O circo nunca acaba...
O circo nunca acaba...
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O circo nunca acaba...
Nuno Melo, eurodeputado e vice-presidente do CDS, aplaudido no Twitter pelo presidente do PNR, José Pinto Coelho.
Resposta do líder dos fascistas PNR ao fact-check do Polígrafo no Twitter.
Sofia Vala Rocha, Política. "Vereadora do PSD (em regime de substituição) na câmara municipal de Lisboa. Colunista no Sol. feminista." [sic] no Twitter.
"Esqueçamos, por instantes, que esta pessoa está a estabelecer paralelos entre duas formas de protesto, sendo que uma configura um crime - de ofensa à integridade física -, enquanto que e a outra consiste em pessoas pacificamente a cantar em protesto...
... concentremo-nos no seguinte: - Nas grandoladas, eram jovens e idosos a defender direitos, protestando contra cortes em pensões e apoios sociais. - No ataque a @jeanwyllys_real, são fascistas que protestam contra direitos humanos, ameaçando um activista da comunidade LGBT...
... Na cabeça desta pessoa, idosos a cantar para não lhes cortarem as pensões e fascistas a atacarem um deputado que fugiu do Brasil sob ameaça de morte são formas equivalentes de protesto. Parem uns segundos para pensar nisto."
[Aqui]
Uma manif de palermas inventada pelas televisões, com directos intermináveis, dois jornalistas por manifestante, drones com câmaras de filmar, cavalgada pela direita populista do CDS antes que os fascistas do PNR, ou outros dissidentes do sentido de Estado PSD/ CDS, que perderam definitivamente a vergonha, se cheguem à frente e ocupem o lugar, é "o povo na rua farto do socialismo", segundo a direita radical de plantão nas redes.
Uma avenida cheia de gente, desde o Marquês ao Rossio, enquadrados pela CGTP, com um caderno reivindicativo definido e propostas concretas, merece meio minuto no telejornal a seguir ao intervalo e é só funcionários públicos, manhosos, sem nada que fazer, dispensados pelas câmaras municipais e juntas de freguesia, que não perdem o dia de trabalho e só atrapalham a vida aqueles que querem fazer o país andar para a frente.
A comunicação social anda a brincar com coisas sérias, um dia mais tarde também vai levar por tabela.
[Imagem encontrada no Twitter]
Enquanto a tropa de choque da biqueira de aço, com as provocações avulsas e os raides cirurgicamente seleccionados, vai tomando o pulso ao fedback da rua e à reacção e capacidade de resposta do Estado pelas polícias, os engravatados e de cara lavada servem como válvula de escape à direita responsável do "sentido de Estado" e do "arco da governação" com o que insinua dizer e com o que não pode dizer aos ouvidos da opinião pública mas vai deixando escapar embrulhado em papel discurso de economês e competitividade.
[Imagem]
O que há de comum entre o líder do PNR destacar a «"coincidência" de opiniões com Ferreira Leite sobre Espanha e TGV» e o facto de Portugal e Espanha virem a «receber verbas semelhantes da UE se TGV avançar»? Aparentemente nada.
(Imagem de autor desconhecido)
Não concordo com as ideias – dando de barato que aquilo são ideias – defendidas pelo PNR. O cartaz no Marquês mete-me asco. Mas também não concordo com a atitude de ontem de alguns manifestantes em arremessar tomates ao cartaz. Não foi para isto que os capitães saíram dos quartéis no dia 25 de Abril. O poder foi devolvido ao povo e, viver em democracia, implica viver com ideias e pontos de vista diferentes dos nossos. Mesmo que advoguem a eliminação pura e simples da própria democracia. É por isso que é preciso estar sempre alerta. Como diria a minha avó – politicamente incorrecta – “estar com um olho no burro e outro no cigano”.
Já agora, onde estavam ontem os carecas trogloditas que ultimamente montavam guarda ao cartaz? De ressaca pela noite passada em comemorações do 24 de Abril? Ou a sua coragem é directamente proporcional à quantidade de cabelo exibida? Ou seja: zero = cobardia. Quando temos ideais e acreditamos na sua justeza, damos a cara e vamos à luta por elas. C’os diabos! Vivemos em democracia e ninguém vai preso por defender os seus pontos de vista. No verão quente de 75 vi muito boa gente sem cara para apanhar uma estalada, aguentar firme murros e pontapés, por essa mesma razão, defender um cartaz que tinha acabado de colar. É muito mais fácil andar a perseguir pretos isoladamente no Bairro Alto, não é?
Post-Sciptum: Ando com esta “atravessada” desde a célebre conferência de imprensa dada pelo PNR em substituição da cancelada reunião de nazis, perdão, de nacionalistas. Perante uma plateia de “jornalistas” – assim mesmo, entre aspas, fui aluno de jornalismo e não foi isto que me ensinaram na escola – completamente amorfa e apática, o senhor que dá a cara pelos fascistas, perdão, pelos nacionalistas disse que o seu partido era aberto a todos os sectores da sociedade, e que não olhava às origens dos militantes. Poderiam aderir republicanos ou monárquicos que isso não interessava. E não houve um “jornalista” – um único! – presente na sala que perguntasse: E Judeus? E Muçulmanos? E Pretos? Também podem aderir ao PNR?
Rita Vaz, líder da Juventude Nazi, perdão, Juventude Nacionalista, a propósito da operação levada a cabo ontem pela Direcção Geral de Combate ao Banditismo e que levou à detenção de 27 pessoas ligadas à extrema-direita, manifesta esperança que a reunião nazi-fascista, perdão, nacionalista, agendada para o próximo sábado se venha a concretizar. Lembra a Ritinha que, os partidos nazi-fascista, perdão, nacionalistas, na Europa «são alvo de constantes perseguições policiais».
Interessante ponto de vista sobre as perseguições – policiais para o caso – vinda daqueles que apregoam o ódio e a morte; que perseguem em bando transeuntes pretos no Bairro Alto e os pontapeiam até à morte; que ameaçam o Gato Fedorento e as suas famílias por uma acção de humor (a este propósito ler Contra o Fanatismo de Amos Oz e a incapacidade do fanático se rir dele próprio); que profanam cemitérios judaicos em França e na Alemanha, que utilizam um espectáculo lúdico e de família – o futebol – para, e através das claques, semear o ódio e a violência.
Li e registei. Para memória futura.
Post-Scriptum: A este propósito das direitas, extremas-direitas, liberdades, democracias, perseguições e o coiso e tal; proponho-vos um exercício simples de fazer. Seleccionemos um blog, dos mais linkados na blogosfera, O Insurgente http://www.oinsurgente.org/. Assumidamente de Direita, defensores do liberalismo, iniciativa privada, liberdade e democracia, menos Estado na vida dos cidadãos, tolerância e por aí.
Todas as semanas no O Insurgente há um blogue
Depois de entrarem no Observador da Jihad http://observatoriodajihad.blogspot.com/, continuem a linkar outros blogues anexados e vejam até onde isto nos leva, por exemplo este: http://combustoes.blogspot.com/ ou este: (Centurião) http://liberal.blogs.sapo.pt/ ou ainda este: http://jansenista.blogspot.com/ que por sua vez nos levam a este: (Aliança Nacional) http://nacionalismo-de-futuro.blogspot.com/, a este: http://novafrente.blogspot.com/, mais este: (Pasquim da Reacção) http://lusavoz.blogspot.com/ e assim sucessivamente. Um círculo promíscuo onde a extrema-direita é acolhida e tolerada, senão mesmo venerada. O extremismo, o terrorismo, o fanatismo e outros ismos, aqui, só são condenáveis à esquerda.
Esta chamada é especialmente para aqueles que se Insurgiram contra um post meu, em que classificava a direita do PREC de trauliteira e caceteira, intolerante e desrespeitadora das liberdades, tanto ou mais que a esquerda – A Geração de Paulo Portas. Era e continua a ser.
“O Diário Económico de ontem, num notável trabalho estatístico, explica do que os autores do cartaz (PNR) estão a falar: basta de 7% da riqueza nacional (que é quanto valem os trabalhadores estrangeiros e Portugal). Esses 5% da população em Portugal e que são de
(…)
“Há um senhor emproado que ousou dar a cara por essa ignorância e maldade. Há dias, ao DN, ele disse que um imigrante só poderia ser português ao fim de cinco gerações. Isto é, ele expulsaria el-rei D. Duarte, D. Pedro, o infante D. Henrique, D. João e o Infante Santo, filhos da imigrante D. Filipa de Lancaster… Boa viagem, Ínclita Geração!”
Editorial do Diário de Notícias, hoje.