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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| As aventuras de um imbecil como director de um jornal no Portugal do séc. XXI

por josé simões, em 13.03.15

 

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Outro argumento válido, e actual, seria o de escrever que a Marta teve quase tantos namorados quantos os portugueses abrangidos pelo programa dos retornados da emigração do Governo Adjunto, a cargo do Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto, e ainda as inumeras possiblidades de tocadilhos manhosos-brejeiros-machistas com o nome da prova de vida de Pedro Lomba.


Adenda: Vou escrever uma carta ao director [old style] a contar da vez que fui com a Marta num elevador [fui mesmo, não é treta].

 

 

 

 

|| Sinais dos tempos

por josé simões, em 09.05.13

 

 

 

Foi preciso esperar 56 anos [a contar da data do início das emissões regulares da RTP - 7 de Março de 1957] para que em Portugal, a primeira e a última potência colonial, o país que "inventou" o mulato, que deu novos mundos ao mundo e essas coisas todas que são bonitas dizer, fosse possível ver na televisão publicidade, dirigida à classe média, com casais multirraciais. Vão ser precisos outros 57 anos para ver publicidade com casais do mesmo sexo?

 

[Imagem de autor deconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Susan Boyle

por josé simões, em 19.04.09

 

Eu conheci Susan Boyle. Foi na cidade do Porto no ano de 2006. Era o Paulinho e era dj no café concerto do Rivoli. Um dj ecléctico, que não fazia uma única mistura, tudo na base do corta-e-cola, mas com um extremo bom gosto musical e com uma percepção da casa e da música a usar em função dos clientes, francamente fora do comum. E aguentava a sala cheia até à hora do fecho.

 

Quando o café concerto encerrou às duas da manhã, fomos todos, os donos, eu, e o Paulinho, fazer a ronda dos bares e discotecas da cidade. O Paulinho, apesar de profissional do ramo, quando ia à frente via-lhe barrada a porta e só acabava por entrar, a contra gosto do porteiro, porque vinha connosco. Tinha paralisia cerebral, e naquele jeito desengonçado de andar, com a boca de lado e com nítidas dificuldades em se exprimir, era um pauzinho na engrenagem da pseudo pop-fashion.

 

Onde me “doeu” mais – e parecia que doía sempre mais a nós que a ele – foi no Lusitano, um bar frequentado pela comunidade gay e lésbica da cidade. O Paulinho estigmatizado e marginalizado, por uma comunidade ela própria estigmatizada e marginalizada e vitima do preconceito.

 

No One Is Innocent cantava em 1978 Ronnie Biggs acompanhado pelos Sex Pistols.

 

Veio esta conversa da treta a propósito desta troca de argumentos.

 

(Imagem fanada no La Repubblica)