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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Fazer de conta

por josé simões, em 25.01.21

 

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Porque é que ser de um concelho tradicionalmente comunista é vacina contra a ciganofobia, reflectida no score eleitoral do Ventas, nos concelhos da raia alentejana e nos urbanos da margem sul do Tejo onde essa comunidade tem forte implantação?

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Dia negro para a democracia

por josé simões, em 24.01.21

 

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O CDS "ganhou" as presidenciais. Duas vezes na mesma noite, primeiro com António Carlos Monteiro e depois com o Chicão, a fugir para a frente do Chiquinho que o partido já é.

 

O PS "ganhou" as eleições, mesmo quando perdeu o respeito por si próprio ao meter Carlos César a reclamar vitória e a apontar que o perigo do neofascismo é para o PSD e não para o país.

 

O PCP perdeu as eleições. Ponto final. E disse-o preto no branco.

 

O Bloco perdeu as eleições. Por abada. E tornou a perde-las quando aos 30 segundos de discurso Marisa Matias decide invocar o Ventas do Chaga, vá-se lá saber porquê. Quando o Ventas não fala falam os outros no Ventas.

 

O PSD "ganhou" as eleições. E no discurso da vitória, Rui Rio, excitado e aos gritos, fez o discurso da vitória do Ventas.

 

O Mayan liberal "ganhou" as eleições. Dobrou o resultado das legislativas, tinha 1 e picos por cento passou para 3 e picos por cento. A onda liberal a fugir por umas décimas à onda calceteira do Tino a morder-lhe os calcanhares.

 

António Costa "ganhou" as eleições. E veio logo todo lampeiro parabenizar Marcelo reeleito sem perceber que hoje é o primeiro dia do resto da sua vida.

 

O Ventas ganhou as eleições. Sem aspas como os outros. Recuperou os votos dos desiludidos do "isto é tudo a mesma merda", "querem é todos tacho", a minha política é o trabalho", "isto queria era um novo Salazar". Recolheu os voto da ciganofobia, é circular pelas estradas da raia alentejana entre Serpa e Marvão para se perceber o score do rato de esgoto. Recolheu os votos das outras fobias todas, do medo dos outros. E os votos dos esquecidos no Portugal profundo. Abriu a boca para a habitual enxurrada de javardice, reclamou ser um enviado de Deus e em boa hora as televisões cortaram-lhe o pio.

 

Em 2023 há legislativas, se não for antes.

 

Como cantavam os Dead Kennedys, Bedtime for Democracy.

 

 

 

 

Vota!

por josé simões, em 23.01.21

 

 

 

[Recebido via WhatsApp]

 

 

 

 

"O desastre do Avante! explicado aos camaradas"

por josé simões, em 23.01.21

 

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Estou em isolamento profilático. Termina na quarta-feira, na verdade. Mas estou a pensar ir votar. Se for vou super armadilhado. Em minha casa estamos todos iguais porque isto foi um jantar que aconteceu cá em casa.

 

João Miguel Tavares, Comissário Marcelista para o Dia da Raça em Portalegre, no "Governo Sombra" na SIC Notícias.

 

Na semana passada estive de férias e perdi a oportunidade de molhar a sopa a propósito da Festa do Avante!, mas o balanço do evento justifica que regresse ao tema com intenções puramente didácticas, já que manifestamente o PCP não percebeu nada do que lhe aconteceu.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Pormenores

por josé simões, em 22.01.21

 

 

 

Todos os comícios de todos os candidatos às presidenciais terminam com A Portuguesa mas nas reportagens dos telejornais o hino nacional só é ouvido em fundo nos comícios do Ventas. Agora pençem [como os minions do Chaga escrevem nas caixas de comentários e nas "redes"].

 

 

 

 

O porco na chafurda, X

por josé simões, em 21.01.21

 

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- Podemos ver isto de duas maneiras:

 

- Que violência chama violência e quem quem passa a vida a insultar e agredir verbalmente os outros só pode esperar a retribuição, é uma questão de tempo. E depois lá virá o Calimero com o dia negro e o atentado à democracia e a liberdade e o coise e tal quando dos maiores atentados que se podem fazer à democracia e ao Estado de direito democrático são as agressões a jornalistas e a coacção à imprensa, mas isso não é merecedor de condenação ou reparo.

 

- Que Joseph Goebbels inventou tudo o que havia para inventar em matéria de propaganda e agit-prop e que agora é só ir buscar e remasterizar porque há sempre uns pobres de espírito dispostos a tudo papar.

E foi um processo em crescendo. Começou com a insinuação de fraude eleitoral. Passou para a fraude dos ciganos inventados. Uma perseguição automóvel do Bloco de Esquerda. Uma incursão em território religioso que correu mal e passou ao lado da generalidade da comunicação social. Até uma tentativa de apedrejamento por ciganos verdadeiros com cartazes da candidata que o vai remeter para a terceira posição nas Presidenciais numa luta ombro-a-ombro com o candidato comunista. Tipo a facada do Bolsonaro, mas como os ciganos modernos não usam facas os ciganos inventados estavam lá atrás preparados para que tudo corresse pelo melhor. E o melhor tinha de ser hoje, o penúltimo dia de campanha, porque se fosse amanhã, o último dia, não servia para nada porque não era notícia em lado nenhum por causa do "dia de reflexão".

 

Percebem?

 

[A montagem de Bernie Sandres na recepção cigana ao Ventas é do Nuno Alexandre]

 

O porco na chafurda, Capítulo IX

 

 

 

 

Tão diferentes que eles são

por josé simões, em 19.01.21

 

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O que estamos a fazer é a caminhar para uma nova Venezuela na Europa

 

O Ventas em drive-in a repetir o mantra que a direita travesti e/ ou liberal recita desde 2015. Tão diferentes que eles são.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 18.01.21

 

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Eu vejo entusiasmo naqueles quase 250 mil portugueses que se registaram para o voto antecipado, que manifestam uma alegria do voto semelhante à alegria do voto nas primeiras eleições democráticas.

 

[Na imagem Jeff "Gordoon" Gordon By Dominique Jando]

 

 

 

 

Falta de respeito

por josé simões, em 16.01.21

 

 

 

Marcelo estava muito irritado. É testado dia sim dia sim, qualquer coisa como mais de 80 vezes, quando há portugueses na mesma situação que chegam a esperar até 72 horas para fazer um teste, passa os dias feito barata tonta a correr o país de lés a lés e a falar sobre tudo e mais alguma coisa, arranja maneiras de contornar as restrições e não se coíbe de o dizer em público. Mas Marcelo estava irritado por não ter recebido notificação da DGS se podia ou não participar no debate "todos contra todos" para as presidenciais.

 

O hospital de Setúbal, com doentes arrumados pelo chão, decretou estado de calamidade pela primeira vez na sua história. Mas Marcelo estava muito irritado à porta de casa.

 

A urgência Covid do hospital de Torres Vedras tem filas de ambulâncias com tempos de espera de até 5 horas, mas no segundo dia do confinamento Marcelo faz visita a lar da Misericórdia no Barreiro sem saber o resultado do teste, enquanto que a modos que irritado deixa um ralhete aos portugueses que não estão a levar o confinamento a sério.

 

Marcelo, irritado ou bem disposto, não tem respeito pelos portugueses nem pelo Serviço Nacional de Saúde e que os portugueses o levem a sério é um caso sério.

 

[Clip recebido via WhatsApp]

 

 

 

 

Relatório e Contas. Resumo da Semana

por josé simões, em 16.01.21

 

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[Visual Poetry]

 

 

 

 

O porco na chafurda, IX

por josé simões, em 14.01.21

 

 

 

O Ventas hoje insultou toda a gente. Toda a gente não. O Ventas não insultou o Maia liberal, que tem um programa económico igualzinho ao seu. Não insultou o PSD, de que precisa para ser Governo. Não insultou o CDS, porque na moral judaico-cristã nos mortos não se bate.

 

O porco na chafurda, Capítulo VIII

 

 

 

 

O porco na chafurda, VIII

por josé simões, em 14.01.21

 

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"ninguém quer uma contrabandista a Presidente da República". "não está muito bem em termos de imagem assim com os lábios muito vermelhos [gesto de mãos à roda da boca]... como se fosse uma coisa de brincar". "parecia que estava ali uma espécie de fantasma, parecia aquele esqueleto que eu vi atrás de mim em Serpa". "com aquele ar de operário beto de Cascais". "é aquele avô bêbado que a gente [sic] tem em casa, depois de beber uns copos começa a dizer assim umas coisas, tás a rir de quem, queres levar com o pau em cima ou o quê?"

 

À parte a família disfuncional onde foi criado, com um avó bêbado que lhe batia, o que não explicando tudo ajuda a perceber a sua má formação, o complexo de inferioridade e o ego recalcado sempre à beira da explosão, o porco na chafurda mimetiza tudo o que Trump faz, desde o gesticular e o movimento de mãos até aos insultos gratuitos a adversários políticos, que para ele são inimigos. Convinha que se visse ao espelho e corrigisse o mau hábito de passar a língua pelas beiças, a de cima e a de baixo, depois de cada enxurrada de verborreia que vomita. É que os humoristas andam aí e os tweets que escreveu ainda não foram apagados: "O insulto e a difamação pública sempre foram e sempre serão as armas dos que não têm razão". [Em print screen].

 

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O porco na chafurda, Capítulo VII

 

 

 

 

"Eu não falo sobre tudo"

por josé simões, em 09.01.21

 

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Cai um avião em cima do Lidl de São Domingos de Rana e Marcelo chega primeiro que os bombeiros.

Na noite da contagem dos votos das eleições autárquicas as televisões sabem que Marcelo está a fazer voluntariado no Banco Alimentar e aproveita para comentar.

Morre George Michael e Marcelo lamenta primeiro que a rainha de Inglaterra.

Cristina Ferreira começa um programa na SIC e Marcelo entra em directo ao telefone.

Descarrila um eléctrico na Rua de São Domingos à Lapa e Marcelo chega primeiro que o INEM.

Fátima Lopes vai para o ar pela última vez na TVI e Marcelo telefona em directo.

 

"Eu não falo sobre tudo, quem fala sobre tudo é a senhora no seu programa de comentário político". Marcelo Revelo de Sousa para Ana Gomes no frente-a-frente para as presidenciais de 24 de Janeiro de 2021.

 

[Imagem]

 

 

 

 

O porco na chafurda, VII

por josé simões, em 08.01.21

 

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O porco na chafurda: "Paulo Pedroso oinc oinc. Paulo Pedroso oinc oinc. Paulo Pedroso oinc oinc. Paulo Pedroso oinc oinc. Paulo Pedroso oinc oinc.".

 

Quando era por demais evidente que o porco na chafurda ia falar, por esta ordem, no MRPP, em Paulo Pedroso e José Sócrates, o bonzo dos paineleiros-comentadeiros das televisões - Miguel Sousa Tavares, diz que Ana Gomes foi previsível ao falar em Luís Filipe Vieira. Somos [são] tão inteligentes e perspicazes.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

O porco na chafurda, Capítulo VI

 

 

 

 

"Portugueses de bem"

por josé simões, em 08.01.21

 

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"Morte aos portugueses" em França