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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Construções à direita

por josé simões, em 21.05.24

 

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Ontem tivemos uma fundação, alegadamente isenta e sábia, a enfiar-nos pelos olhos dentro a bondade e a virtude de mais da transferência de rendimentos do trabalho para o capital aka trickle-down, como se tivéssemos todos nascido ontem. Hoje temos o sindicato dos patrões a clamar por unanimidade para mais transferência de rendimentos do trabalho para o capital, por causa da competitividade, do crescimento económico, dos salários, do investimento estrangeiro, com o estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, na mão, que o "demonstra de forma inequívoca". Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a vender a virtude do estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, como eles, e como os patrões das empresas necessárias para o crescimento económico, a creação de riqueza e blah blah blah [criação em português antigo porque é desde esse tempo que nos prometem isto].

 

Aguiar-Branco, o erro de casting que calhou ser segunda figura do Estado na pele de presidente da Assembleia da República, depois de cair na real e ter visto a merda que fez [ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense] em vez de recuar e, num acto de humildade democrática, reconhecer que errou, sem precisar pedir desculpa, seguir em frente e emendar a mão quando a ocasião se propiciar outra vez, e não vão faltar vezes, ensaia uma fuga para a frente e tenta emporcalhar mais gente no turbilhão [também ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense], chamando uma embaixada de sábios em seu socorro. Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a defender a posição de Aguiar-Branco e a apontar o dedo à esquerda castradora.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Numa encenação teatral desceu a Avenida

por josé simões, em 17.05.24

 

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Para a posteridade fica a segunda figura do Estado, o presidente da Assembleia da República, a casa da democracia, aplaudido de pé pela bancada do partido da taberna, e o silêncio de todas as outras, incluindo a do seu partido, depois de legitimado o racismo, o insulto, o ódio, sob a capa da "liberdade de expressão". Desceu a Avenida nos 50 anos do 25 de Abril mas foi uma encenação teatral.

 

[Imagem ao abrigo da "liberdade de expressão" invocada e aplaudida]

 

 

 

 

Circo da Páscoa

por josé simões, em 27.03.24

 

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No intervalo da palhaçada armada no Parlamento pelo taberneiro, no intervalo entre Aguiar-Branco sair pela porta pequena na primeira votação e Francisco Assis lhe ficar à frente na segunda, tivemos Bruno Nunes, deputado, em directo via Skype na televisão do militante n.º 1, e ficámos todos a saber que o partido "é um partido democrático", e depois que "o que se segue só o líder sabe" em resposta à jornalista de serviço, e outra vez que o "partido é um partido democrático", dito duas vezes.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A direita a gostar dela própria

por josé simões, em 17.11.23

 

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Augusto Santos Silva dizer que o Ministério Público deve um esclarecimento ao país sobre as buscas à casa de Rui Rio e à sede do PSD, "sustentando que foi cometido um crime em directo", para o PSD é diferente de Augusto Santos Silva dizer que o Supremo Tribunal de Justiça deve esclarecer depressa, antes das eleições, a situação penal do primeiro-ministro, "frisando que o caso abriu uma crise política". Percebemos todos? O PSD também percebe.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

25 de Abril sempre

por josé simões, em 28.02.23

 

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Marcelo meteu o bedelho onde não era chamado, mas isso não é novidade para ninguém. E logo de seguida fugiu com o rabo à seringa, e a isso já estamos todos habituados. O ministro dos Negócios Estrangeiros meteu o bedelho onde não era chamado, mas noção é coisa que não lhe assiste, desde que as caixas de e-mail recusam correspondência, alegadamente por causa do tamanho do ficheiro, que é suposto ser efectivamente recusada enviar devido ao tamanho do ficheiro. Nada de novo em pantomineiros profissionais. O presidente da Assembleia da República esticou-se nas suas competências e atribuições, mas isso é mais do mesmo. E esqueceu-se de que é presidente do Parlamento e não da bancada parlamentar do PS, e até aqui nada de novo. Os cheganos e os ilusionistas liberais, estes últimos que só diferem dos primeiros por terem mais vocabulário e não usarem a gravata pela braguilha como o Trump, aproveitam todas as oportunidades para manifestarem o ódio que têm ao 25 de Abril. Dão-lhe biscas e eles aproveitam. No final da cadeia alimentar fica o 25 de Abril, achincalhado, mais uma vez, e o Lula, metido numa alhada sem saber ler nem escrever.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

O timing é tudo

por josé simões, em 27.01.23

 

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No dia em que o palco ruiu por causa do trabalho de investigação de um "anónimo" no Twitter, o senhor Silva, diz-se que quer ser Presidente da República, sai-se com as redes sociais estão a "enfraquecer instituições". O timing é tudo, como sói dizer.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| A seguir

por josé simões, em 05.10.15

 

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"O Presidente da Assembleia da República é eleito por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções na primeira reunião plenária da legislatura [...]"


[Imagem]

 

 

 

 

|| O que a gente vê, daqui, do lado de fora

por josé simões, em 02.05.12

 

 

 

E o que mais impressiona no affair Conde Rodrigues é… Conde Rodrigues himself. Acossado por todos os lados e de todos os quadrantes, continua impávido e sereno, como se não fosse nada com ele, sem sequer lhe passar pela cabeça manifestar publicamente a sua indisponibilidade para ocupar o cargo e, consequentemente, retirar a candidatura. Ah, valente! [ironia].

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| O Donaltim

por josé simões, em 09.02.12

 

 

 

O Donaltim era aquele boneco que aparecia na televisão a preto-e-branco sentado ao colo de um senhor a dizer coisas que na realidade não dizia e que eram ditas pelo senhor ao colo do qual se sentava, e que tinha o braço enfiado por dentro do pobre boneco, à laia de coluna vertebral, ao mesmo tempo que com a mão lhe dava movimentos à boca enquanto desenvolvia ele próprio um discurso, com a boca fechada e sem mexer os lábios.

 

O Donaltim não podia ser imputado porque não tinha culpa de nada, não tinha culpa de ser boneco.

 

«a "praxe parlamentar que ao longo do tempo poupa o primeiro-ministro de ir às comissões", a "fixação [no regimento] do debate quinzenal", e a "racionalidade no modo como se exerce o controlo político do Governo pelo Parlamento"»

 

CAPÍTULO III

FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO

 

Artigo 15.º

(Audições)

 

4. Cada grupo parlamentar pode utilizar uma vez, por sessão legislativa o direito potestativo de requerer  a audição de membros do governo ou de qualquer entidade.

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 22.06.11

 

 

|| As lições do menino Tonecas

por josé simões, em 21.06.11

 

 

 

Primeira lição aprendida: quem manda na coligação não é o mais votado, é o mais inteligente e o mais astuto.

 

Segunda lição aprendida: apesar dos partidos e das negociatas pré-eleitorais, quem manda no Parlamento são os parlamentares

 

Para começo não está mal.

 

 

 

 

 

|| Pim-Pam-Pum, cada bala mata um, Em cima do piano, Está um copo com veneno, Quem bebeu morreu

por josé simões, em 20.06.11

 

 

 

«Na segunda volta recebeu 105 votos, menos um que na primeira.»

 

(Imagem fotograma de The Good, the Bad and the Ugly)

 

 

 

 

 

|| Coluna vertebral

por josé simões, em 15.06.11

 

 

 

A questão já não é ser ou não ser presidente da Assembleia da República, qualquer cidadão pode alimentar o sonho desde que eleito deputado. A questão é quando o cidadão, eleito deputado, não gera consenso dentro do partido pelo qual foi eleito, não gera consenso entre os seus pares, antes pelo contrário, para ocupar um cargo e desempenhar uma função para a qual é preciso consenso. E senso. E, depois das evidências, o cidadão não toma ele próprio a iniciativa de retirar a candidatura e se mantêm quedo e mudo à espera que saia.

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

|| WTF?!

por josé simões, em 11.04.11

 

 

 

E depois a gente olha para todos os presidentes que a Assembleia da República teve em 36 anos de Democracia e depois olha para a eventualidade Fernando Nobre e pensa: WHAT THE FUCK?! Andam a gozar com o pagode, ou o quê? Se calhar é “ou o quê”…

 

(Buster Keaton na imagem)