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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Panamá Tretas, 3.ª semana

por josé simões, em 23.04.16

 

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Ricardo 'O Proscrito' Salgado, agora que já não paga publicidade no jornal, na revista e em todos os cadernos que fazem a arroba de papel que é o saco do Expresso, à cabeça e em tamanho cabeçudo e em letras gordas. Cá em baixo, e por debaixo dos deputados da Madeira, em letras pequenas, os coitadinhos Pedro Queiroz Pereira, Ângelo Correia e um Champalimaud qualquer que só é conhecido por causa do nome do pai. Se calhar foram enganados pelo cabeçudo que encabeça a página...


O inestimável e impagável trabalho que o jornal do militante n.º 1 está a fazer para descredibilizar de uma vez por todas toda e qualquer investigação que venha a ser feita a paraísos fiscais.

 

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||| Palavras para quê? É um industrial português e só usa parlapiet manhoso

por josé simões, em 08.09.15

 

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A liberalização do eucalipto levada a cabo pelo CDS, pelas mãos de Assunção Cristas em parceira com Pires de Lima, não foi suficiente [7 posts para recapitular, aqui]. Nunca seria suficiente porque a voragem depredadora dos recursos naturais comuns não tem limites. E limites tem o território nacional, que já não é do Minho a Timor. Limites tem o território nacional mesmo valendo tudo, por cima de toda a folha, persistente ou caduca. Mas é mais forte do que ele e lá teve de mandar umas bocas para se armar ao pingarelho. Não foi para Moçambique porque nos territórios ultramarinos encontra a dimensão territorial que lhe falta na Metrópole. Não. Não foi para Moçambique porque, malgrado a desvalorização do factor trabalho levada a cabo pelo Governo que não tem um modelo de baixos salários para o país, nos territórios ultramarinos a mão-de-obre continua a ser muito mais barata e por consequência a mais-valia muito maior. Não foi para Moçambique porque, malgrado a revisão do Código do Trabalho, levada a cabo pelo Governo PSD/ CDS com o aval da UGT, as leis laborais nos territórios ultramarinos são praticamente inexistentes assim como inexistente é o movimento sindical. Não foi para Moçambique porque "existe uma grande apetência por celulose na Índia e noutros mercados asiáticos", mesmo ali ao lado, diminuindo com isto os custos com os transportes. Não. Foi para Moçambique porque foi empurrado para fora de Portugal pelas preocupações ambientalistas e de ordenamento do território. Deixou de investir em Portugal se bem que nunca ninguém tenha feito o deve e o haver das promessas de investimento, do investimento efectivamente concretizado, dos postos de trabalho, directos ou indirectos, criados, comparativamente com as mais-valias arrecadadas, isenções fiscais incluídas.


Palavras para quê? É um industrial português e só usa parlapiet manhoso.


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||| kudos. PQP!

por josé simões, em 11.12.14

 

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"As irmãs de Ricardo Salgado ficam à noite em casa a fazer bolos para vender em restaurantes e ele nunca se preocupou em defendê-las"

 

Podia ter dito que a mulher de Salvador Caetano, outro "industrial" como ele, e como ele gosta de se denominar, criava galinhas e vendia os ovos. De dia.


Que alguém que se diz "industrial" venha, em tom jocoso e depreciativo, desvalorizar outro alguém que ousa ganhar dinheiro, à noite, com o fruto do seu trabalho, ainda por cima mulher independente que dispensa o braço protector do macho, diz muito da personalidade e do carácter desse alguém.


A ver se nos entendemos, o facto de PQP ser agora inimigo de RS não faz de PQP necessariamente "nosso amigo", muito menos um exemplo e um poço de virtudes. E, visto do ponto de vista marxista da luta de classes, este eterno conflito entre os detentores do capital financeiro e os detentores dos meios de produção e que os obriga a entendimentos, às vezes pontuais e efémeros, outras vezes duradouros, quem se lixa é o mexilhão. Sempre. Venda ele bolos à noite ou ovos de dia, mesmo sem ser mulher de outrem ou irmã de alguém, para manter a cabeça e a da sua família à tona da água.


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|| Os PIN [Projectos de Potencial Interesse Nacional], reloaded

por josé simões, em 15.05.12

 

 

 

«o governo teria, muito provavelmente, de levantar algumas limitações que existem em termos ambientais». Coisa de somenos, o ambiente e o ordenamento do território e a herança que deixamos às gerações futuras, que é só contabilizada em termos de dívida pública.

 

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