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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Legitimidade à la carte

por josé simões, em 31.05.13

 

 

 

Formar uma maioria parlamentar, constituir um Governo, e governar com um programa radicalmente oposto ao programa de governo que foi proposto aos cidadãos durante a campanha eleitoral, não só não é uma fraude e uma mentira, como é prenhe de legitimidade.

 

Apresentar-se na casa da democracia aos deputados eleitos pelo povo, em eleições livres e democráticas, com um "programa de governo" para ser "a voz do povo", e ser eleito por 2/3 dos representantes dos cidadãos, não só "não dá garantias de isenção e imparcialidade" como se deve demitir deve tirar as devidas ilações. Parafraseando o alegado primeiro-ministro, o PSD e o CDS-PP que "não confundam os seus desejos com a vontade do país".

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Da Credibilidade

por josé simões, em 03.06.09

 

 

“Se até com tanta facilidade se entenderam por exemplo, sobre a lei do financiamento dos partidos, porventura consolidando soluções nem sempre as mais adequadas, pois tem toda a oportunidade de aqui se entenderem sobre a eleição do provedor de Justiça”

 

Nas palavras de Jaime Gama o resumo da qualidade dos partidos políticos e do sistema político-partidário da democracia portuguesa.

 

Raramente um representante de um órgão de soberania foi tão certeiro no diagnóstico e na mensagem.

 

(Imagem de Don McCullin)

 

Nota: Post escrito e publicado com um portátil Magalhães wireless.

 

|| O Provedor é do Povo não é de Moscovo!

por josé simões, em 29.05.09

 

As contas são fáceis de fazer: eram necessários 147 votos e Jorge Miranda arrecadou 129, como só o Bloco de Esquerda «deu indicação de voto em Jorge Miranda, enquanto o PCP recomendou o voto em branco», e como brancos foram 21 os votos contabilizados…

 

E já que “eles” não se entendem não vai ser por “nossa” causa que vai haver provedor, era o que mais faltava! E uma vez que ou o provedor é comunista ou não há provedor, não se pode seguir o exemplo do Querido Líder norte-coreano e a coisa passar a ser hereditária para ver se saímos de uma vez por todas desta embrulhada?

 

Saudosos tempos do slogan “Por Uma Maioria de Esquerda”.

 

Post-Scriptum: Penso ser chegada a hora de equacionar se a nomeação dos provedores não deveria ser competência da Presidência da República.

 

(Na imagem Lenin on Roller Blades by Bansky)

 

 

 

“apetite” pelo cargo

por josé simões, em 19.03.09

 

 

 

Ao ler que «o mandato de Nascimento Rodrigues terminou há oito meses mas entre o PS e o PSD ainda não há consenso quanto ao seu sucessor» apraz-me recuperar para aqui um escrito do meu amigo Alfredo Aquino na sua última obra - ainda sem edição portuguesa - de nome Carassotaque e com chancela da editora Iluminuras no Brasil.

 

A descrição de um estrangeiro, aos poucos assimilado pela cultura e hábitos de Austral-Fénix, o país fictício onde decorre a acção. Reza assim o último parágrafo na página 32 (negrito meu):

 

«(…) mais tarde ou mais cedo, iam se adaptando, assumindo um pouco dos costumes locais, uns valores que esmaeciam aqui e ali, uma conduta mais elástica e curvilínea, um medo aprendido, uma concessãozinha sem importância e daqui a pouco, gloriosa e aliviadamente, mais um feneciano (natural de Austral-Fénix) da gema, por escolha, com muito orgulho. Sem face e sem-cabeça, sem culpa, adequado, aerodinâmico

 

(Imagem via Fresh Pics)