O circo nunca acaba
Jornalistas, colunistas e comentadeiros dos jornais do Nonio indignados de preocupados com a partilha de dados.
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Jornalistas, colunistas e comentadeiros dos jornais do Nonio indignados de preocupados com a partilha de dados.
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"Criadores da serra do Alvão seguem pelo telemóvel cabras e vacas com coleiras GPS" tal e qual Mark Zuckerberg os segue a eles no Facebook. Gado = Gado.
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Anti Nónio
A plataforma que viola a sua privacidade.
"Por questões de segurança" relacionadas com condenações saídas do martelinho de partir tenazes de sapateira, vulgo “malhete”, do meritíssimo juiz, não são de certeza.
"Por questões de segurança" relacionadas por mandar Ricardo Salgado tratar da vidinha a troco de uma caução paga com dinheiro que se calhar está a fazer falta noutro lado, nomeadamente no banco que já foi BES, também não deve ser. Nem o senhor doutor banqueiro é o Salvatore Riina no que à violência diz respeito.
"Por questões de segurança" relacionadas com a investigação ao caso submarinos também é de excluir porque isso são águas passadas.
"Por questões de segurança" relacionadas com o processo José Sócrates não são de certeza, nem o ex-primeiro-ministro é Mario Moretti ou Andreas Baader, nem o PS é a Fracção do Exército Vermelho ou as Brigadas Vermelhas.
Resta a hipótese das "questões de segurança" que pressionem o meritíssimo juiz a não fazer o seu trabalho como nos “bonecos", venda nos olhos, balança numa mão e espada na outra, ou "questões de segurança"-questões de segurança, daquelas comuns a todos os mortais, tipo cair o tecto ou abrir-se o chão debaixo dos pés, ou ainda "questões de segurança" relacionadas com o recato e a privacidade e não com o segredo de justiça, cirúrgico e a conta-gotas, na primeira página do Correio da Manha e do Sol.
O que me encaganita é a coincidência do alarde das "questões de segurança" no alarmismo da praça pública, agora, neste preciso momento e com este preciso juiz. Sublinho coincidência que não quero cá confusões, por questões de segurança.
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E depois o Miguel Sousa Tavares é que não percebe nada do funcionamento e dos objectivos das redes sociais e o caralho.
(Imagem JR sur L’Île Saint-Louis by F4BZ3F4B)
Post-scriptum: Em português
«New website lets citizen spies snoop on thousands of CCTV cameras - and get cash rewards for spotting 'crimes'»
Chamou-me a atenção uma notícia no La Repubblica, que dá conta do desenvolvimento por uma agência da ONU – a União Internacional das Telecomunicações –, a partir duma proposta do governo chinês, dum programa que permite rastrear a fonte original da Internet. Trocando por miúdos: permite a identificação do IP; um sistema que permite determinar a origem de um pacote de informações transmitidas através da Internet.
O desenvolvimento do projecto “Investigar IP”, que conta também com a participação da ANS – Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos – tem um grupo de trabalho, denominado Q6/ 17, e segundo o jornalista, os elementos que o compôem recusaram-se até agora a conceder entrevistas sobre o assunto.
Vindo a proposta de onde vem – China – e com a colaboração de quem conta – ANS/ Administração Bush – isto não me inspira confiança. Absolutamente nenhuma.
“De boas intenções está o Inferno cheio”; diz-se.
E as boas intenções são as que nos vão ser apresentadas para dourar o projecto: identificar os autores da calúnia e da difamação; desmantelamento de redes de pedofilia; segurança nacional, etc.
As segundas intenções, as que se escondem atrás das boas intenções, como sejam a eliminação da dissidência política e da contestação aos regimes é que me preocupam. E o regime chinês, a “democracia Putin”, e a ditadura dos ayatholas do louco Ahmadinejad, por exemplo, já deram provas de serem pródigos, lestos e eficazes nestas matérias. E ainda sem o recurso à arma “Investigar IP”.
“the question really isn't whether cameras reduce crime; the question is whether they're worth it. And given their cost (£500 m in the past 10 years), their limited effectiveness, the potential for abuse (spying on naked women in their own homes, sharing nude images, selling best-of videos, and even spying on national politicians) and their Orwellianeffects on privacy and civil liberties, most of the time they're not. The funds spent on CCTV cameras would be far better spent on hiring experienced police officers”
Bruce Schneier is chief security technology officer at BT. Na integra aqui.