"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Progressões na carreira congeladas". É-se promovido não por mérito, não por uma avaliação de desempenho, é-se promovido porque sim, porque se está há xis tempo naquele posto e há que passar ao superior, já é tempo de ganhar mais ordenado, seja o melhor do mundo ou o maior calaceiro da repartição, câmara, ministério, junta de freguesia ou hospital.
Está bem que a gente podia perguntar, já que excluído parece estar o parar para pensar, porque é que o Grupo Jerónimo Martins decidiu fazer uma campanha promocional no dia 1.º de Maio e não no dia 30 de Abril ou no dia 2 de Maio ou até no dia 25 de Abril ou no domingo de Páscoa. Podia. Pretérito imperfeito do verbo poder. E se calhar até levava como resposta, e com ar sério, ar de sentido de Estado, que é para comemorar o Dia do Trabalhador.
Nunca o lugar comum "temos aquilo que merecemos" fez tanto sentido como hoje, dia 1 de Maio do Ano da Graça de 2012.
Nas vésperas dos 101 anos da “ética republicana” o que quer que essa merda signifique mesmo mesmo antes de abrir o espumante que para o caso deve ser champanhe e ah e tal o Carlos César e os Açores e o Mário Soares que escreve às terças-feiras uma página inteira do Diário de Notícias para não dizer o que podia ser dito em ¼ de página e mais os mercados o que quer que essa merda signifique também que estão à escuta e o Teixeira dos Santos que está no fim da tabela do Top of the Pops dos ministros das Finanças da Europa. Assim mesmo sem vírgulas.