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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O Donaltim

por josé simões, em 05.12.24

 

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Temos Marcelo, o que aparecia todos os dias a todas as horas em todas as televisões a comentar assuntos de todos os ministérios. As pessoas nem sabiam quem era o ministro mas lá estava o Marcelo a largar postas sobre matérias que não eram da competência do Presidente. Temos Marcelo, que convoca Conselhos de Estado por tudo e por mais um par de botas, alguns com a ideia implícita de pressionar a oposição, outros com o fim de pressionar o Governo, como se o Conselho de Estado fosse uma segunda câmara do Parlamento. Temos Marcelo, o que não se inibe de publicamente pedir a demissão de ministros em situações em que o ministro nem sequer foi tido nem achado, nem pouco mais ou menos, como se o Governo respondesse perante o Presidente e não perante a Assembleia da República. Temos Marcelo, o que dissolve governos com maioria parlamentar por causa de um chumbo orçamental exacerbando as suas competências constitucionais. E temos o Donaltim de Marcelo que no jornal do militante n.º 1 do partido de Marcelo e na FOX News do partido de Marcelo - SIC Notícias, aparece com a maior cara de sonsa preocupada com "Gouveia e Melo a entrar no palácio de Belém com o país sem um Orçamento aprovado. O que fará? Forçará um novo OE? E se Montenegro e Pedro Nuno não se entenderem, obrigará o líder da AD a sentar-se com Ventura ou demitirá o Governo sem eleições? Voltaremos aos governos de iniciativa presidencial?". O título do post esteve quase para ser "Não ter a puta da vergonha na cara é isto".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Muitos prometem, Eanes cumpre"

por josé simões, em 24.11.24

 

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Marcelo a sair de um evento com o braço por cima da beata Maria de Belém recusa comentar a alegada candidatura do almirante à Presidência. Melhor imagem da miséria a que chegámos nestes 50 anos de democracia não podia haver. O pior do PS de braço dado com o pior do PSD, que podia muito bem ser o melhor da União Nacional. 40 anos depois temos os militares de regresso à vida política activa. E também foi para isto que se fez o 25 de Abril.

 

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O Velhaco

por josé simões, em 12.11.24

 

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O Correio da Manha [sem til] dá conta que "Luís Capela perdeu a carpintaria nos incêndios. Vítimas ainda não foram ressarcidas do prejuízos nem sabem quando o serão". Alguém, que não os próprios, ainda se lembra disto? E foi só em Setembro...  Mas agora Marcelo vai aparecer todos os dias nos telejornais a falar sobre o assunto e vai amiúde visitar os locais como forma de pressionar o Governo. Ou não. E nem é pelo Presidente durante um Governo PS e o Presidente com um Governo da sua cor política, é pela velhacaria para com as populações, usadas sem pudor como armas de arremesso político.

 

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A morte da decência

por josé simões, em 07.11.24

 

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A morte de uma grávida a caminho do hospital numa ambulância motivou a queda de uma ministra, depois de dezenas de horas com directos nas televisões e intermináveis comentários de especialistas - do palerma Ferrão ao chalupa Zé Gomes passando pela picareta falante mano Costa, sobre a degradação do Serviço Nacional de Saúde, o caos nos hospitais e o caralho. Isso foi antes do dia 21 de Março de 2024. Depois foi-se embora a irresponsabilidade socialista e veio o "sentido de Estado" AD. Agora morrem seis pessoas à espera de uma ambulância no espaço de uma semana e é o Amorim no Manchester, o dilúvio universal em Valência, interrompido pela goleada dos lagartos ao City, é as eleições na América e o regresso do homem cor-de-laranja. Montenegro, agora alçado ao poder, diz que "não temos a certeza de que as mortes foram causadas por falta de assistência", ele que na oposição tinha a certeza de tudo e de mais alguma coisa e até em três meses ia resolver a coisa de que tinha a certeza. Marcelo II, de cognome O Velhaco, na FOX News, também conhecida por SIC Notícias, para os pés de microfone, escolhidos a dedo pelo menor coeficiente de inteligência para desempenharem a função de jornalista, sai-se com um "eu não gosto de falar de problemas específicos da governação" . A puta da lata! Ou não ter a puta da vergonha na cara é isto. Só morreram seis pessoas à espera de uma ambulância, "qual é a pressa?", como diria o outro que agora se olha ao espelho e se vê com cara de Presidente . Ainda se fosse um badameco qualquer à sopapada dentro do ministério do Galamba na ausência do ministro, aí o caso já piava mais fino e motivava uma saída do velhaco para comunicar um ralhete ao Governo na abertura do telejornal. Isto não é a morte de seis cidadãos, isto é a morte da decência. Da decência em política e da decência em jornalismo.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

"Os portugueses não querem eleições"

por josé simões, em 01.10.24

 

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"Os portugueses não querem eleições". A quantidade de pitonisas interpretadoras da vontade dos portugueses é uma coisa assaz impressionante.

 

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Marcelo Rebelo de Sonso

por josé simões, em 26.09.24

 

 

 

Em vez da gestão do silêncio e do soft power fazer barulho, muito barulho, de forma a que parecendo estar a ajudar entalar o Partido Socialista no affair Orçamento do Estado. Marcelo Rebelo de Sonso. Parabéns a quem cunhou o nome.

 

 

 

 

O eclipse do emplastro

por josé simões, em 19.09.24

 

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Não, o problema não é o desaparecimento dos ministros e ministras deste Governo com a sua incompetência escondida atrás de silêncios ensurdecedores, não. O problema é o eclipse do sonso fala-barato que se senta na cadeira de Presidente, de emplastro dos ministros e do Governo de António Costa a homem invisível com a língua comida pelo gato. Não é Presidente de todos os portugueses, é Presidente da cúpula do partido a que pertence.

 

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"Baby's on fire, boom, boom boom, show time, motherfucker, it's on" *

por josé simões, em 17.09.24

 

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Em comunicação ao país, com Marcelo ao lado e com o olho no eleitorado do taberneiro, na campanha eleitoral permanente em que se empenharam desde o dia da tomada de posse, Luís Montenegro que há interesses nos incêndios, que quer pulso firme nos incendiários, e até vai falar com a Procuradoria. Vai falar com a Procuradoria. Com Marcelo ao lado. Às malvas a separação de poderes. Imaginem o Montenegro, os minions da direita radical de plantão às redes, os palermas na coluna Opinião no Observador, se fosse um governo "socialista".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

* "Apocalypse now, I'm dropping this bomb, you can't fuck with this song"

 

 

 

 

"Estes são os meus princípios, e se vocês não gostarem deles... bem, tenho outros"

por josé simões, em 08.09.24

 

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Capicua, um dia em Belém a dizer merdas a convite de Marcelo, no dia a seguir na Festa do Avante! a dizer merdas a convite do comité central, quando podia ter ficado para a história como uma gaja que dizia coisas.

Ainda sou do tempo em que os músicos e os artistas tinham princípios. O deslumbramento, a doença infantil do protesto.

 

 

 

 

O fala-barato

por josé simões, em 05.09.24

 

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Dia 3 do relatório da Inspeção-Geral de Finanças à TAP e Marcelo calado. Ainda deve estar chateado com o João Galamba.

 

[Imagem "Sesimbra, 1973", Orlando Baptista]

 

 

 

 

Meu querido mês de Agosto

por josé simões, em 30.08.24

 

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O nome de Leonor Beleza é chutado para cima da mesa das presidenciais e ninguém se lembrou de ir ouvir a Associação Portuguesa dos Hemofílicos. Como dizia o outro, "há muita fraca memória na política".

 

O ministério das polícias é assaltado e o segurança, de uma empresa privada, não dá por nada. O ministério das polícias tem segurança privada. E  tudo isto é normal porque, como dizia o outro, "há Estado a mais na vida das pessoas" e se calhar também dentro do Estado, e outro, amigo dele, remata "o liberalismo faz falta".

 

Pior que Marques Mendes ser aventado para candidato a Presidente da República é Marques Mendes ele próprio se achar candidato a Presidente.

 

Meu querido mês de Agosto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Vai ao centro e vai para dentro!

por josé simões, em 25.07.24

 

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Os 2,7% de crescimento económico que com António Costa eram "poucochinho", e os 2% de Luís Montenegro, a herdar de António Costa, que "não há disto na Europa". Ainda não disse se dissolve o Parlamento no caso do chumbo do Orçamento do Estado.

 

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Os "Inimigos do Povo"

por josé simões, em 03.07.24

 

Escritos murais pós 25 de Abril, na parede da oficina de um velho fazedor de carroças. Parchal, 1978.png

 

 

Há muito, muito tempo, mais precisamente em 2023, Frederico Pinheiro, exonerado do cargo de adjunto do ministro das Infra-estruturas, agrediu duas mulheres no ministério, atirou a bicicleta contra o vidro da fachada do ministério, abriu bué telejornais, não menos primeiras páginas de jornais, motivou uma comissão par[a]lamentar de inquérito, uma rebaldaria sem rei nem roque do Governo socialista.

Há bocado, João Soalheiro, director do Património Cultural, atirou cadeiras pelo ar, exerceu bullying sobre os trabalhadores colaboradores, e os telejornais foram em directo para Marienfeld saber do estado de espírito do Ró náldo, as primeiras páginas foram sobre as lágrimas do CR7, o sofrimento da sua excelentíssima mãe e o sofrimento das não menos excelentíssimas irmãs.

 

Do Governo "propaganda em movimento" temos Luís Montenegro a chegar à Figueira da Foz, recebido por um Santana Lopes, marreco e com cara de defunto, a propósito do naufrágio de um barco de pesca, mimetizando Marcelo, mais rápido que o INEM, a chegar à queda de um bimotor no telhado de um hipermercado em Tires. Todos os votos contam nas eleições daqui a 6 meses.

 

Os baptizados "inimigos do povo", pelo líder do partido da taberna, continuam alegremente a representar o papel de "inimigos do povo".

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Anatomia de um golpe

por josé simões, em 06.06.24

 

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Numa fuga ao segredo de justiça, onde o Correio da Manha [sem til] não foi tido nem achado, um parágrafo vem a público no dia 7 de Novembro de 2023 entre as dez e meia da manhã, hora da saída de António Costa, primeiro-ministro, da audiência com o Presidente da República, e o meio-dia e vinte, hora da saída de Lucília Gago, Procuradora-Geral da República, 50 minutos depois de ter entrado para falar com Marcelo, e faz cair um Governo de maioria absoluta.

 

Duas gémeas próximas do doutor Nuno, com cunha do doutor Nuno, despachadas pelo pai do doutor Nuno para a Casa Civil da Presidência do pai do doutor Nuno, constituem um ex -secretário de Estado arguido por abuso de poder, e alvo de buscas cinco anos depois do caso e passados 3 meses depois de ter vindo a público, a três dias de umas eleições para o Parlamento Europeu, perante a inocência do doutor Nuno, a inimputabilidade do pai do doutor Nuno, e a Casa Civil do pai do doutor Nuno que só faz aquilo que lhe mandam fazer.

 

Portugal ainda é uma democracia?

 

[Imagem de autor desconhecido] 

 

 

 

 

O velhaco

por josé simões, em 31.05.24

 

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Atormentado pelo gozo e pela culpa, o Presidente chega a ir a Fátima de 15 em 15 dias para rezar. As sondagens menos positivas voltam a mergulhá-lo na solidão [...].

 

Todas as manigâncias são possíveis, todas as intrigas e jogadas de bastidores são admissíveis, todas as mentiras e meias verdades são ética e moralmente aceitáveis, porque a seguir estamos perante Deus para o perdão, saímos como novos, voltamos às manigâncias, às intrigas e às jogadas de bastidores, às mentiras e às meias verdades, assim sucessivamente num eterno retorno. O Presidente beato católico, do recalcamento da culpa, que obedece à Igreja e responde a Deus, em vez de à Constituição e ao povo, de quem só quer massagens no ego. Temos o que merecemos.

 

[Na imagem a primeira página da revista do Expresso]