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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Da irrevogabilidade

por josé simões, em 15.04.24

 

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Foi há 11 anos, mais precisamente no dia 2 de Julho de 2013, terça-feira, pelas 16.20, que Paulo Portas apresentou a sua demissão irrevogável, chateado pela promoção de miss Swaps a ministra das Finanças. Durou quatro dias, até lhe passar com a subida na hierarquia ministerial a um cargo até então inexistente: vice-primeiro-ministro. Ficou arquivado mas não ficou esquecido. "Há mais marés que marinheiros", "A vingança serve-se fria", "Há mar e mar, há ir e voltar", "Cá se fazem, cá se pagam", os portugueses são férteis em expressões que explicam isto muito melhor que horas e horas de parlapié nas televisões. Um já está arrumado, e já sabe com o que conta no caminho para as presidenciais, outros, em standby, podem ir metendo as barbas de molho. Este gajo não é de fiar, não conhece lealdades, não tem princípios morais nos caminhos a que se mete, é perigoso. Em linguagem futeboleira, tem espírito de matador. Cuidem-se.

 

A esse propósito, aliás, Passos faz mais uma revelação: a troika, a partir de certa altura, "percebeu que havia um problema com o CDS e passou a exigir cartas assinadas por Paulo Portas". "Julgo que ele não sabe isto, mas, para impedir uma humilhação do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, obriguei o ministro das Finanças a assinar comigo e com ele a carta para as instituições. Não sabe que foi uma exigência minha, porque o que a troika exigia era uma carta dele, assinada por ele, porque não confiava nele."

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Identidade e Família"

por josé simões, em 10.04.24

 

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               «A dona de casa»

"A dona de casa Emilita é muito esperta e desembaraçada, e gosta de ajudar a mãe.

- Minha mãe: já sei varrer a cozinha, arrumar as cadeiras e limpar o pó. Deixe-me pôr hoje a mesa para o jantar.

- Está bem, minha filha. Quando fores grande, hás-de ser boa dona de casa."

 

               «Respeitai as autoridades»

"O pai é a autoridade na família. Os filhos são obrigados a ter-lhe amor, respeito e obediência. O professor é a autoridade na escola. Todos os meninos devem obedecer às suas ordens e estar com atenção às suas lições.

É Deus quem nos manda respeitar os superiores e obedecer às autoridades."

 

Ano 24 do século XXI e a luta é entre o humanismo e o trogloditismo da direita.

 

 

 

 

"Sovietização do ensino"

por josé simões, em 09.04.24

 

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A "sovietização do ensino" se calhar não foi a melhor analogia para os saudosistas do regime que nos anos 60 tinha um país a andar de de burro e carroça enquanto os ditos soviéticos metiam homens e mulheres no espaço.

 

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"a maioria da população"

por josé simões, em 08.04.24

 

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A primeira é que as mulheres sempre foram a maioria da população, o que torna insólito que sejam dominadas pela minoria masculina. O segundo motivo é que essas senhoras, alegadamente tiranizadas, nunca se queixavam ou manifestavam o seu desagrado.

 

 

 

 

A Trumpização do PSD

por josé simões, em 08.04.24

 

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Vibravam todos, nos blogues, Twitter e Facebook, com as proezas do Tea Party nos States, foram todos captados como técnicos e especialistas para os gabinetes dos ministros e secretários de Estado do governo da troika, saíram alguns para o Ilusão Liberal, continuam outros na minagem e tomada de poder no partido a partir de dentro. O percurso é a papel químico.

 

«Textos falam da imposição de uma "ideologia de género" como "modelo de pensamento único", de "disforia de género associada a várias patologias psiquiátricas", de "senhoras, alegadamente tiranizadas, que nunca se queixavam" e do "direito à resistência" face à transformação do aborto e da eutanásia em direitos"»

Passos Coelho apresenta um 'manifesto' contra "os adversários da família", "a ideologia de género" e "a cultura de morte"

 

 

 

 

O discurso fez a cabeça rapada ou a cabeça rapada fez o discurso?

por josé simões, em 27.02.24

 

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Diz que o criador entrou na campanha para dar uma mãozinha ao homem sem passado - "O meu passado chama-se Passos", e que entrou na campanha no Algarve por ser o sítio onde a criatura mais ameaça a casa mãe comum, o partido do criador, e passar a segunda força política. E entrou com um discurso securitário e xenófobo, a associar a imigração à insegurança e criminalidade, segundo ele "uma sensação que paira nas pessoas", em vez do discurso pedagógico alicerçado em dados estatísticos fidedignos - "Segundo as nossas estatísticas, 99% dos imigrantes vêm por bem", David Freitas, coordenador da investigação criminal da Unidade Nacional Contra Terrorismo.

E disse mais o criador, disse que "O Luís [Montenegro] não deixará de procurar o que lhe faltar para fazer o que é preciso", que é como quem diz, o homem sem passado quando se vir sem futuro vai dar a mão à criatura, confirmando assim a profecia "Se houver maioria parlamentar de direita, tenho a garantia total - não posso revelar de quem - de que haverá governo de direita. Com ou sem Montenegro.", enquanto se desmascarava como a "força viva" fiadora do contrato.

E se o criador entrou na campanha na base de dar uma mãozinha ao homem sem passado acabou a potenciar a criatura que, mais rápido que a própria sombra e que o próprio Luís, veio surfar o discurso do mestre e colher os louros do elogio, "Basicamente o que Pedro Passos Coelho disse esta segunda-feira foi 'ponham os olhos no Chega'", metendo os crentes a olhar para o original e a fotocópia.

E se Passos, segundo a direita, é o federador da direita, qual é a direita que Passos federa, a que com fato grife e perfume caro enche a Praça do Município em Lisboa e o espaço do comentário "isento e independente" com as avenças nas televisões, ou os anónimos, pés rapados, excluídos do sistema, que não podem com eles nem com molho de tomate?

A direita a brincar com coisas sérias, com a liberdade e a democracia, mas a culpa há-de ser da esquerda.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A Criatura e o Criador

por josé simões, em 26.02.24

 

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"Ideologia de género" nas escolas, imigração descontrolada, responsável por um saldo positivo de 1.604,2 milhões de euros na Segurança Social, que leva à insegurança, no sétimo país mais seguro da Europa. A "subsidio dependência" e as "gorduras do Estado" estão lá atrás, no governo da Troika.

 

"Faz-me impressão ser seguido imitado por gente banal. Sinto-te uma fotocópia prefiro o original, Edição revista e aumentada cordão umbilical"

 

 

 

 

O estado da danação

por josé simões, em 20.12.23

 

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O dia em que um ressabiado Passos apareceu para dizer que não tem muita fé no homem à frente do PSD, cujo passado se chama Passos e que o mais provável é que deixe o PSD atrás, foi o mesmo dia em que uma ressabiada Joacine resolveu dar um ar de sua graça, ela que nasceu para estar ali. Um teve o aplauso da direita radical, o que é uma bela profissão de fé no futuro radioso do PSD, a outra teve o aplauso dos minions do PCP de plantão nas redes, todas as migalhas contam nos amanhãs que vão cantar nas eleições de Março e nem um partido minúsculo escapa. Noves fora nada, estas aparições dizem mais sobre quem aplaudiu do que sobre os aplaudidos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 19.12.23

 

British prime minister Margaret Thatcher covering her face with her hand at the 1985 Conservative Party Conference (1).jpg

 

 

O homem que foi acusado pelo gabinete anti-fraude da União Europeia de fraude na gestão de fundos europeus; o homem que não pagou à Segurança Social alegando não ter consciência de que essa obrigação era devida; o homem que usou receitas da ADSE para maquilhar as contas públicas ameaçando a sustentabilidade do sistema de saúde; o homem que acusa António Costa de "indecente e má figura". Não ter a puta da vergonha na cara é isto.   

 

[Imagem "British prime minister Margaret Thatcher covering her face with her hand at the 1985 Conservative Party Conference"]

 

 

 

 

Atormentado pelo passado

por josé simões, em 10.10.23

 

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O homem cujo passado "se chama Passos" acha que o seu passado "podia dedicar-se à universidade" e que "devia investir na vida académica", por acaso apenas quatro dias depois de Passos que é passado, o seu e o dele, ter deixado escapar "estou na reserva", a avaliar um possível regresso, que o partido está entregue a uma troupe de nabos, subentende-se. Ele há coisas que contadas ninguém acreditava.

 

 

 

 

Homens de fé

por josé simões, em 08.09.23

 

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Mantém-se na reserva e assim ficará — a menos que o PSD precise dele para futuro pós-Montenegro

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Atestado de incompetência

por josé simões, em 03.03.23

 

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Ter Passos Coelho todos os dias em todas as primeiras páginas e em todos os telejornais, pela mão de Marcelo, o manipulador-mor do reino, esquecido de ser "cata-vento", outro valor mais alto se alevanta, em tamanho XXL no semanário do militante n.º 1, com os apóstolos a manifestarem disponibilidade permanente para pregar o evangelho, e um sorriso amarelo do homem que não tem passado, "o meu passado chama-se Passos", "será sempre motivo de satisfação", é o atestado de incompetência passado à absoluta nulidade que é o consulado de Luís Montenegro no PSD. Adaptando alguém do nosso tempo, "quando olhar para trás vai ver a sola do sapato, não vai ver a cara".

 

 

 

 

A esquerda no divã

por josé simões, em 30.01.23

 

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Tribunal Constitucional chumba lei da eutanásia

 

Já alguém perguntou aos 900 mil desempregados de que lhe valeu a Constituição até hoje?

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Entrou com o pé direito

por josé simões, em 20.07.22

 

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Não houve nenhum corte das pensões abaixo de 1.500 euros durante o Governo de Passos Coelho

 

Diz que quer ser primeiro-ministro de Portugal e diz que o seu passado se chama Passos Coelho e joga com a fraca memória de quem já não se lembra das figuras que fez enquanto líder parlamentar do partido que suportava o governo da troika, primeiro como figura de ponto que deixava as dicas para o líder discorrer longamente sobre asvirtudes e bondade do acto governativo, depois com os números de contorcionismo na defesa do "além da troika".

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

"A Severa foi-se embora, O tempo pra mim parou"

por josé simões, em 17.06.21

 

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Deu de novo à costa a fazer o que o definiu e caracterizou enquanto político, exímio na arte de apontar aos outros os defeitos de que padece e o radicalismo de que padece. O maior cego ideológico da história da democracia portuguesa. O tempo volta para trás?

 

Pedro Passos Coelho acusou esta quarta-feira o Governo de António Costa de sofrer de uma “cegueira ideológica” que compromete o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Para o antigo primeiro-ministro, a esquerda, que se auto-considera a “alma matter” do SNS está, na verdade, a desqualificá-lo.

 

[Título do post]