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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| A minha política é o trabalho

por josé simões, em 03.11.14

 

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«António Santos Justo, diretor da FDUC, afirmou que a instituição "não é um palco para debates ideológicos


[Imagem]

 

 

 

 

Dos locais indicados para a leitura de determinados autores

por josé simões, em 15.05.08

 

“E como é que se explica o que está a acontecer agora com o Haruki Murakami (autor japonês de livros como Em Busca do Carneiro Selvagem ou Kafka à Beira-mar), que até encontro pessoas a lê-lo nas pastelarias?”

 

Pedro Mexia no P2 do Público (Sem link)

 

As coisas que a gente aprende. Ou como dizia o Vladimir, “Aprender, aprender…”.

Não sei qual é a ideia que determinadas pessoas fazem de determinados autores e das suas obras. Melhor; agora já sei. Uma coisa transcendental. Pela ideia que determinadas pessoas fazem das outras; do resto do mundo. Suprema heresia, Murakami saltou das elites e é lido pela ralé, que, supostamente só gosta e só lê Paulo Coelho, Margarida Rebelo Pinto, ou coisas relacionadas com o Santo Graal e os Cavaleiros Templários!

Pelo caminho que isto leva ainda nos arriscamos a entrar um dia numa taberna e encontrar alguém a ler James Joyce; ou algum vendedor ambulante de mercado a entremear umas páginas de Milton com a venda de cuecas e peúgas. Já esteve mais longe. (Já agora, no Japão Murakami também é lido nas pastelarias?)

 

Como leitor compulsivo que sou, e, a maior parte das vezes devorando vários livros ao mesmo tempo, tenho as leituras “em curso” espalhadas por vários sítios da casa. Eu humilde pecador me confesso, correndo o risco de escandalizar Pedro Mexia: li a Crónica do Pássaro de Corda de Murakami na casa de banho! (Esta é só a mais recente das minhas leituras no WC; alternadas com o Expresso).

 

E mais. O Processo de Kafka foi lido na Praia de Melides. A Peste de Camus, em vários comboios num InterRail que fiz a Itália. O Psicopata Americano do Breat Easton Ellis foi lido na fila da ponte, nos tempos da ponte única, em que para chegar de Setúbal a Lisboa era quase uma manhã. As Memórias de Adriano, de Yourcenar, foi lido na sala de espera de um consultório, durante as várias incursões que fiz ao dentista. E podia continuar.

 

Decididamente não tenho respeito nenhum pelas elites, perdão, pelos autores!

 

(Foto roubada no El País)