Todas as malfeitorias que a coligação PSD/ CDS-PP tem feito aos portugueses já tem denominação de origem controlada, todos os malfeitores já têm o nome afixado no pelourinho da opinião pública. O número da besta escreve-se agora com três consoantes maiúsculas.
«[d]o corte das pensões de sobrevivência, medida que "veio do bolso" de Paulo Portas».
Tantas vezes vai o cântaro à fonte que algum dia fica lá a asa, e a desmesurada confiança de Paulo Portas nos seus dotes de bailarino contorcionista levou-o de irrevogável a revogável pela vaidade de continuar a ocupar um cargo de governação, ser promovido na hierarquia do Estado, pelo mérito e pela competência que a sua auto-avaliação lhe dita. Um patriota. Nunca como agora a velha máxima de Samuel Johnson fez tanto sentido. O "patriotismo", a pele que veste e que lhe permite a vaidade de aparecer, de ser visto, dar-se ares de importância, sorriso Pepsodent a rivalizar com o brilho dos botões de punho, cegou-o e levou-o a descurar os flancos e a subestimar o adversário de coligação. Primeiro a recusa de Pedro Passos Coelho em aceitar a demissão, depois, sabendo melhor que muitos o que a casa gasta, fazendo-lhe a vontade e criando um posto de "sargento-ajudante", mesmo à medida da visibilidade pretendida por um, e pretendida pelo outro para o outro. De mestre.
«PSD deixa CDS sozinho a defender corte nas pensões». «Da bancada do PSD não se ouviu uma palavra».
E ainda falta o Guião para a Reforma do Estado. E ainda havemos de embrulhar isto tudo no Princípio de Peter.
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