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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Dia de deixar o cérebro em casa

por josé simões, em 29.11.22

 

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O Presidente da República do Estado laico que anda todo babado, e faz questão de misturar a baba com o cargo que exerce, com os milhões de euros do contribuinte enterrados na Jornada Mundial da Juventude a cargo da Igreja Católica, é o Presidente da República que alerta para para a pobreza e crise social em evento promovido pela Mota-Engil cujo CEO aufere anualmente um salário 73 vezes superior à média do que paga o seu grupo. Isto antes da bola, que foi ver a Braga, agora que os combustíveis estão a baixar há semanas consecutivas e se pode dar a esse luxo, e aproveitar o intervalo para lamentar, em directo para a televisão, ter perdido os primeiros 15 minutos do jogo e dar  a táctica para levar de vencida o Uruguai na segunda parte.

 

No fim do jogo a televisão do militante n.º 1, SIC Notícias, foi "em directo para o Funchal, Cristiano Ró Náldo [assim mesmo, com dois acentos] não marcou mas os madeirenses estão contentes".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

E ainda há quem inveje a vida dos ricos

por josé simões, em 21.10.22

 

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Escreve o jornal do militante n.º 1 na secção "Sociedade" que os "supermercados estão a colocar alarmes em produtos alimentares básicos, como latas de atum ou garrafas de azeite", "as pessoas estão desesperadas, escondem latas de atum e leite para comer ou dar aos filhos". Vira-se a página para o caderno "Economia" e ficamos a saber que a "inflação castiga todo o tipo de famílias: nas mais pobres pesam alimentos e habitação, nas mais ricas os restaurantes e hotéis". Os que vêem o atum e o azeite ao preço do whisky na prateleira do supermercado e os que por estarem quase pobres vão ter de abdicar de brincar aos pobrezinhos na Comporta. Isto podia ter outro título, sei lá, jornalismo de merda.

 

 

 

 

O Marcelo da fé e o partido da fezada

por josé simões, em 18.10.21

 

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Marcelo alerta para “problema enorme” de pobreza e apela à ação dos cristãos

 

 

 

 

47 anos depois dos 48 anos antes

por josé simões, em 12.04.21

 

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Até aos anos 80 do século passado era assim a paisagem nas colinas e montes que rodeiam a cidade de Setúbal [na imagem retirada do livro Fartas de Viver na Lama- 25 de Abril. O Castelo Velho e outros bairros], barracas feitas com as caixas dos carros Austin Morris que eram montados na fábrica de Setúbal, operários especializados, com salário e descontos para a Segurança Social, a produzirem carros para a exportação mas sem rendimento que permitisse a compra ou o aluguer de uma habitação condigna. A mulher, quando não ficava em casa, andava na casa de outros "a dias" ou na indústria conserveira quando o apito da fábrica tocava à chegada dos barcos. Os putos cresciam lá em cima, uns com os outros, ao Deus-dará, os índios.

 

47 anos depois dos 48 anos antes o estudo A Pobreza em Portugal – Trajectos e Quotidianos, da Fundação Francisco Manuel dos Santos diz-nos que em Portugal pelo menos 11% dos trabalhadores são pobres, apesar de terem trabalho e salário certo ao fim do mês. Mais de um terço dos pobres em Portugal são trabalhadores, a maioria dos quais com vínculos estáveis e salários certos ao fim do mês.

 

E isto tem um nome. E já cansa repetir. E cansa a ladaínha do "portugueses de bem", do "vai para a tua terra", do "povo honesto" que serve para desviar o foco, meter o miserável a olhar para baixo, contra o ainda mais miserável, aquele que na canção do Gabriel, O Pensador, tem como objectivo na vida "morar numa favela".

 

 

 

 

Substituir "mexicanos" por__________________

por josé simões, em 21.01.20

 

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               A primeira página do mexicano La Jornada.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 26.02.19

 

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Os pobres fizeram-se para a gente os transformar em classe média

 

Alexandre Soares dos Santos, ex-administrador da Jerónimo Martins.

 

[Imagem]

 

 

 

 

CDS alerta que situação do pais "é pior que no tempo da troika"

por josé simões, em 30.11.18

 

 

 

O risco de pobreza reduziu-se para 17,3% - 2018

 

[Título do post]

 

 

 

 

"Baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer"

por josé simões, em 15.06.18

 

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Pobreza em Portugal prolonga-se geração após geração

 

[Pedro Passos Coelho em 9 de Abril de 2015]

 

 

 

 

Homem rico, homem pobre

por josé simões, em 22.03.18

 

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Diz que o Marcelo, Presidente, diz que tem vergonha das desigualdades socias e da pobreza em Portugal, em 2018, no século XXI.

 

[Imagem]

 

 

 

 

1%

por josé simões, em 14.12.17

 

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A imagem quase que dispensa ler a notícia.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 02.10.16

 

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De Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, em 25 de Outubro de 2011: "Não vale a pena fazer demagogia sobre isto, nós sabemos que só vamos sair desta situação empobrecendo - em termos relativos, em termos absolutos [...]" ao que se seguiram 4 anos de Governo Pedro Passos Coelho/ Paulo Portas/ Cavaco Silva, que não tinha um "modelo de baixos salários para o país" e com os sacrifícios distribuídos "equitativamente" entre os mais pobres, que ficaram 25% ainda mais pobres, para Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro no exílio, em 2 de Outubro de 2016 a acusar o Governo de construir uma "sociedade mais pobre e mais injusta". Qual Governo?


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||| Estudos da treta, com conclusões da treta, para justificar conversas da treta

por josé simões, em 05.05.16

 

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Porque a verdade é que o Euro é uma moeda cara e 1 kg de batatas que no dia 31 de Dezembro de 2001 custava 80/ 100 escudos passou a custar 1 euro no dia 1 de Janeiro de 2002 e um café que custava na mesma data 45/ 50 escudos passou a custar, também no dia seguinte, 50 cêntimos de euro, uma conversão directa em menos de 24 horas [do que é que o pequeno comércio a retalho e restauração se queixaram será sempre uma incógnita]. Dir-me-ão que as pessoas não se governam só a café e batatas, pois não, mas é muito por aqui que a coisa começou.


Outra coisa que o estudo nos diz é que vale a pena apostar e investir na educação porque com mais formação e mais habilitações literárias as probabilidades de encontrar um emprego mais remunerado são muito maiores.


O que o estudo não nos diz é a média salarial dos portugueses, nem a quantidade de portugueses que aufere o salário mínimo nacional, nem a constituição dos agregados familiares dos portugueses que vivem com a média e o mínimo salarial em Portugal. É que dá muito mais jeito à narrativa liberal instalada no Banco de Portugal dizer que os madraços dos tugas são uns gastadores que não acautelam o futuro e insistem em continuar a viver acima das suas possibilidades. É que alguém que ganhe o salário mínimo nacional, se não tiver filhos, nem pagar renda da casa, nem água, nem luz, e for trabalhar de Inverno com roupa de Verão, depois de um jantar de bolacha Maria na véspera, consegue aforrar a pensar nalgum contratempo da vida ou para acautelar a velhice.


Estudos da treta, com conclusões da treta, para justificar conversas da treta.


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||| "Social-democracia, sempre!"

por josé simões, em 17.03.16

 

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"Uma em cada 14 famílias portuguesas salta refeições por não ter dinheiro. Sofre daquilo que se designa, na gíria, como "insegurança alimentar grave", ou seja, não come o suficiente por não ter meios para isso."


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||| Em quem vota Américo Amorim?

por josé simões, em 24.01.16

 

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Em quem votou Américo Amorim nas Presidenciais de 2006 e de 2011? Em quem vai votar nas Presidenciais de 2016, o homem a quem 2 – dois – 2 milhões de pobres não superam a fortuna e que em 2009, quando já estava no Top of the Pops dos mais ricos, não teve pejo em despedir 195 a ganhar o salário mínimo nacional, por antecipação ao que a crise global iria «certamente evidenciar»? Em quem vota Américo Amorim?

 

 

 

 

||| Da série "Não Há Dinheiro Para Nada"

por josé simões, em 18.01.16

 

 

 

"Just 62 people now own the same wealth as half the world's population, research finds"


"An Economy for the 1%"


[Significado da imagem]