"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A estética e os objectivos subjacentes não são muito diferentes.
A seguir à revolução de Abril chegaram a desfilar nalgumas manifs – e não era nenhuma reconstituição histórica do tempo dos sovietes - sem que ninguém manifestasse repúdio ou esboçasse sequer o mínimo protesto. E o Bloco de Esquerda também não existia, alguns estavam no PCP e quiçá nos Pioneiros.
Ficámos todos a saber que no próximo dia 5 de Outubro de 1910 vamos comemorar 59 anos de República “de facto” e 100 anos “de jure”, porque pelo meio houve um hiato de 41 anos que não conta para nada, não foi Monarquia nem foi República - apesar de formalmente ter havido a figura do Presidente - e até convém nem sequer falar disso e muito menos encenações históricas. Como o país esteve 41 anos “suspenso” – “de jure” – suspenda-se também a história, em upgrade Bloco de Esquerda da suspensão da Democracia.
Não há meio de aprenderem que as ideias se combatem com ideias e não com proibições.