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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Sakharov 2015

por josé simões, em 29.10.15

 

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«O Parlamento Europeu atribuiu o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento a Raif Badawi, o escritor e blogger que a Arábia Saudita condenou a mil chicotadas – ao ritmo de 50 por semana – por "insulto" ao islão e propagação de ideias liberais.»

 

 

 

 

|| Enganamos os outros e enganamo-nos a nós

por josé simões, em 31.10.11

 

 

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos punha de lado a hipocrisia e o cinismo, e que pomposamente se renomeou como realpolitik, e não embarcava na política do facto consumado ao distinguir como distinguiu os «cinco protagonistas do movimento da Primavera Árabe» [a Síria aparece aqui para enfeitar].

 

A mesma política que permitiu os negócios com Kadhafi até minutos antes dos bombardeamentos da NATO, a mesma política que permitiu que os ditadores Mubarak e Bem Ali tivessem assento, e acento, na Internacional Socialista até quase à hora da sua deposição.

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos distinguia, por exemplo, o povo saauri, e por arrasto todas as mulheres [não é fácil ser mulher por aquelas bandas], na figura de Amanitu Haidar.

 

De certeza que há muitos bons negócios muitas boas razões para o não ter feito.

 

[Imagem]

 

Adenda: por uma razão ou por outra não foi escrito na altura devida, como não gosto de ficar a remoer “assuntos pendentes” esta noite já vou dormir mais descansado.

 

 

 

 

 

 

Dos tempos em que Freitas do Amaral era fascista (II)

por josé simões, em 24.10.08

 

Quando Freitas do Amaral era o Seitas do Mal no jornal O Diário, uma grande fatia da actual classe política do centralão andava a armar confusão nas fábricas, nas universidades e nos sindicatos, com um pin na lapela onde era possível ver as efígies de Marx, Engels, Lenine, Estaline e Mao (acho que era esta a ordem), com qualquer coisa “m-l” por baixo. Era tão grande o pin que era quase maior que a lapela. Sinceramente não sei se havia algum pin ainda maior que abarcasse também o Henver Hoxa

 

Eram os tempos de se aceitar Estaline, «com alguma crítica», e os tempos em que a China era socialista. Era os tempos em que o pessoal do PC levava nas orelhas – e com razão diga-se – por causa da Hungria e da Checoslováquia. Continuam a levar – e com razão, diga-se outra vez –, mas também se põem a jeito. Aos apóstolos do Timoneiro e aos Faroleiros do Socialismo na Europa, foi feito um conveniente e conivente reset à memória – como no Total Recall com o Arnold Schwarzenegger e a Sharon Stone – e não se fala mais nisso. E aí andam eles pelos intervalos da chuva, apesar de por vezes serem assaltados por visões do passado.

 

Não sei quem vai entregar o Premio. Não sei se o presidente da Comissão vai estar presente. Pena Hu Jia não poder himself recebê-lo. Porque está preso. Pela oportunidade de olhar olhos nos olhos alguns ex, agora convertidos.

 

A gente preocupa-se muito com a (falta de) Democracia na China.

 

(Imagem de Chen Yanning fanada no New York Times)