "Não dizer que foi proibida. Pode, no entanto, dizer-se que já não vai à cena" [+]

por josé simões, em 08.03.12

 

 

|| Santos Pereira, Alvaro’s issues

por josé simões, em 05.03.12

 

|| A oeste nada de novo

por josé simões, em 04.03.12

 

 

 

Em tempo de vacas gordas e de distribuir dinheiro a rodos o ministro da Economia tem a importância que tem, em tempo de vacas magras e de cortar a eito o ministro da Economia tem a importância que tem.

 

Já da Economia e das Finanças ficarem nas mesmas mãos dizem que é má aposta e que dá mau resultado.

 

[Imagem “Men working the floor at the Merchandise Mart, Stanley Kubrick,Chicago, 1949]

 

 

 

 

 

 

|| Duas frases que são todas elas um programa

por josé simões, em 13.01.12

 

 

 

«Visto de fora, o negócio parecia sólido e promissor.

E foi isso que lhe garantiu a obtenção de apoios públicos.»

 

E agora é inevitável a gente deitar-se aqui a adivinhar. Quem é que viu de fora e o que é quem viu de fora viu, se viu a filha do pai se viu o negócio da filha do pai, se viu ambos ou se não viu nada quando no mínimo devia ter visto os públicos que concedem os apoios aos pais e aos filhos, sendo que os pais também já foram vistos. Tudo muito retro style, período pré Abril de 74. Ao menos em Angola as coisas são mais transparentes, já se sabe ao que se vai.

 

E a million dollar question é, excluindo as partes do abono de família, das taxas moderadoras e dos subsídios de desemprego, o ponto comum à nora de Patrick Monteiro de Barros e à filha de Braga de Macedo? Ou esperamos pela próxima revista socialite para saber?

 

[Early Parker Brothers, Monopoly Community Chest Cards, First Illustrations (c. 1936 – 1937)]