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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Dia do Pai

por josé simões, em 19.03.24

 

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Marcelo tinha mandado dizer na véspera das eleições que com ele o taberneiro não entrava no Governo. Eleições feitas e o taberneiro vai a casa de Marcelo com mais de um milhão de votos no bolso e à saída diz que o Presidente não se importa que ele faça parte do Governo. Ainda o taberneiro estava a passar a língua pelas beiças para pontuar o discurso como é seu timbre e já Marcelo fazia sair uma nota a dar conta de que "Como tem repetidamente afirmado, o Presidente da República não comenta declarações de partidos políticos nem notícias de jornais.". E aqui é que reside a arte do artista Marcelo. Marcelo não diz que afinal já quer o taberneiro no Governo, "aquilo antes das eleições foi no gozo, lol, caíram que nem patinhos", ou "disse aquilo para o pagode não ter medo de votar na minha facção, não resultou, temos pena", ou ainda "o que disse antes das eleições não fui eu quem o disse, foi "a fonte"", não, Marcelo diz que não comenta o comentário do taberneiro. É o que está lá escrito, escusam as pitonisas, comentadeiros e paineleiros vir com efabulações, Marcelo não desmentiu, Marcelo não confirmou, Mar-ce-lo não co-men-ta. Pon-to.

 

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Podia Marcelo ter acrescentado duas alíneas ao "o Presidente da República não comenta declarações de partidos políticos nem notícias de jornais:

a) Excepto no Governo da 'Geringonça'

b) Excepto no Governo da maioria absoluta do Partido Socialista

 

 

 

 

O Golpe, segunda parte

por josé simões, em 12.03.24

 

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Os votos dos emigrantes valem zero, vamos começar a ouvir os partidos, schnell, schnell, mesmo em coligação, que essa coisa das coligações terminarem no dia a seguir às eleições é coisa que não dá jeito a Marcelo. Até dia 20, o dia em que são apurados os votos que não valem nada, os dos emigrantes, tem de ficar o assunto despachado, schnell, schnell. Os cofres estão cheios àespera de Montenegro. Afinal somos um país rico. Viva!

 

 

 

 

Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 08.03.24

 

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Depois do regresso ao passado do que de pior a política portuguesa teve nestes 50 anos de democracia, um freak show de carreiristas oportunistas e outros incompetentes e medíocres, montado na campanha eleitoral de Montenegro; depois de ter falhado um encontro acidental com Montenegro na Bolsa de Turismo de Lisboa por causa de uma lata de tinta verde despejada por um imbecil climático, Marcelo faz saber pela habitual fonte da Presidência que tudo fará para evitar o partido do taberneiro no Governo, podem os indecisos ficar descansados e ir à cruzinha sem receio. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Ele há coisas do caralho

por josé simões, em 28.02.24

 

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Corria a campanha eleitoral para as Autárquicas de 2017 e Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente de todos os portugueses, num semáforo encontrou-se por acaso com Teresa Leal Coelho, candidata do seu partido, o PSD, à Câmara Municipal de Lisboa.

 

Estávamos para saber das prometidas antecipadas legislativas por Marcelo, caso o Orçamento do Estado viesse a ser chumbado, e Marcelo, o Presidente de todos os portugueses, recebia na residência oficial o líder da oposição interna ao líder do seu partido, o PSD, para tratar da data das eleições antecipadas, condicionada pela data das eleições para a liderança do PSD.

 

Corria a campanha eleitoral para as Autárquicas de 2023 e Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente de todos os portugueses, encontrou-se por acaso na Feira do Livro com Carlos Moedas, candidato do seu partido, o PSD, à Câmara Municipal de Lisboa.

 

Corre a campanha para as Legislativas de 2024 e Marcelo Rebelo de Sousa só não se encontrou por acaso com Luís Montenegro, líder do seu partido, o PSD, na Bolsa de Turismo de Lisboa, porque um imbecil climático se meteu pelo meio.

 

Como se diz em português corrente, ele há coisas do caralho.

 

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O regresso do circo

por josé simões, em 16.02.24

 

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Marcelo foi ao teatro e Marcelo antes de sair de casa para ir ao teatro mandou uma nota de imprensa para todas as rádios, televisões e jornais a dar conta de que Marcelo ia ao teatro. É mais forte que ele.

 

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Mission Accomplished

por josé simões, em 06.02.24

 

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Desde que o Governo caiu Marcelo reduziu as aparições no telejornal de 20 vezes por dia a comentar 20 notícias diferentes, desde a morte de uma formiga ao Orçamento do Estado, para 2 minutos por semana para comentar uma coisa específica de interesse nacional, ainda assim depois de muito pressionado pelos jornalistas. Mission accomplished.

 

 

 

 

O golpe

por josé simões, em 26.01.24

 

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Um dia antes do Expresso avançar que "O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, poder aceitar um novo governo regional desde que seja liderado por uma pessoa do PSD que não tenha tido funções executivas nos últimos anos", o chefe do partido da taberna disse em entrevista à CNN Portugal que "Se houver maioria parlamentar de direita, tenho a garantia total - não posso revelar de quem - de que haverá governo de direita. Com ou sem Montenegro. E não tem de ser com Passos".

 

Recorrendo ao léxico marcelista, o Presidente aceita nas ilhas adjacentes da Madeira, com o seu partido, aquilo que não aceitou na metrópole com o PS, sendo que o camarada madeirense Albuquerque é arguido, e com um rol de suspeitas em cima, ao passo que Costa ainda não sabe sequer do que é investigado um ror de meses passados.

 

Alguma vez iremos saber o que aconteceu no palácio de Belém no dia 7 de Novembro de 2023 entre as dez e meia da manhã, hora da saída de António Costa, e o meio-dia e vinte, hora da saída de Lucília Gago, 50 minutos depois de ter entrado para falar com Marcelo antes do famoso parágrafo vir a público?

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Claro como água choca

por josé simões, em 01.01.24

 

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Entrar pela casa dos portugueses adentro no primeiro dia do ano para dizer 13 vezes "ficou claro", enquanto sistematicamente levanta os olhos da papeleta para alguém presente na sala [jornalistas?], em vez olhar directamente para a câmara que fica olhos nos olhos com o receptor da mensagem, só mostra que não há clareza absoluta nenhuma em coisa nenhuma. Mais valia ter ficado sozinho em casa, e calado, que "o povo é quem mais ordena", na teoria, já todos nós sabemos.

 

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O Presidente de Todos os Bastonários

por josé simões, em 14.12.23

 

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Marcelo veta decretos aprovados por maioria parlamentar saída de eleições onde milhões foram chamados a votar depois de ouvir um cidadão para o caso bastonário de uma ordem profissional. O Presidente de Todos os Portugueses é afinal o Presidente de Todos os Bastonários numa guerra contra o poder legislativo em defesa do privilégio e do corporativismo.

 

 

 

 

His Master's Voice

por josé simões, em 11.12.23

 

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Caso gémeas: "Presidente da República não meteu uma cunha, mas o filho sim"

 

 

 

 

Are You Talking To Me?

por josé simões, em 04.12.23

 

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Uma agência de viagens ter adivinhado a vontade do Presidente em regressar mais cedo de Moçambique levou a que um secretário de Estado metesse uma cunha na TAP para não se perder "o maior aliado político" do Governo.

Um e-mail do "doutor Nuno", a forma patética como Marcelo refere o filho para passar ao pagode a ideia de um distanciamento que não existe, levou o Presidente a reencaminhar o dito para a Casa Civil, que por sua vez o reencaminhou para alguém, que o reencaminhou para outrem, ao fim e ao cabo um e-mail do "maior aliado político" do Governo. E agora que agora ninguém sabe quem foi quem e onde pára a correspondência e respectivos dossiers, na falta de haver uma agência de viagens com o dom da adivinhação, levou Marcelo a convocar os jornalistas no dia a seguir a uma rábula de Ricardo Araújo Pereira na televisão com um Pai Natal que diz "oh-oh-oh" e outro que diz "bo-bo-bo", alegadamente.

Obviamente Marcelo não tem nada a ver com tudo isto de que se vai lembrando aos poucos e poucos. Are you talking to me?

 

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Para a história

por josé simões, em 18.11.23

 

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Nunca revelei, por mim ou por heterónimos nos jornais, as conversas com o PR

 

 

 

 

É isso e os heterónimos do Pessoa, ou as personagens do Bowie

por josé simões, em 14.11.23

 

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Diz que está em causa a isenção e imparcialidade do governador do Banco de Portugal por ousar admitir regressar como primeiro-ministro a um Governo do Partido Socialista de onde tinha saído como ministro das Finanças para o banco que agora governa, digamos assim. É isso e os heterónimos do Pessoa, ou as personagens do Bowie.

 

 

 

 

3 horas que abalaram Portugal

por josé simões, em 13.11.23

 

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Alguma vez iremos saber o que aconteceu no palácio de Belém no dia 7 de Novembro de 2023 entre as dez e meia da manhã, hora da saída de António Costa, e o meio-dia e vinte, hora da saída de Lucília Gago, 50 minutos depois de ter entrado para falar com Marcelo? 

 

 

 

 

Os amigos do povo

por josé simões, em 10.11.23

 

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Este Orçamento do Estado para 2024 não é um bom orçamento mas é melhor que o orçamento que o antecedeu, e ainda melhor que governar por duodécimos. Mas este Orçamento do Estado para 2024, que não deve ser aprovado porque é um mau orçamento, já tem a missa rezada caso a direita se alce ao poder: um rectificativo enquanto não elabora a um pior que este, que é mau e que não deve ser aprovado, e ainda pior que os outros que o antecederam. A lógica do quanto pior melhor dos amigos do povo.

 

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