"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O "porteiro" da Tecnoforma e da 'ongue' da Tecnoforma, militante do partido que deu José Luís Arnaut ao mundo, João Calvão da Silva para passar atestados de idoneidade a Ricardo Salgado e Eduardo Catroga para tomar conta de empresas nacionalizadas pelo Estado chinês, isto só para referir alguns dos que estão no activo porque o que lá vai lá vai:
Não é só a irrelevância do vice-pantomineiro, a saltitar de aeroporto em aeroporto, em bicos dos pés nos telejornais à frente de embaixadas à roda do mundo e até aos cus de Judas, a vender o país por atacado. Não. É a total irrelevância do poder político, subjugado ao poder económico. Como se um multimilionário, um dos homens mais ricos do planeta, precisasse de uma delegação governamental para comprar ou vender o que quer que fosse, dentro e fora de portas. O dinheiro que se poupava ao contribuinte se estas fantochadas fossem mais sóbrias e menos circo ou que se nem sequer acontecessem.
Chico-espertismo [somos uns para os outros, por quem sois?!], amiguismo e empreendedorismo empresarial português, ou a pergunta clássica "porque é que o português é o melhor trabalhador do mundo para qualquer lado que emigre e em Portugal é sempre abaixo de cão por mais alterações que se façam às leis laborais"?
Parafraseando Paulo 'irrevogável-patriota' Portas, "um negócio é bom quando ambas as partes ficam a ganhar", e a gente, mesmo com muito boa vontade e um bocado grande de esforço, não consegue perceber como é que ambas as partes ficaram a ganhar quando uma parte vende abaixo do valor de mercado… Mas se calhar ajudava a perceber, não explicava tudo mas ajudava, saber em tempo em útil, qual foi a outra parte, a parte compradora, porque uma coisa a gente já percebeu, sem ajuda e sem esforço, com este Governo a administrar a cousa pública o Estado deixa sempre de ganhar, que é como quem diz, fica sempre a perder.
Uma coisa é ser-se contra as golden share, outra coisa completamente diferente é o Estado ser detentor de uma e não fazer uso dela, em defesa daquilo que considera serem os seus interesses. O resto é conversa de chacha. Brincamos?
(Imagem: Washington, D.C., circa 1922, William Armstrong Perry. A former editor of Boys Life and Scouting magazines, W.A. Perry authored a study called Radio in Education National Photo Company Collection)
Dizer que em Portugal dois partidos alternam no Governo, mais que um lugar-comum, é a puta da realidade. A casa de alterne é pobre e de dimensão reduzida, que é como quem diz, alternamos com aquilo que temos e bem podem sonhar com o Bunny Ranch que a puta da realidade é passada o dia-a-dia é passado no Elefante Branco.
Mais que não seja pela minudência “«transparência e ética»” na coisa política. E de não se instalar definitivamente na voz populi a suspeita de haver concertação estratégica.