In Memoriam
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Podia a MEO fazer um comercial "espírito natalício" com uma família muçulmana, a filha a ser repreendida pelo pai por posar sem véu, a família falhar a festa da escola por motivos alheios, chegar no varrer da sala e ter o rebento à guarda de uma família "ocidental" que até partilha no grupo WhatsApp a representação a que os pais não assistiram? Poder podia, mas não era a mesma coisa. Porque era a islamofobia, o desrespeito pela diferença, que o multiculturalismo é bilhete só de ida. A propalada degradação da civilização ocidental começa precisamente aqui, na cedência sem retorno e da culpa interiorizada.
[Imagem de autor desconhecido]
O pormenor de um lado ser o pai que repreende e do outro ser a mãe que condescende é todo um programa.
O Governo diz que está a tentar salvar a televisão pública retirando-lhe uma das suas fontes de financiamento: a publicidade. Por ora há quem salve a televisão pública do Governo.
Trump diz que vai aplicar taxas alfandegárias sobre produtos e mercadorias provenientes do México, Canadá e China, sobrecarregando o bolso dos americanos na compra de mercancias que a América não produz ou que produz com baixa qualidade. Por ora não há quem salve a América de ser grande outra vez.
Que nome se dá a isto?
Na outra guerra, a do impacto das imagens na opinião pública ocidental, de lágrima no canto do olho no sofá frente à televisão, e que cresceu com brinquedos inócuos, nada de "children´s toys", o Hamas continua na frente e a marcar pontos. A campanha "The Jacket" da Zara, concebida em Julho, fotografada em Setembro, por pressão da opinião pública é retirada em Dezembro, apesar de não ter nada a ver com nada. Não adianta, é o que temos.
[Ainda é possível encontrar imagens disponíveis online apesar de alguma imprensa da especialidade já as ter retirado. No The Daily Front Row só mesmo através da cache, por enquanto]
O Natal da Meo tem uma mulher preta com a filha [divorciada, mãe solteira?] e uma rapariga com trissomia 21, num contexto de família maioritariamente branca com um velho à cabeceira da mesa. A pouco e pouco vamos ficando uma série 'amaricana'.
[Link na imagem]
"Por cada pack comprado oferecemos um iogurte às famílias mais necessitadas", diz o comercial da Danone a passar nas televisões. Até admitimos que haja quem goste de brincar à caridadezinha, escusavam era de gozar com as famílias as pessoas.
[Imagem]
"Quem é que nunca teve problemas com o motor de arranque?"
O regresso de alguns comerciais às televisões dizem mais do estado da Nação em tempos de Covid-19 que horas a fio de comentadeiros com avença no prime time generalista e em contínuo no cabo.
[Imagem]
[Daqui]
Já nem digo machista, é preciso ser estúpido para fazer publicidade deste nível depois da participação portuguesa no Europeu de Atletismo. E ficamos só por este Europeu para não encalacrar ainda mais o "criativo", ok?
Já nem digo estúpido, é preciso ser um perfeito imbecil para comprar o produto motivado pela publicidade.
[A imagem é minha]
A campanha publicitária mais bem gizada desde os idos do vinil quando as editoras mandavam emissários a comprar singles e LP’s de norte a sul de Portugal nas lojas que forneciam os dados de vendas para o Top que passava depois na televisão única nas tardes de domingo.
[Imagem de autor desconhecido]
Fazer cartoons com o profeta Maomé? Pode.
Fazer cartoons com o Papa e Jesus Cristo na cruz, de todas as maneiras e feitios? Pode.
Gozar com o guarda-redes do Sporting Clube de Portugal e guarda-redes da Selecção Nacional [como Helder Postiga e Hugo Almeida são os pontas-de-lança, porque é o que temos, temos pena]? Não pode.
Não foi à toa que Marcello caetano foi longamente ovacionado de pé no estádio de Alvalade 15 dias depois do "golpe das Caldas" e um mês antes do 25 de Abril de 1974.
«Bruno de Carvalho furioso com Sagres» e «Liga de clubes admite rever relação com a Sagres devido a vídeo de Rui Patrício»
[Imagem "Marcelo Caetano ouviu Alvalade e convenceu-se que não havia revolução"]
"You are rigorous, well-organised, diligent…and if possible, not a Jew."
[Imagem]
Um castanheiro [?] um carvalho [?] que dá laranjas [?] pêssegos [?], uma família que contra as mais elementares regras de segurança, ensinadas às crianças logo nos primeiros anos de ensino, face a uma colossal tempestade se abriga debaixo de uma árvore. O logro, a mentira, a irresponsabilidade do sistema financeiro que colocou os Estados debaixo da maior crise dos últimos 90 anos e aos cidadãos sacrifícios e privações de que já não havia memória, e que voltará a colocar, porque a árvore, passada a tormenta, torna a dar frutos, tudo explicado em 01:05 minutos num spot publicitário do BPI [Banco Português de Investimento]. Muito obrigado senhor Ulrich pela sessão de esclarecimento.
[Imagem de autor desconhecido]