|| Ten years after
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No país onde os processos prescrevem aos milhares depois de se arrastarem anos e anos e anos a fio nos tribunais, por incompetência e falta de profissionalismo de alguns juízes, por manobras processuais, e por métodos de trabalho dignos dos finais do séc. XIX, apesar da informatização e da web [é só perder uns poucos minutos numa busca no Google para dar com eles], o Procurador-geral da República vem criticar a morosidade da justiça britânica.
Como na anedota, "chama-lhes, filha, antes que elas te chamem a ti".
«Um "inquérito urgente" para apurar responsabilidades na fuga de informação»
[Imagem fanada na National Geographic]
“Beirão” é substantivo ou adjectivo?
Fosse um sindicato da CGTP, um sindicato fato-macaco, e há já muito que o “problema” estava assinalado nos media através duma orquestrada campanha massiva de descredibilização, independentemente da(s) razão(ões) que lhe pudessem assistir. O “problema” (se assim lhe podemos chamar), é ser um sindicato fato e gravata, do “arco do poder”, com muuuuuito “sentido de Estado” e sem agenda escondida. Vamos lá chamar os boys pelos nomes.
(Imagem via Associated Press)
Irresponsabilidade é usar os sindicatos e manipular as massas para conseguir, através da agitação social nas ruas e nas empresas, aquilo que não se conseguiu nas urnas, vulgo usar “com fins políticos”.
Responsabilidade (e sentido de Estado) é a originalidade de inventar um sindicato para um orgão de soberania e usá-lo para pressionar e condicionar a acção do Governo através da Justiça de través, vulgo conseguir pela “Lei” e o que não se conseguiu pela Grei.
(Imagem de autor desconhecido)
A rainha de Inglaterra quando ascendeu ao trono de rainha de Inglaterra não sabia que era para ia ser a rainha de Inglaterra.
E quem é que lhe escreve o discurso? (perguntamos nós).
Assim de raspão a proposta de que a pretexto do reforço da legitimidade democrática do poder judicial o Procurador-geral da República «passe a ser indicado pelo Parlamento, em vez de ser pelo Governo» até parece uma proposta acertada e cheia de boas intenções (democráticas).
De raspão, porque bem vistas as coisas é, já dizia o Jaime Pacheco, uma “faca de dois legumes”, por arriscarmos ficar com um Procurador-Provedor da Justiça ad eternum no colo, perdão, no cargo.
Sou só eu que acho “unusual” a sofreguidão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Procurador Geral da República para debitar palavras e considerações - e o deleite com que o fazem - sobre o que existe e o que não existe e o que está para ser inventado, de todas as vezes que lhes aparece um microfone e/ ou uma câmara de televisão pela frente? Ele no corredor para uma conferência, à entrada do prédio, à saída da garagem, debaixo duma arcada, na curva duma esquina, na… E uma participação num reality show, género Big Brother ou A Casa do Toy, não?
(*)
(Na imagem fanada no El País espectáculo de Dita Von Teese no Moulin Rouge)
Nunca como agora a frase que é o lema deste blogue desde o primeiro dia da sua criação fez tanto sentido:
"Podem ainda não estar a ver as coisas à superfície, mas por baixo já está tudo a arder"
Y. B. Mangunwijaya, 16 de Julho de 1998.
Banda sonora do dia: «Johnny's in the basement/ Mixing up the medicine/ I'm on the pavement/ Thinking about the government/ The man in the trench coat/ Badge out, laid off/ Says he's got a bad cough/ Wants to get it paid off»
(O Poço da Morte - Imagem de autor desconhecido)
Se isto não é a total falta de confiança nos serviços do senhor…
Agora só já falta fazer um desenho. Com uma porta.
O relatório foi entregue na véspera ao Procurador-geral da República e seria apreciado pelas 10:30 de ontem pelo Conselho Superior do Ministério Público. No entanto, logo pela madrugada, o Diário de Notícias e o Correio da Manhã avançavam o que nele constava e quais seriam as medidas disciplinares a tomar em relação a Lopes da Mota.
Estamos a falar de um inquérito a que um número restrito de pessoas teve acesso, não de uma daquelas mega operações com “n” investigadores e tudo ao molho e fé em Deus.
Deixem-me rir!
(Imagem Bulbous Marauder, 2008 de Enrico David)