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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Volta Salazar

por josé simões, em 06.05.14

 

 

 

O respeitinho é muito bonito. De nada vale a luta e a revolta. A situação versus o reviralho. O calado vai longe. Cada macaco no seu galho. Está cá para executar e não para pensar. Cada um é para aquilo que nasce. A ordem natural das coisas. O chefe não lê o jornal, estuda-o. Mãos nos bolsos são sinal de inércia. As casas de banho das fábricas têm latrinas em vez de sanitas porque um operário fez-se foi para ter força nas pernas. Manda quem pode, obedece quem deve. Os botões das camisas fizeram-se para estarem abotoados. O chefe tem sempre razão, art.º 1. Em caso de dúvida aplica-se o art.º 1. Orelhas baixas e bico calado. E podíamos continuar neste registo até amanhã. Um vómito:

 

 

"A praxe ensina-nos que na vida há uma hierarquia natural e que nós vamos ter de aceitá-la, ensina-nos a respeitar essa hierarquia."

 

"A besta não respira, a besta não tem direitos, a besta deve obedecer sempre ao padrinho..."

 

"Sim, não foi fácil, às vezes é necessário fazer um esforço para não chorar e largar tudo e ir para casa. São sacrifícios, vá, fáceis, que tive de ultrapassar. Mas afinal de contas o que é que o futuro nos aguarda? Não há um Governo que nos calca tantas vezes, uns bancos que nos tentam lixar? Não tem um adulto que fazer tantos sacrifícios?!"

 

"Ave Veteranorum Praxis Turis Te Salutem"

 

 

 

 

 

 

||| Ainda a praxe

por josé simões, em 28.01.14

 

 

 

Os alunos de Filosofia também se sujeitam à praxe ou, dito de outra maneira, há alunos de Filosofia a praxar alunos de Filosofia no curso de Filosofia?

 

[Imagem "The Tender Tentacles of Daikichi Amano"]

 

 

 

 

 

 

||| A Hannah Arendt também explica isto

por josé simões, em 27.01.14

 

 

 

«[…] considerando que a sua proibição não é a melhor forma de evitar excessos» os responsáveis pelas associações de estudantes das universidades públicas e privadas, o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o reitor da Universidade de Lisboa e, quiçá, o próprio ministro da Educação, partilham da mesma opinião, são contra o fim das praxes. E a praxe vai continuar a existir e a Hannah Arendt também explica isto, naquela parte em que o carneiro que integra o rebanho se demite de pensar.

 

[Imagem]