"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Pelo espanto que não causou, pelas reacções, e tampouco pelo estado de estupor, que não provocou nos cidadãos, em geral, e nos actores políticos, em particular, e por só falhar um dos factores definidos nos 60s por Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge para o valor de uma notícia [Amplitude, Frequência, Negatividade, Clareza], o factor Carácter Inesperado:
O que um dos "grilos falantes" [na versão bondosa] do Governo Passos/ Portas nos diz, ou aquilo que o Governo PSD/ CDS-PP pensa mas não tem coragem de nos dizer [n’ A Versão] é que Karl Marx tinha razão quando teorizou a Lei da Mais-Valia [na versão bondosa], ou que o lucro é ilegítimo [n’ A Versão].
Que deixasse por uma, uma só, vez que fosse o blah-blah-blah e a retórica oca na defesa do Governo de iniciativa presidencial, escudado no "superior interesse nacional" que nenhum nacional, por mais que se esforce, consegue descortinar, e dissesse, de uma vez por todas e sem rodeios, o que é que entende por "limites da dignidade" e quais os "limites de dignidade que não podem ser ultrapassados". Ou que se cale para sempre. A paciência tem limites.
Dizem que o maior jackpot de sempre saiu em Inglaterra mas é mentira. Saiu em Portugal, a uma sociedade formada por Hernâni Lopes, Medina Carreira, Silva Lopes e Cia Ldª.
(Dizem por aí que a República fez 100 anos esta semana e que o 25 de Abril já leva 36 longos anos)