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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Roendo uma laranja na falésia (*)

por josé simões, em 21.08.09

 

 

 

Como neste país parece que quase ninguém aprende nada com os erros do passado, é boa hora para recordar os PIN's de Sócrates & Pinho (aprovados e por aprovar) em todo o litoral e falésia, desde Tróia até Sagres…

 

(*) Banda sonora do dia

 

(Imagem de Rafael Trobat)

 

 

Publicidade enganosa

por josé simões, em 03.09.07

 Já repararam bem no cartaz que publicita o concerto de dia 27 dos The Police no Estádio Nacional? Não?! Reparem bem: apresenta a banda como ela era nos anos 80; o tempo não passou por ali – um pouco à imagem do “pneu” de Sarkozy –, o Sting tem cabelo, o Coppland não usa óculos, e, o Summers é magrinho.

Faz-me lembrar os cartazes de promoção turística do Allgarve; apresentam a região aos “bifes” como ela era nos idos de 70, sem casas nas arribas e com praias onde uma pessoa se podia esticar à vontade na toalha, sem correr o risco de enfiar o dedo do pé na boca do vizinho que está mais abaixo (ou vice-versa).
 
No cartaz Sting prega saltos indiferente a osteoporose, qual teenager na ressaca do punk.
O Allgarve também vai pregando os últimos saltos da sua (curta) vida, indiferente à osteoporose que lhe vai minando as entranhas, graças aos PIN’s que vão acabando com o que resta do património natural e da qualidade de vida.
 
Depois queixam-se que ninguém vai. (Aos concertos e à praia).
 
Adenda: Estive no primeiro concerto da banda no Restelo, com o RuiChico-FininhoVeloso na primeira parte. A este não vou, pela mesma razão que não vou ao Algarve: já não tenho idade para ser enganado; no caso dos The Police, por um gajo meia-dúzia de anos mais velho que eu.
 
Adenda à Adenda: Qualquer dia pareço o Miguel Sousa Tavares. Sempre a bater na mesma tecla.

... E a Operação Destruição continua

por josé simões, em 15.05.07

Nos últimos 30 anos, com o argumento do desenvolvimento e da promoção turística, temos assistido ao delapidar do património do país, e consequente perda de qualidade de vida para as populações. Património natural e arquitectónico, (estou a lembrar-me, por exemplo, da Caparica e Armação de Pêra), com o beneplácito do poder local, sempre com os cifrões da sisa na mira, mais umas quantas cumplicidades e promiscuidades com os construtores civis, onde cabe tudo, desde financiamento a partidos políticos a financiamentos de contas privadas.

Agora o Governo vem dizer que os apoios públicos para a requalificação urbanística a conceder entre os anos de 2007 e 2009, serão limitados às regiões de Lisboa, Costa do Estoril, Madeira e Algarve. Precisamente Costa do Estoril e Algarve as regiões do país onde as maiores barbaridades lesa património – qualquer que seja – foram cometidas. Lisboa e Madeira as duas regiões de Portugal que estão no topo da riqueza nacional.

A isto chama-se roubarem-nos a dobrar. Roubaram-nos para assassinar e destruir – com dinheiro nosso, de todos os contribuintes – o nosso património, em obras e investimentos mal feitos, sem pés nem cabeça a que pomposamente deram o nome de Planos, aos que deram; porque o resto, e este resto é a maior fatia do bolo, foi literalmente “por-cima-de-toda-a-folha”.

Roubam-nos agora, para possivelmente, corrigir as barbaridades cometidas ao abrigo dos ditos Planos. É obra!

 

Mas nem tudo está perdido. Para este Governo e os próximos; para estas Autarquias e para as próximas. Ainda há muito Portugal para descaracterizar e destruir. Estou a lembrar-me da Costa Vicentina e da Região do Douro. A esperança é a última coisa a morrer, já dizia a minha avó.

PIN's

por josé simões, em 04.04.07
 

Argumentado que “visa permitir a concretização de um projecto hoteleiro, no âmbito da requalificação (sublinhado meu) da oferta turística do Algarve”, o Governo, e por via administrativa, suspendeu o Plano Director Municipal de Loulé para permitir a construção de um aldeamento turístico com mais de 620 camas, numa zona classificada como área florestal e que, subitamente, devido a esta medida de excepção se valorizou em mais de 30 milhões de euros.

 

No mínimo estranha esta interpretação governativa da requalificação turística algarvia.

Os atentados urbanísticos e paisagísticos continuam lá – não há POLIS que resista.

O que supostamente devia ser preservado e mantido, nomeadamente a floresta, as arribas, as dunas e o ecossistema, com o argumento Projecto de Interesse Nacional (PIN), é destruído.

 

Ainda há um palmo de terreno livre? Triste herança que estamos a deixar aos nossos filhos..