"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Marcelo estava muito irritado. É testado dia sim dia sim, qualquer coisa como mais de 80 vezes, quando há portugueses na mesma situação que chegam a esperar até 72 horas para fazer um teste, passa os dias feito barata tonta a correr o país de lés a lés e a falar sobre tudo e mais alguma coisa, arranja maneiras de contornar as restrições e não se coíbe de o dizer em público. Mas Marcelo estava irritado por não ter recebido notificação da DGS se podia ou não participar no debate "todos contra todos" para as presidenciais.
O hospital de Setúbal, com doentes arrumados pelo chão, decretou estado de calamidade pela primeira vez na sua história. Mas Marcelo estava muito irritado à porta de casa.
Marcelo, irritado ou bem disposto, não tem respeito pelos portugueses nem pelo Serviço Nacional de Saúde e que os portugueses o levem a sério é um caso sério.
Marcelo esteve em contacto com um assessor a quem posteriormente foi detectada a Covid. Marcelo ficou em confinamento profilático voluntário como, por exemplo, António Costa depois de saber que Macron, com quem se encontrara, tinha acusado positivo? Não. Marcelo como não só fala de tudo como também tem de estar em todo o lado e, se possível, ao mesmo tempo, baseou-se no parecer da DGS, também válido para António Costa, para andar por aí. E, enquanto saltitava por todo o lado, fazia testes, um dia dava negativo, outro dia dava positivo, um dia dava negativo, outro dia... E não só faz testes todos os dias, num momento caótico para o SNS e laboratórios, em que cidadãos anónimos, na mesma situação, chegam a ficar em casa até 72 horas à espera de vez, como se entretém a comunicar o resultado dos testes à comunicação social. Marcelo, qual barata tonta, a continuar o seu trabalhinho de sapa para descredibilizar a política, os políticos, e os testes, não necessariamente por esta ordem.
Tudo tinha sido muito mais simples se Presidente, ministros, governantes, fossem todos vacinados já na primeira leva, que também devia incluir juízes, professores, forças armadas, polícias e bombeiros, mas isso era "alimentar o populismo" e há formas mas simples de o fazer, não é senhor Presidente?
"Depois de ser criticado por pretender fazer várias refeições de Natal com vários grupos de pessoas em plena pandemia, o Chefe de Estado vai limitar-se a um jantar com cinco pessoas esta quarta-feira."
"Tento dar o exemplo de respeitar os confinamentos". "Quero apelar aos portugueses que não estraguem aquilo que se está a fazer" e respeito pelo Serviço Nacional de Saúde.
Marcelo Rebelo de Sousa, que em Março se confinou 14 dias em casa a sete chaves havia meia dúzia de casos Covid-19 no país, vai agora, no pico da segunda vaga, alegremente saltitar de nenúfar em nenúfar a espalhar Covid por onde passa. O exemplo que o Supremo Irresponsável da Nação dá aos indígenas.
Como se alguma coisa dita ou feita nestes trinta e poucos dias que faltam até ao dia das eleições fizesse a diferença, Marcelo Rebelo de Sousa, em campanha eleitoral desde o primeiro dia em que foi eleito para o primeiro mandato, ao mesmo tempo que menoriza a função de Presidente da República em favor da figura "candidato presidencial" passa um atestado de estupidez aos portugueses, sejam ou não seus eleitores.
Marcelo Rebelo de Sousa, leal como um Pit bull, convoca o director-geral da polícia para discutir a reestruturação/ fusão do SEF com a PSP nas costas do primeiro-ministro e do ministro da tutela, em mais uma descarada exacerbação de funções e competências com que tem pautado o seu mandato desde o primeiro dia em que foi eleito, e com vista a condicionar a acção do Governo, ao mesmo tempo que, por interpostas pessoas, Magina da Silva e o moço de recados da Presidência, despede o alegado ministro da Administração Interna duas vezes no mesmo dia com intervalo de poucas horas. O mesmo Marcelo em que António Costa vai votar para um segundo mandato em Belém, a iniciar quando andar entretido com a presidência portuguesa da União Europeia e o Governo em Lisboa em roda livre.
"Oficialmente, a direção nacional do PSD não teve nada a ver com o acordo alcançado com o Chega nos Açores. Oficialmente, o entendimento cingiu-se ao plano regional. Oficialmente, Rui Rio e André Ventura não se articularam acerca das negociações.
PSD e Chega acertaram entendimento político ao mais alto nível, em Lisboa. Comunicado em que Ventura anunciou o entendimento final foi limado pelos sociais-democratas."
"O único problema passou a chamar-se Chega e não foi valorizado nem por Pedro Catarino nem por Marcelo Rebelo de Sousa ao ponto de entenderem que a solução de Governo apresentada pela coligação PSD/CDS/PPM (e que conta com o apoio do partido de André Ventura e do IL) devia ser rejeitada."
"Senhor presidente da República, eminente jurista da Faculdade de Direito de Lisboa,
O conceito "colaborador" não existe em Direito Laboral em Portugal. "Colaborador" é um conceito que não consta do Código do Trabalho nem da jurisprudência judicial relativa aos contratos de trabalho por conta de outrem. Pior: encaixa na tentativa ilegal e fraudulenta de "transformar" trabalhadores em falsos prestadores de serviços.
Legalmente, não há, pois, "colaboradores": há trabalhadores, assalariados, funcionários (se o forem), operários (se o forem), ou outra expressão. Não há contratos de "colaboração": há contratos de trabalho. Trabalhador não é um conceito marxista: é uma realidade, prevista na lei.
E que, por isso, senhor presidente da República, agradece-se que corrija esse erro no borrão de decreto presidencial, sob pena dessa disposição não se aplicar a ninguém, senão aos "bujos", "sabujos", "colaboracionistas" e outras pessoas menos rectas, que não os trabalhadores.
Como vê, ele há erros que vêm por bem e há quem escreva direito por linhas tortas e nem é Deus."
Acabou a Festa do Avante! e com ela os riscos para a saúde pública por via da propagação do vírus no desrespeito pelas [boas] regras do distanciamento social.
Marcelo, o "supremo magistrado da Nação", fez figura de __________ na inauguração da feira do livro no Porto, interpelado por uma cidadã a filmar-se para ser filmada - no futuro todos vão querer os seus 15 minutos de anonimato, enquanto gastava os seus 15 minutos de fama num ror de lamurias, com mentiras à la Chega à mistura - o não aumento do salário mínimo nacional que foi aumentado pela primeira vez em muitos anos durante os anos da 'geringonça'.
Marcelo, o "supremo magistrado da Nação", fez figura de __________ na inauguração da feira do livro no Porto; Marcelo, o "supremo magistrado da Nação", foi apanhado desprevenido, ou Marcelo, o "supremo magistrado da Nação", que inventa menus de degustação com sopas de nome franciu, fez figura de ___________ consciente da figura de ___________ que estava a fazer?
Marcelo, o "supremo magistrado da Nação", e a vida negra que António Costa vai ter no segundo mandato de Marcelo, como "supremo magistrado da Nação", e os sapos que vai ter engolir todos os dias com o apelo ao voto que fez.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de todos os portugueses, apelou a que os indígenas passem férias no sul do país, que as outras regiões não estão necessitadas nem com a restauração e a hotelaria com a corda no pescoço e com o desemprego e a miséria a espreitar. No Algarve dos preços baratos, não fosse em Espanha serem ainda mais baratos, mesmo incluindo a gasolina para a deslocação e as portagens que não se pagam. No Algarve das ementas escritas em inglês, beef, french fries, bull fight, sports giant screen full HD, ex-rooms - chambres - zimmers. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de todos os algarvios