"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
«Por estas e por outras é que eu tenho licença de uso e porte… nunca posso ter armas porque em dias como estes iam Claras Ferreiras Alves, Sousas Tavares, e no Rato só ficava a porteira…»
«…não se esqueçam que o PS vai para o Governo e aí é q vamos ver…Estão ansiosos por nos pôr a pata no pescoço…Daí que quem estiver na ASJP e no SMMP tem de ter a força suficiente para os bloquear. Em altura de eleições isto também é uma coisa para nos fazer pensar.»
«Joana Marques Vidal defende procuradores que fizeram troça da prisão de Sócrates
«Sofia Fava ficou furiosa com o facto de Joana Marques Vidal ter defendido magistrados do MP que produziram comentários jocosos sobre Sócrates. E usou o Facebook para atirar impropérios à PGR.
E como a informática e coisa que ninguém usa nem domina, do campo da ficção científica, podem as referidas perícias demorar dois, três, quatro anos a iniciar que não vem por isso grande mal à vida dos envolvidos, ao funcionamento das entidades ou instituições, nem à investigação criminal do arquivo, da folha A4 e da máquina de escrever com papel químico e corretor.
Paulo Portas, que antes era amigo dos "traficantes e criminosos" da UNITA e recebia Jonas Savimbi como se fosse um democrata, é agora em quem reside a esperança para "um entendimento" entre Portugal e Angola dos criminosos e corruptos do MPLA, como se José Eduardo dos Santos fosse um democrata e como se não houvesse uma coisa chamada separação de poderes.
Em 20 anos nada mudou, nem os protagonistas, cá e lá. Savimbi ter morrido é um pormenor.
No país onde os processos prescrevem aos milhares depois de se arrastarem anos e anos e anos a fio nos tribunais, por incompetência e falta de profissionalismo de alguns juízes, por manobras processuais, e por métodos de trabalho dignos dos finais do séc. XIX, apesar da informatização e da web [é só perder uns poucos minutos numa busca no Google para dar com eles], o Procurador-geral da República vem criticar a morosidade da justiça britânica.
Como na anedota, "chama-lhes, filha, antes que elas te chamem a ti".
Fosse um sindicato da CGTP, um sindicato fato-macaco, e há já muito que o “problema” estava assinalado nos media através duma orquestrada campanha massiva de descredibilização, independentemente da(s) razão(ões) que lhe pudessem assistir. O “problema” (se assim lhe podemos chamar), é ser um sindicato fato e gravata, do “arco do poder”, com muuuuuito “sentido de Estado” e sem agenda escondida. Vamos lá chamar os boys pelos nomes.
Irresponsabilidade é usar os sindicatos e manipular as massas para conseguir, através da agitação social nas ruas e nas empresas, aquilo que não se conseguiu nas urnas, vulgo usar “com fins políticos”.
Responsabilidade (e sentido de Estado) é a originalidade de inventar um sindicato para um orgão de soberania e usá-lo para pressionar e condicionar a acção do Governo através da Justiça de través, vulgo conseguir pela “Lei” e o que não se conseguiu pela Grei.
Assim de raspão a proposta de que a pretexto do reforço da legitimidade democrática do poder judicial o Procurador-geral da República «passe a ser indicado pelo Parlamento, em vez de ser pelo Governo» até parece uma proposta acertada e cheia de boas intenções (democráticas).
De raspão, porque bem vistas as coisas é, já dizia o Jaime Pacheco, uma “faca de dois legumes”, por arriscarmos ficar com um Procurador-Provedor da Justiça ad eternum no colo, perdão, no cargo.